Apesar da semelhanças com o vírus que causa covid-19, microrganismo só será capaz de infectar humanos se passar por mutações
Fonte: R7 *Estagiário do R7 sob supervisão de Deborah Giannini foto: PIXABAY
Pesquisadores encontraram um novo coronavírus com origem em morcegos no Reino Unido. O estudo, realizado pela Universidade de East Anglia e pela Public Health England, e publicado na revista científica Nature, aponta que, apesar da semelhança com o vírus que causa a covid-19, não existem evidências de que possa ser transmitido para humanos até o momento.
Nomeado de RhGB01, é o primeiro coronavírus descoberto no Reino Unido. Segundo o estudo, deve estar circulando entre morcegos-martelos há anos, mas foi identificado recentemente, pois esse tipo de pesquisa nunca havia sido realizada na região.
Apesar de ainda não apresentar riscos a humanos, o vírus pode sofrer mutações ao longo do tempo, podendo assim, infectar pessoas, ressaltam os pesquisadores.
A mutação pode ocorrer caso um ser humano com covid-19 entre em contato com um morcego que esteja infectado com o novo vírus ou seus excrementos, de acordo com o estudo. Por essa razão, é altamente recomendado que se utilize equipamentos de proteção em caso de contato com morcegos infectados.
Segundo a pesquisa, os morcegos-martelos, portadores do vírus, não são comumente encontrados na América do Sul, sendo mais comuns em países da Ásia, Europa, África e Oceania.
O novo vírus se encontra no grupo de sarvecovírus, subgênero que engloba o SARS-CoV-2, responsável pela pandemia atual, e o SARS-CoV, responsável pelo surto de SARS em 2003.
A pesquisa foi realizada com 53 morcegos, capturados para a coleta de seus excrementos e soltos imediatamente após a realização desse processo, destacam os pesquisadores.
Saiba como proceder e quem tem direito a fazer a solicitação, realizada por meio do site do Ministério da Cidadania
Fonte: R7 Foto: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL-28/04/2021
O prazo para a contestar os pedidos de auxílio emergencial negados termina neste sábado (24), às 23h59. A data limite se aplica aos trabalhadores que se inscreveram pelos meios digitais e que tiveram a solicitação recusada na revisão mensal de julho.
Mensalmente, governo federal analisa os CPFs dos beneficiários para conferir se eles ainda se enquadram nos critérios para receber o auxílio.
De acordo com o Ministério da Cidadania, a contestação vai permitir uma nova análise com bases mais atualizadas dos dados da pessoa. O requerimento com o pedido de revisão deve ser feito pelo site da pasta (https://consultaauxilio.cidadania.gov.br).
“Após ingressar com os dados de identificação e clicar na aba correspondente ao auxílio emergencial 2021, a pessoa deve clicar no botão: contestar. A partir daí, precisa aguardar até que seja realizada uma nova análise da situação do seu benefício”, informou o ministério.
Após a contestação, o pedido será reanalisado pela Dataprev. A partir daí, é preciso aguardar até que a nova análise da situação do benefício seja concluída.
Se a razão que motivou o cancelamento permitir contestação, o trabalhador poderá voltar a receber o benefício.
O ministério disse que, caso não ocorra a aprovação por algum motivo de indeferimento definitivo, não será possível apresentar contestação, pois a situação que motivou o indeferimento não vai se alterar.
Pessoas que já tenham ficado inelegíveis para receber o auxílio antes e já tenham realizado a contestação não poderão submeter nova contestação.
Já os bloqueios feitos a pedido dos órgãos de controle não podem ser contestados ainda, pois estão sob análise do Ministério da Cidadania e da Dataprev. Esse tipo e bloqueio é feito de forma preventiva.
“Posteriormente, é definido pela liberação ou cancelamento do benefício em definitivo. Não há prazo definido para divulgação do resultado”, disse o ministério.
Uma nova geada esta prevista para dia 29 próximo
Fotos: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
O presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, participou na quinta-feira, 22, de duas importantes reuniões no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A convite da Ministra de Agricultura, Tereza Cristina, para tratar das geadas nas regiões produtoras de café.
A ministra buscou em Silas Brasileiro sugestões de como tratar a atual situação.
O presidente do CNC foi convidado pela ministra a acompanha-la em visita ao Sul de Minas, onde a comitiva sobrevoou nesta sexta-feira as áreas atingidas e teve reunião com produtores na cidade de Alfenas/MG.
Importante também seria uma visita a Patrocínio onde várias lavouras foram atingidas.
*Visita realizada *
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, acompanhada de Silas esteve na manhã de hoje 23/07 em Alfenas, no sul de Minas Gerais, para se reunir com os produtores locais de café. A região, grande produtora de café, foi afetada esta semana por uma geada em decorrência da queda da temperatura, o que foi previsto pela plataforma de monitoramento do Inmet.
Preocupados, os produtores se mobilizaram em uma reunião de emergência, da qual a ministra participou representando o Governo Federal. O objetivo foi verificar a situação das lavouras, ouvir os produtores para pensar em uma agenda de prioridades para atender os produtores locais.
“Quando eu recebi os relatos da geada do dia 20 de julho, eu fiquei muito preocupada. Eu sei o esforço para produzir e a frustração de perder a plantação num ano com boas previsões de valores. Viemos aqui para ver, ouvir e achar soluções em conjunto, sentarmos à mesa para identificarmos uma solução, que não será única. A geada pegou pontos diferentes e, por isso, vamos trabalhar em uma solução conjunta com o estado de Minas Gerais, prefeitos e cooperativas“, disse a ministra o prestar solidariedade aos produtores, também, em nome do presidente Jair Bolsonaro.
A ministra pediu para que os produtores forneçam dados detalhados sobre as perdas, para ajudar na elaboração das políticas públicas necessárias para o setor. "O levantamento que será feito pelas equipes técnicas do estado, pela nossa equipe da Conab será fundamental para se construir uma política para a região. Pedimos para os produtores que eles nos forneçam os dados corretamente, fotografem as suas lavouras neste momento e que todo mundo fique tranquilo porque juntos vamos achar um caminho para sair dessa situação de perdas que a geada nos trouxe"
Ela disse que o governo vai ajudar a encontrar soluções, principalmente para os pequenos produtores. "Vamos sentar com as cooperativas, com os bancos, o Ministério da Agricultura tem o Funcafé que é um dinheiro da cafeicultura. Com essa perda avaliada, vamos ver como podemos ajudar os produtores, principalmente os pequenos, que são os que tem menos recursos para se reerguer".
Antes da reunião, realizada no Sindicato Rural de Alfenas, a ministra e demais autoridades estaduais visitaram a lavoura de café da Fazenda Primavera para verificar de perto as perdas na produção do grão.
A secretária Estadual de Agricultura de Minas Gerais, Ana Maria Valentin, disse que o governo estadual irá fazer um levantamento da atual situação de cada lavoura atingida: “De primeira ordem, o que o estado pode fazer é um laudo bem feito e fidedigno do que está enfrentado, o que cada produtor perdeu para saber quem sofreu mais e o que cada um irá precisar”.
O deputado federal Emidinho Madeira (PSB-MG), presidente da Frente Parlamentar do Café, reforçou a importância da organização dos produtores em cooperativas e disse que irá lutar pela renegociação dos prazos para pagamento de financiamentos. “Os cafeicultores daqui ajudam a desenvolver outras cidades, que recebem os recursos do café indiretamente na construção de casas e comércio locais. Temos que conseguir ajudar o produtor, vamos pedir carência de um ano, dois para que os produtores possam honrar seus compromissos”.
Acompanharam a ministra na reunião o secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes, e o diretor de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Silvio Farnese. O presidente da Emater, Otávio Maia; o presidente do Sebrae, Carlos Melles, além de prefeitos, vereadores, produtores de café e representantes do setor também participaram do encontro.
Sobre as geadas
O início dessa semana de geadas intensas em várias regiões de lavouras de café do Brasil deixou todos os produtores preocupados e o mercado atento. Circulam na internet várias fotos, vídeos e depoimentos de cafeicultores surpreendidos com a ação das baixas temperaturas em suas lavouras. Mas, e agora? O que devemos fazer? Quais ações devemos priorizar?
As respostas a essas perguntas necessariamente passam por saber qual a extensão atingida. Onde houve maior impacto. Isso porque sem um levantamento real, fiel e confiável será impossível propor ações, buscar soluções.
O produtor de café carrega sempre consigo o risco de que as intempéries assolem suas plantas, deixando-o preocupado com as mudanças climáticas. Por isso, devemos adotar cautela máxima para propagarmos percentuais reais do impacto na produção. Isso porque, necessariamente, cada comentário, cada foto ou vídeo publicado, gera muitas incertezas no mercado.
Portanto, o Conselho Nacional do Café irá aguardar os impactos de uma nova frente fria mais grave, anunciada para o próximo dia 29, que juntamente com a última geada ocorrida no dia 20, serão avaliadas com os demais membros do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) e, em especial, com a Secretaria de Política Agrícola (SPA/MAPA), o Departamento de Comercialização e Abastecimento, e a Ministra Tereza Cristina no sentido de desenvolver um programa/projeto que vise atender aqueles que, efetivamente, venham necessitar de financiamento para manter-se na atividade.
Veja em detalhes o boletim
Até o momento foram 1.928.391 casos confirmados, sendo 7.161 nas últimas 24 horas
Estão em acompanhamento 60.717 casos e são 1.818.174 casos recuperados.
Estão confirmados 49.500 óbitos, sendo 123 nas últimas 24 horas
Lote será o maior da história em número de contribuintes
Fonte: Agência Brasil Edição: Maria Claudia foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A partir das 10h de hoje 23/07, o contribuinte que entregou a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física até meados de maio poderá saber se acertou as contas com o Leão. A Receita Federal liberará a consulta ao terceiro dos cinco lotes de restituição de 2021.
Esse será o maior lote de restituição da história em número de contribuintes. Ao todo, 5.068.200 contribuintes receberão R$ 5,8 bilhões. ?Do total, 4.913.343 contribuintes entregaram a declaração até 18 de maio.
O restante tem prioridade legal, sendo 13.985 contribuintes idosos acima de 80 anos, 95.298 contribuintes entre 60 e 79 anos, 8.987 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 36.616 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.
O dinheiro será pago em 30 de julho. A consulta pode ser feita na página da Receita Federal da internet. Basta o contribuinte clicar no campo Meu Imposto de Renda e, em seguida, Consultar Restituição. A consulta também pode ser feita no aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para os smartphones dos sistemas Android e iOS.
A consulta no site permite a verificação de eventuais pendências que impeçam o pagamento da restituição – como inclusão na malha fina. Caso uma ou mais inconsistências sejam encontradas na declaração, basta enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes.
Calendário
Inicialmente previsto para terminar em 30 de abril, o prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física foi encerrado em 31 de maio por causa da segunda onda da pandemia de covid-19. Apesar do adiamento, o calendário original de restituição foi mantido, com cinco lotes a serem pagos entre maio e setembro, sempre no último dia útil de cada mês.
A restituição será depositada na conta bancária informada na Declaração de Imposto de Renda. Se, por algum motivo, o crédito não for realizado, como no caso de conta informada desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.
Neste caso, o cidadão pode reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
Testes em laboratório mostram que variante Gamma não é neutralizada
Fonte: Agência Brasil Edição: Aline Leal foto: Reuters/direitos reservados®
Estudo internacional com participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) revela um mecanismo que explica o motivo pelo qual ocorrem as reinfecções de covid-19. Testes em laboratório mostraram que a variante Gamma, anteriormente conhecida como P.1, originada no Brasil, é capaz de escapar dos anticorpos neutralizantes que são gerados pelo sistema imunológico a partir de uma infecção anterior com outras variantes do coronavírus.
Os pesquisadores destacam, no entanto, que os resultados foram obtidos in vitro, ou seja, em laboratório. Além disso, o estudo não inclui outros tipos de resposta imune do organismo, como imunidade celular. “É fundamental entender que pessoas infectadas podem ser infectadas novamente”, aponta William Marciel de Souza, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, primeiro autor do artigo. O trabalho foi publicado como artigo na revista científica The Lancet em 8 de julho.
Foram analisadas amostras do plasma de pacientes que tiveram a doença, e também de pessoas imunizadas pela vacina CoronaVac. “A pesquisa mostra que pessoas que foram vacinadas ainda estão suscetíveis à infecção, se você tomou a vacina continue usando máscara, continue com distanciamento social, continue usando as medidas de higiene para evitar a transmissão para outras pessoas”, aconselha o pesquisador.
Souza lembra que os estudos clínicos mostram a eficiência da CoronaVac contra formas graves da doença, reduzindo internações e mortes. “A vacina não é contra infecção, infecção pode acontecer a qualquer momento, com qualquer vacina, o objetivo da vacina é contra a doença, a forma grave, da pessoa morrer, ter sequelas graves.”
Outros estudos
O pesquisador citou outro estudo que analisou casos de covid-19 em idosos moradores de um convento e uma casa de repouso. Ele aponta que, embora os locais fossem pouco movimentados, o vírus entrou nessas moradias e infectou as pessoas com mais 70 anos que estavam vacinadas. “Mesmo com idade bem avançada quase todos foram assintomáticos ou com sintomas leves, não precisaram de hospitalização. Isso mostra a importância das vacinas.”
Sobre a variante Delta, Souza aponta que os estudos também vêm demonstrando a proteção contra formas mais graves da doença. “Mesmo locais com alta taxa de vacinação, por exemplo os Estados Unidos, em que hoje a Delta é a linhagem mais dominante, o número de mortes e hospitalizados não aumentou mesmo com a introdução dela.”
Beneficiários do Bolsa Família com NIS 5 também recebem hoje
Fonte: Agência Brasil Edição: Maria Claudia foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
Trabalhadores informais nascidos em junho recebem hoje 23/07 a quarta parcela da nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.
O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O dinheiro será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a três semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta-corrente.
Também hoje, beneficiários do Bolsa Família com o Número de Inscrição Social (NIS) de dígito final 5 recebem o benefício.
No último dia 15, a Caixa anunciou a antecipação do pagamento da quarta parcela. O calendário de depósitos, que começaria hoje e terminaria em 22 de agosto, teve o início antecipado para o último dia 17 e será concluído em 30 de julho.
Ao todo 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada.
Crédito na poupança social
Mês de nascimento | dia do depósito |
---|---|
Janeiro | 17 de julho |
Fevereiro | 18 de julho |
Março | 20 de julho |
Abril | 21 de julho |
Maio | 22 de julho |
Junho | 23 de julho |
Julho | 24 de julho |
Agosto | 25 de julho |
Setembro | 27 de julho |
Outubro | 28 de julho |
Novembro | 29 de julho |
Dezembro | 30 de julho |
Saque em dinheiro
Mês de nascimento | dia da liberação |
---|---|
Janeiro | 02 de agosto |
Fevereiro | 03 de agosto |
Março | 04 de agosto |
Abril | 05 de agosto |
Maio | 09 de agosto |
Junho | 10 de agosto |
Julho | 11 de agosto |
Agosto | 12 de agosto |
Setembro | 13 de agosto |
Outubro | 16 de agosto |
Novembro | 17 de agosto |
Dezembro | 18 de agosto |
Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.
O pagamento da terceira parcela aos inscritos no Bolsa Família começou na segunda-feira (19) e segue até o dia 30. O auxílio emergencial somente será depositado quando o valor for superior ao benefício do programa social.
Calendário do Bolsa Família
Número final do NIS | dia da liberação |
---|---|
1 | 19 de julho |
2 | 20 de julho |
3 | 21 de julho |
4 | 22 de julho |
5 | 23 de julho |
6 | 26 de julho |
7 | 27 de julho |
8 | 28 de julho |
9 | 29 de julho |
0 | 30 de julho |
Em todos os casos, o auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020.
O programa se encerraria neste mês, mas foi prorrogado até outubro, com os mesmos valores para as parcelas.
A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio.
Doses foram entregues ao Ministério da Saúde
Fonte: Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo foto: REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados
O Instituto Butantan entregou hoje 23/07 mais 1 milhão de doses da vacina contra o novo coronavírus para serem distribuídas para todo o país pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Até o momento já foram disponibilizadas 58,6 milhões de doses do imunizante desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
No último dia 13 de julho, o Butantan recebeu mais 12 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) que permitirão a produção de mais 20 milhões de doses da vacina CoronaVac.
A previsão é que até o final de agosto o instituto tenha concluído a entrega de 100 milhões de doses de vacina referentes aos dois contratos assinados com o Ministério da Saúde. Se cumprida, a estimativa antecipa em um mês o prazo estipulado pelos termos para conclusão das entregas.
Bula indica 21 dias entre doses, Brasil e outros países usam 12 semanas de distanciamento; Reino Unido vai mudar para 2 meses
Fonte: R7 com Reuters Foto: DADO RUVIC/REUTERS - 22.7.2021
Um intervalo de oito semana entre a primeira e segunda duas doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 proporciona um nível maior de anticorpos do que um intervalo mais curto, concluiu um estudo britânico, embora haja uma queda brusca nos níveis de anticorpos após a primeira dose.
O estudo pode ajudar a traçar estratégias de vacinação contra a variante Delta, que reduz a eficácia de uma primeira dose da vacina contra a covid-19, ainda que duas doses sejam eficientes na proteção.
"Para o intervalo mais longo de doses, os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Delta foram induzidos de maneira fraca após uma única dose, e não se mantiveram durante o intervalo até a segunda dose", apontaram os autores do estudo, que está sendo conduzido pela Universidade de Oxford.
"Após duas doses da vacina, os níveis de anticorpos neutralizantes eram duas vezes maiores após o intervalo mais longo de doses se comparado com o intervalo mais curto."
Os anticorpos neutralizantes são considerados importantes no papel de construir imunidade contra o coronavírus, mas não agem sozinhos, já que as células T também desempenham um papel.
O estudo descobriu que os níveis gerais de células T eram 1,6 vez menor com um intervalo longo se comparados com o cronograma mais curto de entre 3 a 4 semanas, mas que uma proporção mais alta era de células T "ajudantes", que fortalecem a memória imunológica.
Os autores enfatizaram que qualquer um dos intervalos produziu uma resposta forte de anticorpos e de células T no estudo feito com 503 profissionais de saúde.
A bula do imunizante sugere que o intervalo entre as aplicações seja de 21 dias, mas Brasil, Reino Unido, Canadá, França e Alemanha optaram por ampliar esse período para 12 semanas.
As descobertas, divulgadas em um estudo pre-print, suportam a visão de que embora uma segunda dose seja necessária para garantir a proteção total contra a variante Delta, o distanciamento de oito semana pode providenciar imunidade mais duradoura, mesmo se isso significar uma proteção menor a curto prazo.
O Reino Unido a partir desta sexta-feira (23) recomenda um intervalo de dois meses entre as duas doses da vacina para que mais pessoas fiquem protegidas contra a variante Delta mais rapidamente, enquanto ainda maximiza as respostas imunológicas no longo prazo.
"A recomendação original de 12 semanas se baseava no conhecimento de outras vacinas, que frequentemente um intervalo mais longo dá ao sistema imunológico a chance de dar a resposta mais alta. A decisão de colocá-lo em oito semanas equilibra todas as questões mais amplas, os prós e os contras, duas doses é melhor do que uma no geral. Além disso, outros fatores precisam ser equilibrados, o suprimento de vacinas, o desejo de se abrir e assim por diante. Acho que oito semanas é o ponto ideal para mim, porque as pessoas querem receber as duas vacinas [doses] e há muito Delta por aí agora. Infelizmente, não consigo ver esse vírus desaparecendo, então você quer equilibrar isso com a obtenção da melhor proteção possível", disse Susanna Dunachie, pesquisadora da Universidade de Oxfor e coordenadora do estudo.