Dia Mundial de Diabetes busca também conscientizar sobre questões como hipoglicemia noturna
O diabetes é uma das doenças que mais têm aumentado sua incidência em todo o mundo. Fatores como o estresse e a obesidade têm sido determinantes para o expressivo crescimento no número de pacientes diabéticos, que segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), quadriplicou nas últimas três décadas, passando de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014. No Brasil, a doença também se espalha, com mais de 16 milhões de brasileiros adultos (8,1%) sofrendo do problema, que mata 72 mil pessoas por ano no País.
Campanhas como a do Dia Mundial da Diabetes, lembrado a cada 14 de novembro, vêm para tentar chamar atenção para a doença. Mas, além da iniciativa anual, segundo afirmou o endocrinologista Freddy Goldberg Eliaschewitz, do CPCLIN (Centro de Pesquisas Clínicas), em São Paulo, é importante a consciência diária em relação aos perigos da obesidade e da falta de cuidados em relação à doença.
— Estamos enfrentando agora uma verdadeira epidemia de diabetes que vem a reboque da epidemia de obesidade e origina outras epidemias como a de doença renal, de cegueira e de doenças vasculares e do coração, é uma epidemia silenciosa. Mata mais gente do que câncer e Aids juntos e se faz muito menos barulho a respeito disso, então está na hora de começar a dizer que diabetes é tão perigoso quanto e se prestar atenção.
O diagnóstico é fundamental para explicitar algo que costuma evoluir silenciosamente. A SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) tem estatísticas mostrando que, no Brasil, 46,3% das pessoas que apresentam a doença não sabem que são portadoras. Alguns sintomas, em geral, são um sinal de alerta para a doença, conforme afirma o endocrinologista do Hospital Albert Einstein, Paulo Rosenbaum.
— O diabetes é uma das principais causas de doenças cardiovasculares e os sintomas às vezes não são percebidos. A pessoa deve ficar atenta a fatores como histórico famíliar, obesidade ou hipertensão. São fatores de risco. Nestes casos recomenda-se a realização, pelo menos uma vez por ano, de teste de glicemia e de hemoglobina glicada, como prevenção para se chegar a um diagnóstico. Outros sintomas, como emagrecimento e interrupção excessiva do sono para urinar, também devem servir como um alerta para que se procure um médico.
Diagnóstico do diabetes
A partir do momento em que há o diagnóstico, efeitos colaterais do tratamento, como sudorese, taquicardia, tontura e tremores, também podem surgir e precisam ser entendidos no contexto da doença.
Uma das consequências que os pacientes com diabetes mais podem ter é a hipoglicemia, quando os níveis de glicose (açúcar) no sangue ficam abaixo de 70mg/dL. Isso costuma ocorrer justamente por eles terem de receber quantidades de insulina, hormônio que leva o açúcar para as células, regulando a quantidade no sangue, que, no paciente diabético, é alta.
O diabetes, em sua essência, é um retrato, potencializado pela deficiência de produção de insulina, da permanente busca do equilíbrio necessário a qualquer ser humano. Alimentação, prática de exercícios, qualidade de vida são elementos essenciais a qualquer um. Em um paciente diabético, ainda mais.
Quando a taxa de glicose no sangue fica acima de 126 mg/dL no jejum, por duas ocasiões seguidas, o diagnóstico tende a ser de diabetes. Eliaschewitz esclarece, porém, que mais importante do que o momento, é a média da quantidade de açúcar em longo prazo.
— O que leva a complicação [de diabetes] não é o açúcar [em quantidade alta] que alguém tem, por exemplo, em uma segunda de manhã. O nível de açúcar é um flash, uma foto, o que leva a complicação é como a glicose se comporta ao longo do tempo, qual a média da glicose que se mantém.
Eliaschewitz acompanhou o início da implantação de um teste, nos anos 80, ainda desconhecido no Brasil, inclusive pelas autoridades sanitárias:
— Temos o exame de hemoglobina glicada, que dá a média do açúcar no sangue nos últimos 120 dias.
Hipoglicemia noturna
A doença foi descoberta já nos tempos do Egito antigo (1.500 a.c) e ganhou o nome na era grega. Diabetes significa sifão, por onde passam líquidos, em alusão à permanente necessidade de urinar dos pacientes com tal doença.
O termo mellitus passou a ser utilizado a partir do século 18, por intermédio do médico britânico William Cullen. Em latim, significa mel, já que a urina daqueles com diabetes contém açúcar.
Com a descoberta da insulina, chegou-se finalmente ao diagnóstico da diabetes mellitus tipo 1 (quando o pâncreas não produz insulina geralmente desde a infância), que até então não tinha tratamento. Em geral, a utilização de insulina ocorre em pacientes com diabetes tipo 1.
A do tipo 2 (adquirida gradativamente e que atinge cerca de 90% dos pacientes) até tinha melhoras com o emagrecimento do paciente, segundo conta Eliaschewitz.
Porém, a hipoglicemia causada pela insulina injetada em pacientes com diabetes ainda traz alguns riscos, principalmente durante a noite, diz o especialista.
— A hipoglicemia noturna é um evento relativamente frequente e o paciente geralmente não percebe [por estar dormindo]. Quando isso ocorre, além de parar de produzir insulina [os que ainda têm essa atividade] o corpo se defende também produzindo um hormônio que aumenta o açúcar [glucagon].
Nesse período noturno, se a glicemia continuar a baixar, o organismo utiliza um segundo recurso, sob comando do sistema nervoso central, para aumentar a taxa de açucar, conforme conta o médico.
Respostas à adrenalina
Nesta segunda linha de defesa três hormônios são produzidos: noradrenalina, o hormônio de crescimento e a cortisona. A (nora) adrenalina, como se sabe, causa tremor, é o mesmo que é produzido quando se toma um susto. Se olharmos para o rosto de um paciente diabético com hipoglicemia, parece uma pessoa que levou um susto, ela fica pálida, tudo isso porque liberou adrenalina.
Em princípio, ressalta o médico, qualquer pessoa com hipoglicemia, diurna ou noturna, deveria perceber a ocorrência pelo efeito da adrenalina. Mas o sono se torna um atenuador da resposta e pode ser perigoso, já que uma disritmia cardíaca pode surgir sem que o indivíduo se dê conta.
— Dormindo a resposta é pequena, a adrenalina faz o açúcar subir ao normal e a pessoa nem percebe. O sono é um grande atenuador de resposta à hipoglicemia, por isso a hipoglicemia noturna é perigosa. O perigo noturno é ameaçador, quando ocorre pode atingir certa gravidade.
A situação pode causar a morte do paciente, mas, segundo o médico, trata-se de uma ocorrência mais remota, principalmente por causa do avanço dos tipos de insulina, feitos com a mesma capacidade de elevar o nível de açúcar no sangue, mas sem causar baixas consideráveis.
— A morte súbita na cama, por hipoglicemia, é um evento extremo e é relativamente raro, mas a hipoglicemia noturna é um evento mais frequente. Em média há dois episódios por noite, se colocarmos um sensor perceberemos que 40% das pessoas com diabetes tipo 1 têm hipoglicemia noturna.
Fonte:R7
O que queres que eu faça por ti?' Senhor, eu quero enxergar de novo.
Ao aproximar-se Jesus de Jericó, estava um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. Ouvindo o ruído da multidão que passava, perguntou o que havia. Responderam-lhe: "É Jesus de Nazaré que passa”. Ele então exclamou: "Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”. [...] Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Chegando ele perto, perguntou-lhe: "Que queres que te faça?”. Respondeu ele: "Senhor, que eu veja”. Jesus lhe disse: "Vê! Tua fé te salvou”. E imediatamente ficou vendo e seguia a Jesus, glorificando a Deus. Presenciando isto, todo o povo deu glória a Deus.
Santuário Nacional passa a ser a nova Catedral da Arquidiocese de Aparecida (SP)
O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida foi elevado neste sábado, 12, à Igreja-Catedral. A transferência do título da Igreja Santo Antônio, em Guaratinguetá (SP), ao Santuário de Aparecida, em Aparecida (SP), foi autorizado pelo Papa Francisco em decreto enviado à Arquidiocese no dia 22 de outubro.
O decreto foi promulgado por monsenhor Marcel Smejkal, delegado do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, durante a Missa das 9h, deste sábado, 12, no Santuário Nacional. A celebração foi presidida pelo Cardeal Raymundo Damasceno de Assis, arcebispo de Aparecida.
Na homilia, Dom Damasceno refletiu sobre o Evangelho da liturgia de hoje (cf. Lc 18,1-8), no qual Jesus convida a confiar na perseverança e oração. A parábola contada por Jesus, por um lado apresenta um juiz duro, que não temia a Deus nem os homens, de outro lado, uma viúva desamparada, que tinha como única força sua perseverança.
Somente depois de ter sido incomodado durante muito tempo e não aguentar mais a importunação daquela mulher, é que aquele juiz desumano, finalmente decidiu fazer-lhe justiça.
“Esta mulher serve de exemplo para nós, devemos aprender dela que é preciso orar sempre, sem nunca perder a confiança, a esperança em Deus, que não deixa de atender seus escolhidos, os que recorrem a Ele. Se um juiz sem escrúpulos acabou ouvindo as questões daquela viúva, quanto mais Deus, misericordioso, escutará a nós seus filhos”, indicou o cardeal.
O cardeal destacou ainda que a Igreja caminha assim com confiança e esperança em Deus, de que Ele jamais falha.
Fonte: Canção Nova Notícias
Último a conseguir seis vitórias consecutivas no torneio foi João Saldanha, antes do tri de 70
A vitória do Brasil sobre a Argentina no Mineirão valeu a manutenção da seleção no topo da tabela das Eliminatórias e também manteve Tite na briga por uma marca histórica entre técnicos da equipe nacional. Com cinco vitórias em cinco partidas, o treinador poderá alcançar na próxima terça-feira (15( o recorde estabelecido por João Saldanha em 1969, que na ocasião venceu seis vezes consecutivas nas Eliminatórias que classificaram o Brasil para o Mundial de 1970.
Naquela época, as seleções sul-americanas eram divididas em grupos. O Brasil ficou no Grupo 2, ao lado de Colômbia, Venezuela e Paraguai. Os jogos eram de ida e volta, e a seleção comandada por Saldanha venceu todos os seus compromissos.
Tite assumiu o Brasil no meio do ano e, desde então, treinou a seleção em cinco partidas. Mesmo sem ter conseguido realizar um único amistoso e tendo poucos dias para treinar com os convocados - na média, são três treinos por rodada das Eliminatórias -, ele conseguiu levar uma equipe desacreditada da sexta para a primeira posição da tabela. Foram cinco vitórias em cinco jogos.
O triunfo sobre a Argentina, na quinta, igualou o treinador ao desempenho de Dunga na fase classificatória para a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Naquela época, o ex-treinador da seleção vinha tendo desempenho ruim, mas na reta final emendou cinco vitórias e classificou o Brasil com o melhor desempenho das Eliminatórias.
Com Tite, a campanha é inquestionável. A seleção marcou 15 gols e sofreu apenas um sob o seu comando. Uma vitória diante do Peru praticamente sacramenta a classificação brasileira, que até cinco rodadas atrás era apontada como difícil. Mas, nas entrevistas, Tite procura relativizar sua importância para a equipe, dividindo os louros com colegas da comissão técnica e jogadores.
"Eu não esperava esse desempenho, foi acima do esperado", afirmou o treinador. "Técnico, por maior capacidade que tem, não transforma característica de atletas. A qualidade sempre é a principal característica. Até porque nós somos mais selecionadores do que técnicos. Os atletas já vêm treinados de suas equipes."
Tite também insistiu no discurso de pés no chão sobre o momento do Brasil nas Eliminatórias. "São apenas cinco jogos. Se eu estou contente? Estou contente, mas é apenas uma etapa na busca pela classificação ao Mundial", discursou o treinador.
Mesmo assim, o técnico vem escrevendo sua história como um dos de melhor retrospecto à frente do Brasil. Em Eliminatórias, já empatou com Dunga e superou Carlos Alberto Parreira, que venceu quatro seguidas na classificação que antecedeu a conquista do Tetra, em 1994, e Telê Santana, na campanha da Copa de 1982.
Confira o retrospecto de outros treinadores à frente da seleção em Eliminatórias:
João Saldanha
6 vitórias seguidas nas Eliminatórias da Copa de 1970 (100% de aproveitamento)
Colômbia 0 a 2 Brasil
Venezuela 0 a 5 Brasil
Paraguai 0 a 3 Brasil
Brasil 6 a 2 Colômbia
Brasil 6 a 0 Venezuela
Brasil 1 a 0 Paraguai
Tite
5 vitórias seguidas nas Eliminatórias da Copa de 2018
Equador 0 a 3 Brasil
Brasil 2 a 1 Colômbia
Brasil 5 a 0 Bolívia
Venezuela 1 a 2 Brasil
Brasil 3 a 0 Argentina
Dunga
5 vitórias seguidas nas Eliminatórias da Copa de 2010
Brasil 3 a 0 Peru
Uruguai 0 a 4 Brasil
Brasil 2 a 1 Paraguai
Argentina 1 a 3 Brasil
Brasil 4 a 2 Chile
Carlos Alberto Parreira
4 vitórias seguidas nas Eliminatórias da Copa de 1994 (Todos os jogos em casa)
Brasil 2 a 0 Equador
Brasil 6 a 0 Bolívia
Brasil 4 a 0 Venezuela
Brasil 2 a 0 Uruguai
Telê Santana
Venceu todos os 4 jogos das Eliminatórias da Copa de 1982
Venezuela 0 a 1 Brasil
Bolívia 1 a 2 Brasil
Brasil 3 a 1 Bolívia
Brasil 5 a 0 Venezuela
Fonte: R7
Deus fará justiça aos seus escolhidos que gritam por ele.
Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre [...] "Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma. Na mesma cidade vivia também uma viúva que vinha com frequência à sua presença para dizer-lhe: Faze-me justiça contra o meu adversário. [...] Por fim, refletiu consigo: Eu não temo a Deus nem respeito os homens; todavia, porque esta viúva me importuna, lhe farei justiça [...] Prosseguiu o Senhor: "Ouvis o que diz este juiz injusto? Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? [...] Digo-vos que em breve lhes fará justiça”.
Evangelho de hoje: Lc 18,1-8
Especialista diz que "mulheres fizeram a parte delas, mas isso não reverteu na economia"
Recente estudo feito pelo Fórum Econômico Mundial e publicado no Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2016 mostra que, mesmo estudando mais, a situação das mulheres não melhorou na política e na economia.
A cientista política Débora Thomé explica “as mulheres fizeram a parte delas, mas isso não reverteu na economia e na política”.
Segundo ela, a média de participação das mulheres nestas áreas é de 10% e que é possível observar a falta de representatividade delas na política olhando a Câmara dos Vereadores, por exemplo, ou checando quantas mulheres foram eleitas prefeitas este ano.
A especialista diz que existe uma “dificuldade de entrada incrível” nesta área e que, nem as cotas, as mulheres conseguem mudar este quadro.
— Ter poder político não é ter poder por ter poder. Você pode fazer regras que ajudem a diminuir essa desigualdade.
Além disso, Débora destaca o fato de a mulher ter uma tripla jornada por ter que trabalhar fora, cuidar dos filhos e da casa. "Em qualquer faixa de anos de estudo que você olhe, as mulheres trabalham muito mais nos afazeres domésticos", diz ela.
Isso, segundo a especialista, significa que a mulher vai se esforçar muito mais para realizar seus trabalhos do que um homem e vai sacrificar uma parte de sua vida pessoal ou profissional. Isso acontece porque, geralmente, é a mulher que sai mais cedo do trabalho para cuidar de um filho doente, por exemplo.
Outro fator destacado pela especialista é que as empresas ainda entendem que a mulher não precisa de um salário tão grande porque ela tem um homem como "provedor da casa", mas que essa não é uma "percepção racional".
— Não é uma coisa economicamente racional, é uma coisa brotada de estigmas.
Fonte:R7
O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado.
"Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem. Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou a arca. Veio o dilúvio e matou a todos. Também do mesmo modo como aconteceu nos dias de Ló. [...] Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem. Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa não desça para os tirar; da mesma forma, quem estiver no campo não torne atrás. [...] Todo o que procurar salvar a sua vida irá perdê-la; mas todo o que a perder irá encontrá-la”.
Evangelho de hoje: Lc 17,26-37
Clássico válido pelas Eliminatórias marca a volta da seleção ao palco da goleada alemã
Um duelo contra dois adversários encardidos. Não bastasse a Argentina de Lionel Messi, o carma dos 7 a 1. Nesta quinta-feira (10) a seleção brasileira retorna ao Mineirão pelas Eliminatórias Sul-Americanas com a lembrança de sua última partida em Belo Horizonte, a semifinal da Copa do Mundo de 2014, quando o Brasil foi varrido pelos alemães diante de sua própria torcida.
O bom retrospecto sob o comando de Tite – quatro vitórias e 100% de aproveitamento – pode ser a chave para tentar deixar o maior fiasco da história do futebol brasileiro no passado. Porém, mesmo que os jogadores tenham minimizado a pressão durante as entrevistas que antecederam a partida, ela existe. Um dos líderes do time de Tite, Renato Augusto admitiu, contudo, que um bom resultado contra a Argentina possa ajudar a
“A gente não pode criar mais pressão do que já tem, e por isso não podemos ficar pensando muito no que passou. A cicatriz vai ficar. Temos de mudar o que vem pela frente”, avaliou o volante. “É um bom momento para vencer”.
Líder das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, o Brasil tem a chance de abrir oito pontos de vantagem sobre os argentinos e aumentar ainda mais o drama dos vizinhos, atualmente fora da zona de classificação para o Mundial. Para isso, é preciso vencer.
"Não vou ser hipócrita. Para a classificação, vale os mesmos três pontos. Mas a dimensão que o clássico trás, a história das duas seleções, tem um componente diferente", ressaltou Tite. "Como jogador e como técnico eu nunca sonhei chegar na seleção. Como atleta, eu tinha limitações físicas e sabia que não era talentoso o suficiente. Mas como técnico me preparei muito. É um privilégio estar nesse clássico".
Nos treinamentos realizados durante a semana, o comandante da seleção indicou que deverá seguir com seu time base, sem grandes alterações. Apenas Fernandinho entra na vaga do lesionado Casemiro e Neymar volta ao ataque após cumprir suspensão contra a Venezuela.
A única dúvida – e a mais complicada delas – é como parar Lionel Messi. Este foi um dos assuntos recorrentes na preparação verde-e-amarela. Atacante da Argentina, Lucas Pratto chegou a dizer que o Brasil temia o craque da Albiceleste. Tite, porém, tratou de responder. “Eu respeito Messi. Mas não se para Messi. Não se para Neymar. Não se neutraliza craque. A única coisa que podemos fazer é diminuir as ações em campo. Diminuir o número de participações deles na partida. Como nós pretendemos fazer isso? Não vou dizer”, brincou.
Na volta da seleção brasileira ao Mineirão mais de dois anos após o 7 a 1, Tite deverá levar a campo a seguinte formação: Alison; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, Neymar e Philippe Coutinho; Gabriel Jesus.
Mosaico e homenagens a Carlos Alberto Torres marcarão o clássico
Um mosaico que contará com a participação de 30 mil torcedores será um dos pontos altos na partida. O jogo também terá uma série de homenagens ao capitão do tricampeonato mundial de 1970, Carlos Alberto Torres. A intenção da CBF é fazer novamente do estádio que foi palco do maior fiasco da história do futebol brasileiro um local de celebração.
Antes do clássico, trinta mil cartazes serão colocados no setor vermelho do estádio, tanto no anel superior quanto no inferior. Eles serão utilizados pela torcida para formar o primeiro mosaico da história em uma partida da seleção brasileira. O projeto ficou a cargo do designer mineiro Thiago Scap, que já fez ações semelhantes para o Atlético-MG.
O jogo também prestará uma série de homenagens a Carlos Alberto Torres, que faleceu no mês passado. Em campo, todos os jogadores irão atuar com uma faixa preta e a inscrição "Eterno Capitão", enquanto Daniel Alves – que joga na mesma posição que consagrou o capitão do Tri – usará uma braçadeira na cor branca. Ele também atuará com o número 4 às costas, o mesmo de Carlos Alberto. Antes da partida, será observado um minuto de silêncio.
Fonte:R7
Economistas preveem sobe-e-desce do dólar e BC cauteloso com redução da taxa de juros
O que a vitória de Donald Trump para comandar os Estados Unidos pelos próximos quatro anos muda no seu bolso? A eleição do republicano pode deixar a viagem internacional, o preço dos celulares, artigos para a casa importados e até o financiamento imobiliário no Brasil mais caros para o trabalhador brasileiro.
Mas fique tranquilo: esse terremoto não não deve acontecer em 2016, garantem os economistas ouvidos pela reportagem do R7. Só a viagem para o exterior, se programada para este final de ano, pode ser ameaçada pela valorização do dólar.
Na última quarta-feira (9), com o anúncio da vitória de Trump, a Bolsa de Valores brasileira acompanhou os mercados internacionais e recuou. A incerteza do mercado externo também deixou o dólar mais caro para o brasileiro. Isso deve se prolongar até a chegada efetiva de Trump até a Casa Branca, em 20 de janeiro de 2017.
O professor da Faculdade Fipecafi e economista Silvio Paixão explica que, "daqui até quando ele tomar posse, vai ter muita especulação em função da equipe que ele está montando".
— Para quem tem dinheiro para aplicar e estava pensando em comprar dólar para viajar, tem que se preparar para muita volatilidade. [...] Se for viajar dentro das próximas semanas, entendo que não existe muito o que o investidor pequeno possa fazer. É melhor comprar dólares aos poucos.
O professor de economia do Ibmec/MG Reginaldo Nogueira entente que é natural a reação negativa dos mercados dias após a escolha de Trump. Para ele, “vai ter muita instabilidade e muita preocupação nos mercados, até que a equipe do presidente Trump seja definida”.
— Isso, no Brasil, afeta a Bolsa de Valores, o câmbio e pode vir a afetar a política de redução das taxas de juros do Banco Central. Como vai aumentar a insegurança, talvez o Banco Central brasileiro vai se tornar um pouco reticente e cauteloso com a política de redução de juros. Ao menos num primeiro momento. Esse é o principal risco aqui para o Brasil.
O professor de economia internacional da PUC-SP Antônio Corrêa de Lacerda afirma, porém, diz não ver sentido em uma interrupção na tendência de redução dos juros básicos da economia no Brasil, mesmo com uma eventual onda de incertezas no mercado, iniciada em outubro.
— A taxa de juros está muito acima do que deveria estar. Demorou muito tempo para o BC reduzir os juros [foram quatro anos de altas ou manutenções consecutivas].
Em outubro, o Banco Central brasileiro reduziu a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano. Foi a primeira diminuição da taxa em quatro anos. A medida foi interpretada pelo mercado como um sinal de uma nova política de queda da taxa, que pode ser freada com a eleição de Trump.
Os juros básicos da economia influenciam diretamente aas taxas praticadas nos financiamentos imobiliários brasileiros — ou seja, a vitória de Trump também está ligada à compra da sua casa própria. Na última terça-feira (8), a Caixa anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual nessa linha de crédito e deu como motivo a queda dos juros básicos.
A partir de agora, porém, o cuidado deverá pautar as próximas reuniões do BC, explica Nogueira: “Vai aumentar, pelo menos num primeiro momento, a cautela do Banco Central, porque, de um lado, essa turbulência pode subir taxa de câmbio e ter impacto na inflação. Isso atrasa a redução dos juros”.
Preço do celular
Com o dólar mais caro, os produtos importados em geral são impactados e ficam mais caros para os brasileiros. Isso vale tanto para celulares que são montados no Brasil com componentes e peças fabricadas no exterior artigos de casa em geral, em grande parte importados da China.
Nogueira, do Ibmec/MG, explica que, se o mercado continuar desconfiado e o dólar aumentar, "não só a viagem para o exterior, mas também os produtos importados também podem subir". Isso, porém, está num horizonte um pouco mais distante.
— Esse impacto não necessariamente vamos sentir imediatamente. [...] A gente vai passar por muita turbulência, o cenário é difícil de prever.
O professor da Fipecafi concorda com o colega do Ibmec: "Não vejo na economia brasileira potencial de subida dos produtos eletroeletrônicos no futuro, a menos que Trump fale uma bobagem muito grande depois de eleito". Quanto ao preço de celulares e outros eletroeletrônicos e de produtos e serviços importados e cotados em dólar, Paixão faz uma metáfora com a situação econômica dos EUA.
— O Trump está recebendo o Jumbo em velocidade de cruzeiro, ou seja, um país com as finanças em ordem.
Fonte: R7