22 de Setembro de 2020 às 10:07

Café em baixa e dólar em alta nesta segunda-feira, 21/09

Saiba mais detalhes do mercado e clima

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 112,00 cents/lb (-150 pontos/-1,32%) no vencimento dezembro/20. O mercado continua acompanhando as condições do clima no Brasil, que ditam o ritmo de preços neste momento.

Recentemente, as preocupações ligadas ao clima adverso no Brasil haviam suportado importantes ganhos para as cotações de café em Nova Iorque. No entanto, as previsões da chegada consistente de chuvas nas regiões produtoras de café amenizaram as preocupações dos participantes, o que promoveu as fortes quedas observadas nos últimos dias.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 110.72 e posteriormente em 109.43. Já resistências vistas em 113.37 e 114.73.

De acordo com a Somar Meteorologia, a chuva retornou às áreas de café. No fim de semana, o acumulado alcançou 35mm na região de Juiz de Fora-MG, 30mm em Viçosa-MG e 10mm em Três Corações-MG e Alfenas-MG. Até a quarta-feira, a chuva prosseguirá sobre as áreas de café de Minas Gerais, Paraná, São Paulo e sul do Espírito Santo com acumulado acima dos 20mm no sul de Minas Gerais e do Espírito Santo, Mogiana e Zona da Mata. No Paraná e Cerrado, choverá menos de 10mm enquanto na Alta Paulista, o acumulado oscila entre 10mm e 20mm. Os últimos sete dias de setembro voltarão a ser de tempo seco e com temperatura acima da média. A próxima precipitação fraca acontecerá a partir de 01 de outubro no Paraná, Baixa Mogiana e sul de Minas Gerais.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$5,3990 (+0,44%), atento ao clima negativo nos mercados externos, com aumento dos casos de Covid-19 na Europa e denúncias sobre lavagem de dinheiro nos EUA, enquanto temores domésticos sobre a saúde fiscal brasileira continuavam impulsionando a busca pela segurança da moeda norte-americana.

Segundo participantes do mercado, os movimentos de venda de ativos arriscados nesta segunda refletiam os temores sobre uma possível retomada de lockdowns nas principais economias, já que os casos de coronavírus voltaram a disparar na Europa, com o Reino Unido avaliando um segundo lockdown nacional após os novos casos aumentarem em ao menos 6 mil por dia.

Os mercados também seguiram atentos à revelação de um grupo de jornalistas investigativos mostrando que documentos secretos do governo dos EUA apontam que grandes bancos, como JP Morgan Chase e o HSBC, ignoraram seus próprios alertas e têm sido lenientes em relação à lavagem de dinheiro.
Os registros se referem a clientes de bancos em mais de 170 países. A investigação, coordenada pelo Consórcio de Jornalistas Investigativos (ICIJ), contou com uma rede de 400 jornalistas de 110 veículos em 88 países para investigar as operações suspeitas.

No Brasil, o desconforto com a cena fiscal permaneceu em meio a dúvidas crescentes sobre a capacidade do governo de financiar programas de assistência social sem desrespeitar o teto de gastos.

Os investidores avaliaram também os dados do Boletim Focus, que aponta para uma melhora nas estimativas para o PIB deste ano – a previsão agora é de uma queda de 5,05%.

No ano de 2020, o dólar acumula salto de cerca de 35% em relação ao real, impulsionado pelo cenário local de incertezas políticas e econômicas, além do ambiente de juros extremamente baixos, que diminuem a rentabilidade de ativos locais atrelados à taxa Selic.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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