INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 98,15 cents/lb (+ 25 pontos) no vencimento março/20.

Após um dia de altas de recuperação na Bolsa de Nova York (ICE Future US), a sessão desta terça-feira (4) encerrou o dia com movimentações técnicas. Os principais contratos iniciaram o dia com altas expressivas e encerraram a sessão com altas de até 25 pontos. 

Março/20 registrou alta de 25 pontos, cotado a 98,15 cents/lbp, maio/20 teve valorização de 15 pontos, negociado a 100,35 cents/lbp, julho/20 subiu 10 pontos, cotada 102,60 cents/lbp e setembro/20 registrou aumento de 15 pontos, sendo negociado por 104,75 cents/lbp. 

A Bolsa de Nova York (ICE Future US) operou de maneira técnica após encerrar a primeira sessão da semana com quedas expressivas, gerando preocupação ao setor. Sites internacionais destacaram na segunda-feira as chuvas que atingiram as regiões produtoras de café no Brasil na última semana, indicando a possibilidade de um aumento na produção da safra em desenvolvimento. Além da problemática da situação do Coronavírus. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 96.58 e posteriormente em 96.02. Já resistências vistas em 100.73 e 103.32.

De acordo com a Somar Meteorologia, o mês de janeiro terminou com muita chuva entre Minas e Espírito Santo, por causa de um corredor de umidade proveniente da Amazônia. Embora a posição deste corredor de umidade tenha mudado neste início de fevereiro, a chuva se concentra agora entre São Paulo Rio de Janeiro e mais uma vez são registrados grande acumulados em Minas Gerais, onde há risco até mesmo para queda de barreiras. Até o próximo domingo, a chuva prosseguirá com acumulado entre 80mm e 150mm na Mogiana, sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro. No Paraná e Alta Paulista, o acumulado oscila em torno dos 30mm. Já na Zona da Mata, Espírito Santo e sul de Minas Gerais, o acumulado chega perto de 50mm. A temperatura fica mais amena entre São Paulo e Paraná.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje também em ligeira alta, cotado à R$4,2590 (+ 0,21%).

Mesmo com o mercado mais aliviado quanto ao surto de coronavírus na China, o dólar comercial voltou a subir e terminou o dia a R$ 4,258 na venda. 

A notícia de que a China vai permitir que especialistas de saúde dos EUA ajudem no combate à epidemia deixou investidores mais tranquilos e levou o dólar a abrir a sessão em queda. Por volta das 10h20 de hoje de manhã, porém, a moeda retomou a trajetória de alta.

No cenário doméstico, se destacou a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) iniciada hoje. O mercado espera que o Banco Central promova amanhã um novo corte na taxa Selic, hoje em 4,50%, o que pode levar à fuga de investidores do País.

No noticiário doméstico, a queda de 0,7% registrada pela indústria em dezembro ante novembro aumentou a distância entre o patamar de produção atual e o ponto mais elevado já registrado na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o patamar de produção estava 18,0% menor que o auge alcançado em maio de 2011.

No mês de dezembro, a fabricação de bens de capital estava 41,9% abaixo do pico de produção registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operavam 28,5% aquém do ápice de produção visto em junho de 2013. 

Já os bens intermediários estavam 17,5% abaixo do pico visto em maio de 2011, e os bens de consumo semi e não duráveis operavam 10,8% aquém do auge registrado em junho de 2013.

No exterior, o banco central da China afirmou nesta terça-feira que suas enormes injeções de liquidez através de operações de mercado aberto nesta semana mostraram sua determinação em estabilizar as expectativas do mercado financeiro e restaurar a confiança.

Os índices acionários da China fecharam em alta nesta terça-feira uma vez que o banco central prometeu estabilizar o mercado, recuperando algum terreno após a forte queda da véspera devido ao surto do coronavírus.

Claudio Castello Branco Ribeiro Filho. Expocaccer / Departamento Comercial