Trabalho foi publicado na revista científica Cell
Fonte: Agência Brasil Edição: Graça Adjuto foto: Handout .
Uma pesquisa que teve participação de cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugere que a variante delta do novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem potencial maior de causar reinfecções e novos quadros de covid-19 em pessoas que haviam se curado da doença. A variante foi detectada pela primeira vez na Índia, mas já está presente em 85 países e causou a primeira morte no Brasil no último fim de semana.
O trabalho foi publicado na revista científica Cell e detalhes foram divulgados ontem (28) pela Agência Fiocruz de Notícias. As conclusões da pesquisa mostram que pessoas previamente infectadas por outras cepas do novo coronavírus têm um soro com anticorpos menos potentes contra a variante delta, que é uma das quatro variantes de preocupação já identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Fiocruz destaca que o aumento do risco é marcante no caso das pessoas que tiveram uma infecção anterior da variante gama, que foi identificada pela primeira vez em Manaus e se tornou a cepa dominante no Brasil. Nesses casos, a capacidade de os anticorpos neutralizarem a variante delta é 11 vezes menor. O mesmo ocorre com a variante beta, que foi descoberta na África do Sul.
A divergência antigênica da variante delta é menor quando comparada à variante alfa, que foi a primeira de preocupação a entrar no radar da OMS, ao surgir no Reino Unido. De acordo com a Fiocruz, cientistas avaliam que "o achado indica que vacinas baseadas na variante alfa podem proteger amplamente contra as variantes atuais, o que pode ser uma informação relevante para a formulação de novos imunizantes".
Apesar de sugerir um escape maior do vírus ao ataque dos anticorpos produzidos em infecções anteriores, a pesquisa revela que as vacinas de RNA mensageiro e vetor viral, como Pfizer e AstraZeneca, continuam eficazes contra a infecção pela cepa delta. Essa eficácia, porém, é reduzida com a mutação sofrida pelo vírus na proteína S, que forma a estrutura viral usada para iniciar a invasão da célula do hospedeiro.
A pesquisa constatou que a capacidade de neutralizar a variante delta é 2,5 vezes menor no caso da vacina da Pfizer, e 4,3 vezes menor para a AstraZeneca. Segundo o artigo, esses índices são semelhantes aos que já haviam sido registrados nas variantes alfa e gama. Desse modo, a variante beta continua a ser a única em que há evidência de fuga generalizada da neutralização.
“Parece provável, a partir desses resultados, que as vacinas atuais de RNA e vetor viral fornecerão proteção contra a linhagem B.1.617 [que tem três sublinhagens, incluindo a variante delta], embora um aumento nas infecções possa ocorrer como resultado da capacidade de neutralização reduzida dos soros”, afirma um trecho do artigo traduzido pela Fiocruz.
O estudo foi liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e envolveu 59 pesquisadores do Reino Unido, da China, do Brasil, dos Estados Unidos, da África do Sul e Tailândia. No Brasil, participaram o Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM).
Nas análises, os pesquisadores investigaram a ação de 113 soros, obtidos a partir de pacientes infectados e imunizados, englobando seis cepas do novo coronavírus: uma linhagem próxima do vírus inicialmente detectado em Wuhan, na China, no começo da pandemia; as variantes de preocupação alfa, beta, gama e delta; e a variante de interesse kapa, que é a mesma da linhagem variante delta.
Decisão da agência reguladora eleva o valor da tarifa extra de R$ 6,243 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora consumidos
Fonte: R7 foto: PIXABAY
A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu nesta terça-feira 29/06 pela elevação de 52% (de R$ 6,243 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora consumidos) no custo adicional cobrado pela bandeira tarifária vermelha patamar 2 das contas de luz. O reajuste passa a valer já nas coletas realizadas no mês de julho.
"É um sinal claro de que consumir energia até a chegada do próximo período único está mais caro", apontou o presidente da agência reguladora, André Pepitone, ao se manifestar favorável ao aumento. Ele avalia o momento atual como “excepcional” para a adoção de medidas mais drásticas devido à pior crise hídrica dos últimos 91 anos.
"Não estamos promovendo aumento porque gostamos ou queremos. É uma realidade, o custo está presente. O que estamos decidindo é o que fazer com esse custo, se apresentamos agora ou depois, com a correção da Selic”, explicou Pepitone.
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, visa alertar a população sobre o custo da energia produzida no Brasil e trazer um consumo mais consciente para a população em períodos com maior uso das usinas térmicas, que produzem uma energia mais cara.
O reajuste anunciado nesta segunda-feira (29) supera o aumento proposto em consulta pública realizada pela agência reguladora no mês de março e defendido pelo relator da ação, Sandoval Feitosa, que previa uma elevação de apenas R$ 0,25 (4%) na tarifa vermelha patamar 2, para R$ 6,494.
"Tínhamos uma proposta para ser julgada, mas as variáveis ambientais levantaram a discussão desse ponto importante que produz a matriz de custo da população e da economia. Não foi fácil. É muito difícil se prever chuvas e, mais difícil ainda, prever os efeitos decorrentes da falta ou de uma chuva menor do que a esperada", explicou Feitosa. Ele calcula que a manutenção dos valores ocasionaria em um déficit de R$ 5 bilhões até dezembro.
Ao analisar a situação, Pepitone equiparou a necessidade de recorrer às usinas térmicas à contratação de um seguro ao comprar um carro novo. "O parque térmico está lá, mas desejamos usá-lo. Mas, em um caso ruim, temos que usar o seguro. É o que está acontecendo agora, porque não temos água nas hidrelétricas e temos o nosso seguro", destacou ele, ao dizer que as bandeiras modelam o custo adicional.
O diretor Efrain Cruz defendeu uma decisão mais branda devido ao momento de dificuldade enfrentado por boa parte dos consumidores no momento atual. "Em momentos de crise, a gente cumpre a regra para não incorrer em alguns erros", pontuou ao avalia que a economia popular está "assolada" pela crise sanitária causada pela pandemia.
Efrain Cruz ressalta ainda que o aumento da conta não reflete na redução de consumo da população e recorda que o Brasil já operou com déficit superior a R$ 4 bilhões, o que permitiria um reajuste mais brando neste momento até a realização de uma nova revisão no mês de agosto.
O fato ocorreu no no bairro Santa Mônica em Uberlândia
UBERLÂNDIA (MG) - Na madrugada desta terça-feira, 29/06/21, por volta das 02h30min, na rua Juventude, no bairro Santa Mônica, as equipes da Polícia Militar estavam em patrulhamento quando foram acionadas pelo COPOM informando que um solicitante relatava que um homem estava em cima do telhado da sua residência.
As equipes se deslocaram para o local e abordaram o suspeito, e logo identificaram que uma residência estava pegando fogo.
Os policiais entraram na residência acordando os moradores, um casal de idosos e em outras duas casas de fundo mais três moradores colocando eles para fora das residências para preservar a vida de todos.
Segundo a PM foi necessário arrombar algumas portas para verificar se havia mais alguém no interior do imóvel.
Os militares deram voz de prisão em flagrante por crime de incêndio criminoso ao suspeito.
A residência foi totalmente destruída pelo fogo.
Com informações e fotos da Polícia Militar de Uberlândia
O fato aconteceu na Avenida Imbiara, bairro Vila Silveria em Araxá
ARAXÁ (MG) - Na noite de segunda-feira, 28/06, por volta das 23h00min, a Polícia Militar foi acionada e compareceu na Avenida Imbiara, bairro Vila Silveria em Araxá, onde havia ocorrido um furto.
Segundo a vítima, trabalha como entregador e estacionou sua motocicleta Honda 150 Fan ESDI, de cor vermelha placa ESE-8330 com a chave na ignição em via pública.
A vítima adentrou por alguns minutos no local onde trabalha para pegar entregas e, ao sair, percebeu que a motocicleta havia sido furtada.
Rastreamentos seguem no intuito de localizar o veículo e possíveis autores.
Com informações da Polícia Militar
Certificado de 2019 passa a ter validade até 31 de dezembro deste ano
Fonte: Agência de Minas Gil Leonardi / Imprensa MG
O Governo de Minas Gerais ampliou a validade do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) de 2019 até 31 de dezembro deste ano. A medida, publicada no sábado (26/6), está de acordo com a publicação do Decreto Estadual n° 48.205, de 15 de junho de 2021, que trata da prorrogação da vigência no estado de calamidade pública em decorrência da pandemia de covid-19. Antes, a exigência do documento referente ao ano 2020 estava prevista para 1° de julho. A prorrogação do prazo visa reduzir os reflexos do atual momento de saúde pública, que também afetou a economia.
Durante as fiscalizações de trânsito, o motorista poderá apresentar o CRLV em papel comum ou no formato digital disponível no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). O porte do CRLV poderá ser dispensado, caso o agente possa consultar o sistema do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) para verificar se veículo está licenciado.
Os proprietários de veículos que ainda não possuem o CRLV de 2019 devem ficar atentos, porque circular sem o documento de licenciamento gera multa no valor de R$ 293,47, sete pontos na habilitação e remoção do veículo para um pátio até a regularização. No site www.detran.mg.gov.br o motorista poderá verificar se há débitos do IPVA, seguro obrigatório, Taxa de Renovação do Licenciamento Anual do Veículo, eventuais multas ou procedimentos administrativos que impedem a emissão do CRLV.
IPVA
Embora o prazo para a exigência do CRLV 2020 tenha sido prorrogado, e o documento de 2021 não tenha prazo determinado para ser exigido, os proprietários de veículos ainda devem ficar atentos às pendências do IPVA e Taxa de Licenciamento.
Os prazos para pagamento dos tributos de 2021 terminaram em março, e o atraso no pagamento resulta em multas e juros, além de inscrição em dívida ativa e protesto cartorial.
Cidadão pode emitir a guia de emissão do segundo documento logo após agendamento do serviço no MG App ou no site cidadao.mg.gov.br
Fonte: Agência de Minas Foto: Divulgação/PCMG
Os usuários do MG App e do site cidadao.mg.gov.br, canais de atendimento para acesso a serviços do Governo de Minas, agora contam com mais uma funcionalidade na hora de solicitar a emissão de carteira de identidade (CI). Já está disponível nas plataformas a opção de expedir o Documento de Arrecadação Estadual (DAE), necessário para segunda via da CI, logo após o agendamento do serviço, assim como acompanhar o status de vencimento da cobrança.
A atualização do serviço, coordenados pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), reduz o processo para emissão do documento e facilita a vida do cidadão que, anteriormente, agendava o serviço no MG App ou no cidadão.mg.gov.br e precisava emitir a guia para pagamento no site da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF). Agora, o DAE é gerado diretamente nas plataformas de agendamento, podendo ser pago em casas lotéricas ou bancos de preferência, inclusive via internet banking.
Benefícios
Não há cobrança de nenhuma taxa para o agendamento do serviço nos canais oficiais do Governo de Minas e a emissão de primeira via da carteira de identidade também é gratuita. No entanto, a partir da segunda via, é cobrada uma taxa de R$ 78,88.
“Essa nova funcionalidade torna as etapas do serviço ainda mais claras. Assim, evitaremos situações em que o usuário se esquece de emitir e pagar a taxa, por ter que entrar em outro site, e não consegue realizar o serviço no dia agendado”, assegura a especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Linda Vieira.
“Acreditamos que essa facilidade vai beneficiar muitos usuários, uma vez que o agendamento de carteira de identidade é um dos serviços mais utilizados dentro do app”, reforça.
A inclusão da funcionalidade é resultado de parceria em Governo Digital da Seplag, por meio do programa Minas Atende, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Passo a passo
Logo após abrir o MG App ou o site cidadão.mg.gov.br e agendar, gratuitamente, a emissão da carteira de identidade, o aplicativo mostra o botão “emitir taxa”. Clicando nele, o cidadão preenche os campos solicitados e a guia é gerada. O usuário pode baixa-la em PDF ou copiar o código de pagamento. Os passos seguintes para a emissão do documento em alguma Unidade de Atendimento Integrado (UAI) também são informados na plataforma.
A expectativa da Subsecretaria de Governança Eletrônica e Serviços da Seplag é que, em breve, essa modalidade seja expandida para outros serviços disponíveis no aplicativo, que conta, atualmente, com mais de 100 funcionalidades e mais de 1 milhão de instalações no Google Play. Para baixar o aplicativo, disponível nos sistemas Android e iOS, clique aqui.
Desde o lançamento em 2019, documento teve 344 milhões de acessos
Fonte: Agência Brasil Edição: Graça Adjuto foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Obrigatória para toda pessoa contratada por uma empresa, a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) migrou da versão física para o meio eletrônico. Acessada pelo computador ou pelo smartphone, a CTPS digital acumula 344 milhões de acessos desde o lançamento da ferramenta, em 2019.
A versão eletrônica reúne contratos de trabalho antigos e novos, bem como suas respectivas anotações, e traz o histórico profissional atualizado e acessível. Com a pandemia de covid-19, que expandiu o trabalho e os serviços remotos, a utilização da CTPS explodiu. Somente no ano passado, foram registrados 270 milhões de acessos.
Acessível pelo site da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, o documento também pode ser baixado pelo aplicativo CTPS Digital, disponível para smartphones dos sistemas Android e iOS. Lançada como meio de consulta em 2017, a carteira digital passou a substituir o documento em papel em 2019, com a oficialização em portaria do Diário Oficial da União .
A CTPS eletrônica cruza as várias bases de dados do governo com as informações inseridas pelo empregador no e-Social, sistema de registro de dados trabalhistas pela internet. O documento eletrônico consolida dados do contrato de trabalho, salário, registros de férias, pagamento de décimo terceiro, rescisões contratuais e demais eventos ligados ao histórico do trabalhador.
Como obter
Para ter acesso à CTPS digital, o empregado precisará do número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e de login autenticado no Portal Único de Serviços do Governo Federal (Portal Gov.br). O processo é instantâneo e não exige tempo de espera, como na obtenção da carteira física.
Em tese, as informações da carteira digital são as mesmas da carteira física. Caso ocorra divergências, o trabalhador deve pedir para o empregador atual corrigir informações desatualizadas.
A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia recomenda ao empregado que guarde a carteira física para conservar informações sobre empregos antigos e pedir alguma comprovação para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Principalmente no caso de alguma empresa ter fechado antes da migração dos registros para o e-Social.
Empregador
Para o empregador, a carteira de trabalho digital funciona de forma semelhante que para os demais funcionários. A diferença é que as empresas deverão fazer todas as admissões, demissões e anotações por meio do e-Social, reduzindo a burocracia e agilizando o processo.
Diferentemente da carteira física, a carteira de trabalho eletrônica não exige a numeração específica de oito dígitos, divididos entre número de identificação e de série. Todas as informações podem ser inseridas digitando apenas o CPF do empregado. Em até 48 horas após a inserção no e-Social, as informações deverão aparecer na CTPS digital.
Resultado é de estudo conduzido pela Universidade de Oxford com doses de diferentes imunizantes na primeira e segunda aplicações
Fonte: R7 Copyright © Thomson Reuters foto: DENIS BALIBOUSE/ATHIT PERAWONGMETHA/REUTERS
Um esquema misto de vacinas contra covid-19 em que uma injeção de Pfizer/BioNTech é administrada quatro semanas após uma injeção de AstraZeneca produzirá melhores respostas imunológicas do que dar outra dose de AstraZeneca, concluiu um estudo da Universidade Oxford divulgado nesta segunda-feira (28).
O estudo, chamado Com-COV, comparou esquemas mistos de duas doses das vacinas Pfizer e AstraZeneca e descobriu que, em qualquer combinação, elas produziram altas concentrações de anticorpos contra a proteína spike do coronavírus.
Os dados apoiam a decisão de alguns países europeus que começaram a oferecer alternativas ao AstraZeneca como uma segunda injeção após a vacina ter sido associada a raros coágulos sanguíneos.
Matthew Snape, o professor de Oxford por trás do ensaio, disse que as descobertas poderiam ser usadas para dar flexibilidade aos lançamentos de vacinas, mas não eram grandes o suficiente para recomendar uma mudança mais ampla de programações clinicamente aprovadas por conta própria.
"É certamente encorajador que essas respostas de anticorpos e células T pareçam boas com os cronogramas mistos", disse ele a repórteres.
“Mas eu acho que seu padrão deve permanecer, a menos que haja uma boa razão de outra forma, para o que está provado que funciona”, acrescentou ele, referindo-se aos esquemas de vacinas de mesma injeção avaliados em testes clínicos.
A maior resposta de anticorpos foi observada em pessoas que receberam duas doses da vacina Pfizer, com ambos os esquemas mistos produzindo melhores respostas do que duas doses da vacina AstraZeneca.
Uma injeção de AstraZeneca seguida por Pfizer produziu as melhores respostas de células T e também uma resposta de anticorpos mais alta do que a Pfizer seguida pela AstraZeneca.
Os resultados foram para combinações de vacinas administradas em intervalos de quatro semanas para 830 participantes.
O Com-COV também está analisando esquemas mistos ao longo de um intervalo de 12 semanas, e Snape observou que a injeção da AstraZeneca era conhecida por produzir uma resposta imunológica melhor com um intervalo mais longo entre as doses.
Na Grã-Bretanha, as autoridades sugeriram um intervalo de oito semanas entre as doses da vacina para maiores de 40 anos e um intervalo de 12 semanas para outros adultos.
"Dada a posição de fornecimento estável do Reino Unido, não há razão para alterar os calendários de vacinas neste momento", disse o vice-chefe médico da Inglaterra, Jonathan Van-Tam, acrescentando que os dados em um intervalo de 12 semanas influenciariam futuras decisões sobre a implementação programa.
Mais de 80% dos adultos na Grã-Bretanha já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, e 60% receberam duas injeções.
Cientistas desenvolvem biossensores que são acoplados em tecidos e conseguem descobrir SARS-CoV-2 em quem veste a máscara
Fonte: R7 foto: DIVULGAÇÃO WYSS INSTITUTE DA HARVARD UNIVERSITY
Pesquisadores do Instituto Wyss da Universidade de Harvard e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambas dos Estados Unidos, desenvolveram uma máscara de tecido capaz de detectar se a pessoa está infectada com a covid-19, em 90 minutos.
Os cientistas conseguiram incorporar reações biológicas no pano, criando sensores capazes de detectar patógenos e toxinas do SARS-CoV-2 durante a respiração e alertar o usuário.
A pessoa usa a proteção normalmente e os biossensores colocados no tecido fazem um processo chamado liofilizar, que é desidratar a parte das células usada para ler DNA e produzir RNA e proteínas moleculares.
A máscara tem um botão que ao ser acionado hidrata novamente a célula e, em 90 minutos, o paciente descobre se está ou não infectado. De acordo com a pesquisa publicada na revista científica Nature, desta segunda-feira (28), a precisão do resultado é comparável ao diagnóstico conseguido pelo teste PCR.
"Reduzimos todo um laboratório de diagnóstico a um pequeno sensor baseado em biologia sintética que funciona com qualquer máscara facial e combina a alta precisão dos testes de PCR com a velocidade e o baixo custo dos testes de antígeno", disse o coautor Peter Nguyen, um cientista pesquisador da Universidade de Harvard ao site da instituição.
A criação dos biossensores é resultado de três anos de pesquisa feita pelas universidades dos Estados Unidos. Além das máscaras, eles podem ser usados na confecção de roupas e é capaz de detectar outros patógeno, não só o do vírus que causa a covid-19.
A primeira vez que os pesquisadores usaram essa tecnologia foi para lidar com o surto do Zika vírus, em 2015. Foram criados biossensores que detectaram RNA derivadas de patógenos e as acoplou a uma proteína indicadora colorida ou fluorescente e, em seguida, incorporaram o circuito genético em papel para criar um diagnóstico barato, preciso e portátil.
Agora, os pesquisadores conseguiram acoplaram os sensores em tecidos para criar suas máscaras faciais de detecção da covid-19. De acordo com os cientistas, o diagnóstico feito por meio da máscara facial é de fácil fabricação e do baixo custo.
Os pesquisadores demonstram que uma rede de cabos de fibra óptica pode ser integrada nos biossensores para detectar a luz fluorescente gerada pelas reações biológicas, indicando a detecção da molécula alvo com um alto nível de precisão. Este sinal digital pode ser enviado a um aplicativo de smartphone que permite ao usuário monitorar sua exposição a uma vasta gama de substâncias.
“Esta tecnologia pode ser incorporada em aventais de laboratório para cientistas que trabalham com materiais perigosos ou patógenos, esfrega para médicos e enfermeiras ou uniformes de socorristas e militares que podem ser expostos a patógenos perigosos ou toxinas, como gás nervoso”, disse coautora Nina Donghia, cientista da equipe de Harvard, ao site da universidade.
Os cientistas e as universidades procuram parceiros comerciais para tornar possível a fabricação em massa do diagnóstico de máscara facial para uso durante a pandemia e para detectar outros riscos biológicos e ambientais que já existem ou que aparecerão.
“A engenhosidade e dedicação desta equipe em criar uma ferramenta útil para combater uma pandemia mortal enquanto trabalha em condições sem precedentes é impressionante por si só. Mas ainda mais impressionante é que esses biossensores vestíveis podem ser aplicados a uma ampla variedade de ameaças à saúde além do SARS-CoV-2, e nós, do Wyss Institute, estamos ansiosos para colaborar com os fabricantes comerciais para concretizar esse potencial”, afirmou Don Ingber , o diretor do Wyss Institute.