4 de Fevereiro de 2020 às 10:36

Café e dólar iniciaram semana em baixa; confira as cotações

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

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CAFÉ

Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 97,90 cents/lb (- 475 pontos) no vencimento março/20.

O mercado futuro do café arábica encerrou a primeira sessão da semana com quedas expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Acompanhando as volumosas chuvas que atingiram Minas Gerais e Espírito Santo na semana passada, operadores em Nova York acreditam em um possível aumento na produção do café brasileiro. Preços de negociação em Nova York refletem no mercado interno e começa a preocupar o setor. 

Março/20 teve desvalorização de 475 pontos, cotado a 97,90 cents/lbp, maio/20 registrou baixa de 470 pontos, valendo 100,20 cents/lbp, julho/20 registrou queda de 465 pontos, negociado por 102,50 cents/lbp e setembro/20 encerrou as cotações por 104,60 cents/lbp, com desvalorização de 465 pontos. 

Além dos volumes expressivos de chuva, todo o setor financeiro mundial ainda sente os impactos do Coronavírus. As preocupações com a demanda também estão pesando nos preços do café devido à disseminação do coronavírus chinês. A Starbucks disse que fechou mais da metade de suas lojas na China continental, cerca de 2.000 lojas, e o McDonald's fechou várias centenas de lojas na China devido ao vírus, o que é negativo para a demanda de café. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 96.37 e posteriormente em 94.83. Já resistências vistas em 100.87 e 103.83.

De acordo com a Somar Meteorologia, nuvens carregadas cobrem boa parte das Regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. À tarde, pancadas de chuva e trovoadas alcançam áreas produtoras do Paraná, São Paulo e Minas Gerais com acumulado acima dos 50mm em alguns municípios do sul de Minas Gerais. Até o próximo domingo, a chuva prosseguirá com acumulado entre 80mm e 150mm na Mogiana, sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro. No Paraná e Alta Paulista, o acumulado oscila em torno dos 30mm. Já na Zona da Mata, Espírito Santo e sul de Minas Gerais, choverá entre 10mm e 20mm em sete dias. A temperatura entra em declínio e a semana será mais chuvosa entre São Paulo e Paraná.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje também em baixa, cotado à R$4,2500 (+ 0,86%).

O dólar comercial fechou em queda de 0,86% nesta segunda-feira, a R$ 4,2500 na venda, interrompendo uma sequência de três altas seguidas. Foi a maior queda percentual diária registrada pela moeda norte-americana em 2020. Na sexta-feira, o dólar subiu, fechou em valor recorde (R$ 4,286) e encerrou janeiro com a maior valorização para o mês em dez anos. 

A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), marcada para amanhã, também se destaca, com possibilidade de corte da Selic (hoje em 4,5%) a uma nova mínima histórica.

No noticiário doméstico, a balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 1,745 bilhão em janeiro, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia. Foi o primeiro resultado deficitário para um mês desde fevereiro de 2015 e é o menor valor para o primeiro mês do ano em cinco anos. O saldo de janeiro é duas vezes menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o resultado foi positivo em US$ 1,697 bilhão. No mês passado, as exportações somaram US$ 14,430 bilhões, uma queda de 20,2% ante janeiro de 2019. Já as importações chegaram a US$ 16,175 bilhões, uma queda de 1,3% na mesma comparação.

No exterior, o surto do novo coronavírus tem provocado imagens incomuns na China, país de 1,3 bilhão de habitantes acostumado a ruas abarrotadas, lojas cheias e atividade econômica intensa. Já há mais de 10 mil casos registrados, os mortos passam de 300 e a doença chegou a duas dezenas de países. A rápida propagação do vírus indica que ele pode se tornar uma pandemia, ou seja, uma epidemia em escala global.

Claudio Castello Branco Ribeiro Filho/ Expocaccer / Departamento Comercial


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