A família de homem que foi assassinado e cujo corpo ainda não foi encontrado em Lagoa Formosa procurou a Delegacia de Crimes Contra a Vida com a suspeita de que os restos mortais possam ser do familiar.
Fonte: Patos Hoje foto: Corpo de Bombeiros
A Polícia Civil continua investigando a origem da ossada humana encontrada às margens da BR 365 em Patos de Minas e já tem a primeira linha de investigação. A família de homem que foi assassinado e cujo corpo ainda não foi encontrado em Lagoa Formosa procurou a Delegacia de Crimes Contra a Vida com a suspeita de que os restos mortais possam ser do familiar.
A vítima é Luíz César de Oliveira. Segundo os autos, ele foi assassinado por cinco pessoas que se uniram para roubar o seu carro e dinheiro. O crime aconteceu em novembro de 2019. Qelvi Araújo Silva, Vanderson Santana Silva, Alessandro de Oliveira e Ana Lúcia Silva Santos foram presos e Kléber da Silva Araújo continua foragido.
Os cinco suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo o advogado da família da vítima, Tiago Alves, existem elementos que provam a participação dos cinco denunciados no assassinato de Luiz Cesar. O corpo dele, no entanto, nunca foi localizado.
De acordo com o delegado Luís Mauro Sampaio, o par de chinelos encontrado próximo ao corpo foi reconhecido pela família de Luiz César. Segundo ele, amostras foram coletadas de familiares e encaminhadas para Belo Horizonte para a realização de exames. O DNA poderá comprovar se os restos mortais são mesmo de Luiz César.
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Joia avaliada em R$ 25 mil estava no dedo do artista no momento da queda, afirmou Angelo Canudo, amigo do cantor
Fonte: R7 foto: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Familiares de MC Kevin, morto no domingo (16), após cair do 5º andar de um hotel no Rio de Janeiro, estão à procura da aliança do cantor. A joia avaliada em R$ 25 mil estava no dedo do artista no momento da queda, e desapareceu após o corpo ser levado para o Instituto Médico Legal (IML).
A história foi confimada ao R7 pelo empresário Angelo Canuto, amigo de Kevin. "Esperemos que quem achou devolva, pois tem um valor simbólico muito grande para a família. Não é um valor econômino. [A entrega] pode ser de forma anônima, mesmo. Pode ter sido um fã, que de repente quis usar como uma lembrança. Não vamos considerar que isso possa ser um furto ou coisa assim. A gente vai entender perfeitamente. Se puder devolver para a família, agradeço, porque tem um valor sentimental muito forte", pediu o empresário.
Angelo confirmou ainda que a família sentiu falta da joia na funerária. Ele acredita que o extravio da peça tenha ocorrido entre a queda, o socorro e o IML.
Mais cedo, a modelo Bianca Dominguez, de 26 anos, que estava hospedada no mesmo hotel que o músico, prestou depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga a morte do cantor. Ela afirmou que estava com o funkeiro na hora do acidente e que ele teria tentado se esconder de sua mulher, Deolane Bezerra, pendurando-se na sacada da varanda.
Após o enterro do cantor, realizado na manhã desta terça-feira (18), a mãe de MC Kevin, Valquiria Nascimento, escreveu um desabafo nas redes sociais.
"Ainda sem acreditar que meu amor se foi. Como vai ser a minha vida sem você? De uma coisa, filho, você pode ter certeza: vou continuar aqui lutando para transformar todos os seus sonhos em realidade", escreveu, por meio do Instagram.
Na madrugada de segunda-feira (17), a mãe do funkeira se disse despedaçada com a morte do filho. "Hoje, foi embora um pedaço de mim. Poxa filho, tínhamos tantos planos, tanta coisa pra fazer ainda juntos, não acredito que você me deixou e agora com quem vou brigar? Com quem vou acordar brava de madrugada? Com quem vou pedir conselhos? Com quem vou conversar, meu filho, amigo, o homem da casa? Você está levando um pedaço de mim."
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Bianca Dominguez relatou à polícia que antes de o funkeiro cair da varanda do hotel um amigo disse "estão vindo aí"
Fonte: R7 foto: Reprodução/Instagram
A modelo Bianca Dominguez confirmou em depoimento à polícia ter acertado o valor de R$ 2 mil para ter relações sexuais com MC Kevin e um amigo dele em um hotel onde estavam hospedados na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, momentos antes da queda que provocou a morte do funkeiro no domingo 16/05.
Bianca disse aos investigadores que conheceu o artista e os amigos na praia e que consumiu bebidas alcoólicas e fumou cigarros de maconha com o grupo. Segundo ela, um dos amigos afirmou que Kevin queria ficar com ela, mas o encontro teria de ser mantido em segredo, pois o artista era casado.
Em seguida, no quarto de hotel, ela relatou que manteve relações com o artista e outro amigo, quando um terceiro entrou e insistiu para ficar ali, o que deixou o cantor irritado.
Este mesmo amigo teria dito "estão vindo aí". Depois, Kevin foi para a varanda e, de acordo com Bianca, o cantor se apoiou no parapeito da sacada. Ela disse que tudo aconteceu em questão de segundos e que ficou sem reação.
A versão confirmaria hipótese de que o artista caiu do 5º andar do hotel numa tentativa de descer para o 4º andar, pulando de uma sacada para outra, por achar que a esposa, que estava em um quarto no 13º andar, estivesse procurando por ele.
A modelo ouvida pela polícia é a mesma mulher que teria se desentendido com a esposa do cantor na delegacia da Barra da Tijuca durante os depoimentos sobre o caso na segunda (17).
No início das investigações havia ainda a teoria de que o funkeiro teria tentado pular da varanda para a piscina do hotel, mas não teria conseguido.
A polícia continua analisando mensagens de celulares e vídeos. Também foi pedido um exame toxicológico no corpo de MC Kevin.
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Ainda não há data para a nova reunião da Comissão Especial
Fonte: Agência Brasil Edição: Denise Griesinger foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
A votação do Projeto de Lei (PL) 399/15 que regulamenta o plantio da maconha para fins medicinais e a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da Cannabis sativa foi adiada.
O presidente da comissão especial que analisa a proposta, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), acatou um pedido do relator Luciano Ducci (PSB-PR), que disse que irá promover mudanças no texto. Ainda não há data para a nova reunião.
A proposta altera a Lei 11.343/06, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e que autorizou o plantio de espécies como a Cannabis para fins científicos ou medicinais, em local e prazo determinado, mediante fiscalização.
Segundo o relator, o projeto apenas regulamenta a legislação vigente e vai ajudar as famílias de pacientes que fazem uso de derivados da Cannabis, por não terem respondido bem a outras terapias ou por terem efeitos colaterais aos medicamentos disponíveis no mercado.
Uso
Estudos indicam que os derivados da planta podem ser utilizados no tratamento de doenças como Alzheimer, Parkinson, glaucoma, depressão, autismo e epilepsia. Além disso, já existem evidências conclusivas da eficácia dos canabinoides contra dores crônicas; no tratamento de câncer, apresentando efeitos antitumoral e também contra enjoos causados pela quimioterapia e no tratamento da espasticidade causada pela esclerose múltipla.
Os canabinoides também demonstraram evidências moderadas de que são efetivos para o tratamento da fibromialgia; dos distúrbios do sono, como para tratamento de síndrome da apneia obstrutiva do sono; para aumento do apetite e diminuição da perda de peso em pacientes com HIV; para a melhora nos sintomas da síndrome de Tourette; nos sintomas de ansiedade, e para a melhora nos sintomas de transtorno pós-traumático.
Parecer
Ducci (PSB-PR) deu parecer favorável ao projeto, que tramita em caráter conclusivo. Isto significa que o projeto não precisa ser votado pelo plenário, mas apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. Se for aprovada na comissão especial, a matéria só será apreciada em plenário se houver recurso assinado por, no mínimo, 51 deputados.
A sessão desta terça-feira deveria discutir e votar o parecer de Ducci. Desde o início dos trabalhos, no entanto, deputados contrários ao projeto tentaram obstruir o funcionamento da comissão. Houve bate boca e o presidente da comissão quase foi agredido, com um empurrão, pelo deputado Diego Garcia (Podemos-PR), após a votação de um requerimento para retirar a proposta da pauta.
Depois do episódio, Teixeira disse que ia pedir as imagens do circuito de segurança e que poderia acionar o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Posicionamentos
Durante os debates, o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), disse que a proposta iria facilitar o acesso da maconha no país: “vai abrir portas, sim, para o plantio desenfreado e para a criação de uma indústria da agrocanabis [sic] e a maconha vai chegar com mais facilidade ainda nas nossas famílias”.
Deputados favoráveis ao projeto defenderam a iniciativa com o argumento de que a proposta vai ajudar famílias que dependem desse tipo de medicação, mas não têm dinheiro para comprar o produto.
“É um falta de respeito, no mínimo, com milhares de pessoas que têm dificuldade de ter acesso ao medicamento que é caro. Nós estamos aqui trabalhando firme e sério para poder chegar a um texto que possa dar a oportunidade de fazer com que pessoas de todos os patamares sociais tenham acesso a esse medicamento”, rebateu o deputado Alex Manente (Cidadania-SP).
Anvisa
Em seu parecer, Ducci lembrou que, desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a autorizar a importação de medicamentos à base de Cannabis, em 2015, os pedidos de autorização aumentaram de maneira expressiva. Segundo ele, em 2015, foram 902 solicitações; em 2019, até o mês de outubro foram mais de 5,3 mil. No início do ano de 2020, havia cerca de 7,8 mil pacientes cadastrados para importar estas medicações.
“Os produtos importados são, contudo, vendidos a preços proibitivos para a grande maioria da população brasileira. A caixa de Mevatyl® [um dos medicamentos autorizados e registrado na Anvisa] com três frascos de 10 mililitros (ml) custa por volta de R$ 3 mil. Mesmo antes do seu registro, houve casos de pacientes que recorreram à judicialização para obter medicamentos canabinoides pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, ponderou.
Ducci destacou ter consciência de que o tema é “polêmico”, mas disse que o relatório foi baseado em evidências científicas sólidas e que o texto foi construído ouvindo a contribuição de familiares de pacientes, cientistas e de profissionais como médicos, farmacêuticos, técnicos em vigilância sanitária, entre outros.
“Esse projeto trata de saúde, de reconhecer as propriedades terapêuticas desta planta que já foram comprovadas cientificamente e que visa ajudar as pessoas, atuando no tratamento de suas dores, crises convulsivas, efeitos adversos de tumores agressivos e de doenças crônicas ainda incuráveis. O nosso único objetivo é proporcionar bem estar aos brasileiros", disse.
O deputado criticou ainda o que classificou como críticas “mal intencionadas e desprovidas de fundamento”, como as afirmações de que o foco do projeto estaria na legalização da maconha. Ducci disse que as posturas nesse sentido são baseadas em concepções ideológicas.
“É importante deixar claro que com o trabalho que desenvolvemos, não temos a menor intenção de viciar pacientes, nem contribuir para a destruição da família brasileira, muito menos fomentar o tráfico de drogas, prova disso é que vedamos de maneira expressa a fabricação e a comercialização de produtos fumígenos à base de Cannabis”, disse.
Comercialização
O texto apresentado pelo relator prevê que medicamentos canabinoides poderão ser produzidos e comercializados em qualquer forma farmacêutica permitida (sólida, líquida, gasosa e semi-sólida) e sem restrição quanto aos critérios para sua prescrição.
Pela proposta, a prescrição do medicamento será de acordo com a opção do médico e de comum acordo com o paciente, sem a necessidade de que sejam esgotadas todas as alternativas terapêuticas, para somente então se prescrever os medicamentos canabinoides.
Plantio
O projeto determina que o cultivo de Cannabis para fins medicinais será feito exclusivamente por pessoa jurídica, “previamente autorizada pelo poder público”. As sementes ou mudas usadas deverão ter certificação e só poderá ser feito o cultivo em local fechado, como uma estufa ou outra estrutura adequada ao plantio.
Os locais também deverão ser planejados para impedir o acesso de pessoas não autorizadas, bem como garantir a contenção e a não disseminação das plantas no meio ambiente. Eles deverão contar com sistema de videomonitoramento, restrição de acesso, sistema de alarme de segurança e cercas elétricas.
O texto também diz que os cultivos terão uma cota pré-definida que deverá constar do requerimento de autorização. Além disso, as plantas de Cannabis destinadas ao uso medicinal serão classificadas como psicoativas (aquelas com teor de THC superior a 1%), e como não-psicoativas (aquelas com teor de THC igual ou inferior a 1%).
Os cultivos terão ainda que obedecer a requisitos de controle, tais como: rastreabilidade da produção, desde a aquisição da semente até o processamento final e o seu descarte; plano de segurança para a prevenção de desvios; além da presença de um responsável técnico, que se responsabilizará pelo controle constante dos teores de THC nas plantas.
O projeto também permite que o cultivo de Cannabis e a produção de derivados contendo canabinoides possa ser realizado pelas farmácias vivas do Sistema Único de Saúde (SUS) que, atualmente são responsáveis pelo cultivo, coleta, processamento e armazenamento de plantas medicinais, usadas em tratamentos medicinais e fitoterápicos. Segundo Ducci, as farmácias vivas podem ser outra maneira de melhorar o acesso dos pacientes ao medicamento.
Cânhamo
O texto trata ainda do chamado uso industrial da Cannabis, pela comercialização de produtos derivados do cânhamo, uma versão da planta que não causa efeitos alucinógenos, devido a baixa concentração de THC encontrada.
De acordo com Ducci, o uso industrial da planta pode resultar na produção “desde a fibra, a celulose, a resina, passando pelos cosméticos, produtos de higiene pessoal, até suplementos e gêneros alimentícios”.
“Entendemos que o cânhamo industrial tem o potencial de abrir um novo segmento comercial no Brasil e se tornar uma nova matriz agrícola, uma vez que ele faz parte de um mercado mundial multibilionário devido à sua versatilidade e visto que vários países no mundo já estão em estágio avançado nesse aspecto”, disse.
Possiblidade de infecção pode aumentar até 270%, diz pesquisa
Fonte: Agência Brasil Edição: Nádia Franco foto: Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados
A volta às aulas com presença intercalada de estudantes eleva em até 270% o risco de contágio pelo novo coronavírus nas escolas, considerando 80 dias de funcionamento. A análise foi feita usando modelos matemáticos em escolas do município alagoano de Maragogi, que tem 33 mil habitantes. Por outro lado, um cenário que simula imunização de profissionais, testagem, monitoramento e fechamentos intermitentes mostrou queda da alta de contágio para 18%.
Os pesquisadores fazem parte do projeto ModCovid19, apoiado pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), da Universidade de São Paulo (USP) e selecionado pelo Instituto Serrapilheira em uma chamada de projetos emergenciais para análise da crise sanitária da covid-19. O estudo foi coordenado por Claudio Struchiner, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Tiago Pereira, da USP São Carlos.
“Se tem uma criança infectada, como as escolas tendem a ser ambientes fechados, há muita dispersão do vírus ali”, diz Tiago Pereira. O pesquisador explica que o protocolo, feito em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), deve ser implementado em Maragogi com o envolvimento da prefeitura. Para chegar aos resultados, a pesquisa usou dados demográficos, socioeconômicos e epidemiológicos de Maragogi e definiu quatro cenários possíveis.
O primeiro cenário é o das escolas fechadas e o segundo, o da reabertura, com turmas e horários reduzidos (turno de duas horas, turmas separadas em dois grupos e aulas presenciais em dias intercalados). No terceiro, haveria reabertura reduzida, com funcionários imunizados, mas mantendo as condições do segundo cenário.
No quarto cenário, a reabertura seria reduzida, com monitoramentos e fechamentos temporários: turno de duas horas, turmas separadas em dois grupos, com aulas presenciais em dias intercalados. Além disso, os estudantes seriam testados e isolados (14 dias), quando sintomáticos, ou quando familiar for confirmado positivo. Se o estudante for confirmado positivo, todo o grupo é suspenso por 14 dias e, se mais de um grupo apresentar alunos com resultado positivo, a escola é fechada por sete dias.
O quarto protocolo foi o que se mostrou mais seguro, com aumento de 18% de casos na comunidade escolar e de 3% na cidade como um todo. “O custo da testagem é relativamente alto – cada teste de antígeno custa em torno de R$ 25 –, porém, o custo de três vezes mais crianças infectadas, não só crianças, mas pais infectados, é muito maior. O teste, na verdade, é barato”, afirma o pesquisador.
Pereira destaca que a imunização entre os profissionais também se mostrou efetiva. “Imunizar os funcionários diminui pela metade a infecção. É muito bom, mas não é suficiente para conter com respeito à escola fechada”, acrescenta.
De acordo com a pesquisa, no terceiro cenário, o contágio pode aumentar em 178% o risco de covid-19 na população escolar.
Pagamentos são para aposentados e pensionistas
Fonte: Agência Brasil Edição: Nádia Franco foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Antecipada para maio por causa da pandemia de covid-19, a primeira parcela do décimo terceiro do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) começará a ser paga no próximo dia 25/05. Os depósitos ocorrerão até 8 de junho.
A segunda parcela do décimo terceiro será paga entre 24 de junho e 5 de julho. As datas são distribuídas conforme o dígito final do benefício, começando nos segurados de final 1 e terminando nos segurados de final 0.
Tais datas valem para quem recebe aposentadorias, auxílios e pensões de até um salário mínimo. Para quem ganha acima do mínimo, o calendário é um pouco diferente. A primeira parcela será paga de 1º a 8 de junho; e a segunda, de 1º a 7 de julho. Começam a receber os segurados de final 1 e 6, passando para 2 e 7 no dia seguinte e terminando nos finais 9 e 0.
As datas estão sendo informadas no site e no aplicativo Meu INSS. A primeira parcela do décimo terceiro é isenta de Imposto de Renda e equivale à metade do benefício mensal bruto pago pelo INSS. O imposto só é cobrado na segunda parcela.
A tributação varia conforme a idade. O segurado de até 64 anos paga Imposto de Renda caso receba acima de R$ 1.903,98. De 65 anos em diante, a tributação só é cobrada se o benefício for superior a R$ 3.807,96.
O decreto com a antecipação do décimo terceiro para aposentados e pensionistas foi publicado em 4 de maio. Segundo o Ministério da Economia, a medida deve injetar cerca R$ 52,7 bilhões na economia do país e não terá impacto orçamentário, por tratar-se apenas de mudança de data de pagamento.
Pena mínima aumenta de 12 para 15 anos de reclusão
Fonte: Agência Brasil Com informações da Agência Câmara Edição: Fábio Massalli foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados aprovou terça-feira 18/05 o aumento da pena mínima para o crime de feminicídio. De acordo com o projeto de lei (PL), a pena passaria para reclusão de 15 a 30 anos. Atualmente, a pena mínima é de 12 anos. O projeto vai ao Senado.
“A mudança na pena é necessária até para levar à reflexão aqueles que julgam que podem tirar da mulher sua autonomia e sua vida”, disse a autora do projeto, Rose Modesto (PSDB-MS).
A relatoria foi da deputada Policial Katia Sastre (PL-SP). “O isolamento social potencializou a ação dos agressores e este Parlamento deve propor uma legislação que impeça a disseminação da violência contra a mulher”, disse a relatora.
Outra novidade do projeto é a tipificação do feminicídio como crime no Código Penal. Para a relatora, a tipificação em separado do crime de feminicídio permitirá saber com mais precisão a quantidade desses crimes cometidos, pois eles não serão mais classificados como homicídio com qualificação.
Quanto ao tempo de cumprimento da pena para o preso condenado por feminicídio poder pedir progressão para outro regime (semiaberto, por exemplo), o texto aumenta de 50% para 55% de pena cumprida no regime fechado se o réu for primário. A liberdade condicional continua proibida.
A relatora ainda incluiu em seu parecer a proibição de concessão de saída temporária para condenados por feminicídio e para condenados por crime hediondo com resultado de morte.
Medidas entrarão em vigor em 2022
Fonte: Agência Brasil Edição: Graça Adjuto foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A partir de 2022, para serem identificados como alimentos integrais, os produtos alimentícios à base de cereais precisarão obedecer a dois critérios: a quantidade de ingredientes integrais tem de ser superior à de ingredientes refinados e, pelo menos 30% de todos os ingredientes devem ser integrais.
As novas regras fazem parte de resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no final do mês passado. Entre os alimentos considerados na resolução da Anvisa estão farinhas, massas, pães, biscoitos e cereais matinais. Para entender melhor os impactos das novas medidas, a Agência Brasil conversou com o gerente de Padrões e Regulação de Alimentos da Anvisa, Tiago Lanius Rauber.
“A gente entende como uma forma de dar mais informação ao consumidor e permitir que ele faça a escolha conforme seus critérios e interesses”, diz Rauber. “A gente imagina que vai promover maior consumo de cereais integrais pela população brasileira e também promover a melhoria da qualidade da composição dos produtos, que hoje são vendidos como integrais e que muitas vezes de integral só tem o rótulo mesmo”, acrescenta.
Rauber conta que a resolução foi elaborada a partir de uma demanda por maior transparência nos rótulos de produtos cereais, levada à Anvisa por entidades como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste). Segundo o gerente, faltavam inclusive parâmetros para que um produto fosse considerado integral no Brasil, o que acabava ficando a cargo das próprias empresas.
Critérios
Agora pelo menos 30% dos ingredientes precisarão ser integrais, ou seja, conter todas as partes do grão inteiro. A medida é baseada em critérios internacionais. Embora não haja uma uniformidade mundial, a Anvisa procurou estudos que apontassem um percentual mínimo. Além disso, os integrais deverão superar os ingredientes refinados na composição.
Atendidos os critérios, o termo integral poderá aparecer no rótulo. Além disso, haverá a indicação do percentual de integrais. Mesmo os alimentos não considerados integrais poderão colocar no rótulo a porcentagem de integrais. Eles não podem, no entanto, dar a entender que se tratam de produtos integrais, nem mesmo com desenhos que possam enganar o consumidor de alguma forma.
As novas regras entrarão em vigor em abril de 2022. A partir dessa data, os novos produtos deverão atender a esses critérios. Aqueles que já estão em circulação terão, após a vigência da resolução, um prazo de 12 meses para adequação dos produtos, até abril de 2023. As massas alimentícias terão prazo ainda maior, 24 meses, devido à complexidade das adaptações tecnológicas.
Rauber explica que a medida traz maior uniformidade e transparência e não impede a comercialização de nenhum produto. “Não estamos proibindo nenhum produto de ser mantido no mercado, não estamos fazendo intervenção que mude radicalmente os processos de fabricação das empresas. Em tese, não há razão para ter aumento de preço. O que imaginamos que vá acontecer é que o consumidor terá acesso à informação por meio do rótulo”, diz.
Segundo ele, as pessoas poderão escolher se desejam um produto com maior ou menor percentual de integrais. Ele defende que até mesmo aqueles com baixa porcentagem, não considerados integrais, podem ser importantes fontes de nutrientes, sendo também importante a sua produção.
Consumo de fibras
Os alimentos integrais são importantes fontes de vitaminas e fibras. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, divulgada em 2020, os brasileiros estão comendo menos fibras. Esse consumo passou de 20,5 gramas em 2008-2009 para 15,6g em 2017-2018. Segundo a nutricionista Liliana Bricarello, que é professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e colaboradora do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), o consumo diário recomendado para um adulto saudável é de 25g a 30g.
“É importante que sejam estabelecidas essas regras para que a população de fato consuma alimento integral. A longo prazo, isso pode trazer benefícios no sentido de assegurar que aqueles produtos que as pessoas estão comprando são de fato integrais ou tenham pelo menos 30% desses ingredientes”, afirma.
As fibras trazem diversos benefícios e precisam fazer parte da alimentação, de acordo com Liliana. Entre eles estão o bom funcionamento intestinal, a diminuição da taxa de glicose no sangue, redução do colesterol e triglicérides. O consumo de fibras pode também ajudar na prevenção ao câncer de intestino, principalmente porque elas regulam o seu funcionamento, diminuindo o tempo de contato de substâncias que causam a doença com as paredes intestinais.
Liliana ressalta que a recomendação para uma dieta saudável é incluir produtos in natura e reduzir os processados. “Uma das formas de a gente inserir as fibras na dieta também é pelos alimentos integrais. Mas, as frutas, as verduras e os legumes, de forma geral, também garantem o consumo adequado das fibras”.
Adequação da indústria
Procurada, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) disse, em nota, que participa do processo desde o início e entende como positivas as decisões tomadas pela Anvisa. “A nova regulamentação traz critérios de composição e rotulagem claros e objetivos e deverá dar mais segurança para que os consumidores possam fazer suas escolhas de acordo com as necessidades”.
De acordo com a Abia, o prazo para a implementação dos novos requisitos é adequado, “mesmo frente às dificuldades impostas pela pandemia em relação à cadeia de suprimentos, de materiais de embalagens e de matérias-primas”, acrescentou.
Pedestre encontrou a carteira na rua e acionou a Guarda Municipal; agentes usaram redes sociais para localizar o dono
Fonte: R7 Pablo Nascimento e Célio Ribeiro Foto: Divulgação/GCMBH
Um pedreiro viveu momentos de apreensão ao perder a carteira com todos os documentos e R$ 1.170,00 no Centro de Belo Horizonte, no último fim de semana. Em menos de duas horas, o desespero deu espaço a uma sensação de alívio e gratidão, após descobrir que um homem desconhecido encontrou seus pertences e fez questão de devolvê-los intactos.
A confusão começou quando Stênio Rodrigues da Silva, de 42 anos, morador de Santa Luzia, na região metropolitana, foi até a capital para comprar um celular novo para a filha.
— Eu estava na avenida Paraná e percebi que a carteira tinha sumido. Na hora eu fiquei desesperado, voltei e refiz todo o trajeto por onde eu passei, mas não achei nada. Rodei o Centro todo.
Após procurar pela carteira por cerca de duas horas, Silva decidiu voltar para casa. Quando entrava na Estação São Gabriel, na região Nordeste de BH, para pegar o ônibus de volta, recebeu a ligação de um guarda municipal que mudou sua sorte e humor.
Os agentes relataram a ele que foram acionados por um pedestre que encontrou a carteira caída na esquina da avenida Santos Dumont com a rua São Paulo. Os guardas contam que procuraram informações sobre o pedreiro na internet e localizaram o número de telefone dele em uma rede social. Silva lembra que, ao atender a ligação, não acreditou no que estava ouvindo.
— Foi um alívio total. Recuperei tudo. Eu estava mais preocupado ainda era com os documentos, porque é muito difícil para tirar a segunda via. Depois disso tudo, até desisti de comprar o celular da minha filha.