13 de Agosto de 2020 às 08:32

Café e dólar em alta nesta quarta-feira, 12/08

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 112,05 cents/lb (+70 pontos/+0,62%) no vencimento setembro/20. O mercado trabalhou com menor volatilidade hoje, após encerrar o último pregão com quedas motivadas pelas condições climáticas favoráveis ao café no Brasil. 

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou nesta quarta, que o Brasil no mês de julho exportou 3 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O volume representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para um mês de julho já registrado, apesar do atual cenário de pandemia por coronavírus. A receita cambial gerada pelos embarques foi de US$ 356,8 milhões, equivalente a R$ 1,9 bilhão, o que representa um aumento de 22,3% em reais em relação a julho de 2019.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 110.33 e posteriormente em 108.62. Já resistências vistas em 113.78 e 115.52.

De acordo com a Somar Meteorologia, tempo seco e temperatura acima da média nas áreas de café do Centro e Sul do Brasil. Apenas a partir do próximo domingo, uma frente fria trará chuva ao Norte Pioneiro-PR e à Alta Paulista. Em apenas 24 horas, estimam-se 30mm no Norte Pioneiro. Por outro lado, na Alta Paulista, o primeiro dia de chuva irá gerar menos de 10mm. Ainda há diferença na posição da chuva entre as simulações dos Centros Europeu e Americano. Enquanto o Centro Americano indica avanço da chuva por boa parte do Centro e Sul do Brasil, a simulação europeia mantém a chuva mais intensa sobre a Região Sul e partes dos Estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul. Somente na sexta-feira da semana que vem, a chuva alcançará o sul de Minas Gerais, mas com acumulados baixos, inferiores aos 5mm, já que a frente fria estará afastada em altomar. A configuração da chuva do Centro Europeu parece-nos mais coerente com o atual resfriamento do oceano Pacífico e ausência de ondas atmosféricas amplificadas sobre a América do Sul.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,4480 (+0,59%), com os investidores divididos entre a fraqueza da moeda norte-americana no exterior e os impactos da "debandada" no Ministério da Economia brasileiro após a saída de mais dois secretários da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Na noite da terça-feira, Guedes anunciou o pedido de demissão dos secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, admitindo uma '"debandada" na equipe econômica. Guedes alertou também que os auxiliares que aconselham o presidente Jair Bolsonaro a "furar" a regra do teto de gastos estão levando o presidente para uma zona de impeachment.

A saída dos secretários responsáveis pelos projetos de privatizações e de reforma administrativa levanta dúvidas sobre o avanço da agenda liberal defendida por Guedes e prometida na campanha presidencial de 2018.

A incerteza política doméstica, aliada a um ambiente de juros extremamente baixos e uma crise econômica causada pela pandemia de coronavírus, é apontada por analistas como um dos fatores que levou o dólar a níveis recordes próximos de R$ 6 em 2020.

A sessão foi marcada pela cautela dos investidores diante do impasse político nas negociações de um novo pacote de auxílio econômico nos Estados Unidos, o que pressionava o dólar contra uma cesta das principais moedas e impulsionava algumas divisas arriscadas, como dólar australiano, peso mexicano e rand sul-africano.

Os principais negociadores da Casa Branca falharam em chegar a um meio termo com os democratas do Congresso sobre os termos e o preço do estímulo, enquanto os casos de Covid-19 seguem ameaçando a recuperação da maior economia do mundo.

Na agenda de indicadores, a produção industrial da zona do euro aumentou 9,1% em junho, mas a recuperação após as quedas recordes provocadas pelo coronavírus em março e abril ficou abaixo das expectativas pelo segundo mês seguido e desacelerou em relação a maio.

Já o Reino Unido entrou oficialmente em recessão, após a economia britânica registrar queda recorde de 20,4% no segundo trimestre, em comparação com os três meses anteriores. Foi a maior queda trimestral desde que os registros comparáveis começaram, em 1955, e o maior tombo entre os países da Europa e do G7.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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