28 de Maio de 2020 às 14:31

Café e dólar fecham em baixa nesta quarta-feira, 27/05

Boletim Diário Expocaccer

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quarta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 102,50 cents/lb (-260 pontos/-2,47%) no vencimento julho/20, a medida que a nova safra vem marcando presença no mercado.

As atividades de colheita da safra 2020/21 estão ganhando ritmo neste final de mês, segundo colaboradores do Cepea. Alguns agentes ressaltam que a colheita manual (realizada na Zona da Mata, Sul de Minas e algumas localidades de São Paulo) pode ser um pouco mais lenta nesta temporada, devido à pandemia do coronavírus. 
Ainda que não tenham sido relatados grandes problemas, alguns produtores têm optado por trazer um menor número de colhedores de outras regiões, para facilitar a adaptação dos alojamentos e do transporte. Este cenário também tem levantado dúvidas quanto ao impacto na produção de café cereja – a colheita deste tipo deve ser mais acelerada, para evitar que os grãos sequem. As preocupações quanto à mão de obra em tempos de pandemia também têm sido motivo de alerta em outras origens

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 100.63 e posteriormente em 98.77. Já resistências vistas em 105.18 e 107.87.

De acordo com a Somar Meteorologia, o centro de alta pressão de 1019 milibares entre a Mogiana e o sul de Minas Gerais com vento em todos os níveis de quadrante sul (200, 500 e 850 milibares), favoreceu a queda de temperatura durante a última madrugada, porém seu causar danos significativos no café, embora tenham sido registradas as menores temperaturas do ano em alguns municípios. Foi o caso de Caconde com 2,8°C (café pouco afetado), São Sebastião do Paraíso com 2,9°C (café pouco afetado), Patrocínio com 3,7°C (café sem danos pelo frio), Cabo Verde com 3°C (café sem danos pelo frio), Guaxupé com 2,1°C (café pouco afetado). A partir de amanhã, quinta-feira, o ar polar perde força em relação ao frio e diminui o risco de geadas nas áreas produtoras

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$5,2820 (-1,54%), no terceiro pregão consecutivo de baixa frente ao real diante da recuperação do apetite por risco no exterior, embora as tensões entre Estados Unidos e China e a cena política doméstica continuem no radar.

No exterior, as esperanças de recuperação econômica e expectativa de um novo plano de estímulo da União Europeia ofuscaram as preocupações com as renovadas tensões entre EUA e China, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que está preparando uma forte resposta às leis de segurança nacional planejadas pela China para Hong Kong, acrescentando que será anunciada antes do fim da semana.

A Comissão Europeia propôs nesta quarta um pacote no valor de 1,85 trilhão de euros para o próximo Orçamento de longo prazo da UE e um fundo de recuperação para economias afetadas pela pandemia de coronavírus.

A economia da zona do euro deve encolher entre 8% e 12% neste ano, afirmou a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertando que um cenário mais brando já está desatualizado e que os impactos econômicos do vírus devem ser entre médios e severos.

Na cena doméstica, pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostrou que a confiança da indústria teve uma leve recuperação em maio, mas mesmo assim registrou o segundo menor valor da série histórica da pesquisa, só ficando atrás da marca de abril, sinalizando o elevado nível de incerteza e de pessimismo em relação ao futuro.

Os economistas do mercado financeiro baixaram pela 15ª vez seguida a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A expectativa para o tombo da economia no ano passou de 5,12% para 5,89%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 avançou de R$ 5,28 para R$ 5,40.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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