19 de Setembro de 2020 às 08:21

Café em baixa e dólar em alta nesta sexta-feira, 18/09

Saiba mais detalhes do mercado e clima

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 113,50 cents/lb (- 450 pontos) no vencimento dezembro/20.

O mercado futuro do café arábica finalizou o pregão desta sexta-feira (18) com quedas acima dos 400 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A semana foi marcada por quedas expressivas para o café e as valorizações chegaram a registrar baixas acima de mil pontos no início da semana. ´

Dezembro/20 teve queda de 450 pontos, valendo 113,50 cents/lbp, maio/21 registrou baixa de 435 pontos, valendo 115,30 cents/lbp, maio/21 também teve baixa de 435 pontos, valendo 116,70 cents/lbp e julho/21 encerrou valendo 118,05 cents/lbp, também com desvalorização de 435 pontos. 

As previsões de chuvas benéficas nas áreas cafeeiras do Brasil geraram uma longa liquidação massiva de futuros de café pelos fundos esta semana. Paralelo às condições do tempo no Brasil, a desvalorização do real ante ao dólar foi mais um suporte de baixa para os preços em Nova York.

A estimativa do consumo mundial de café no ano-cafeeiro 2019-2020 é de 168,39 milhões de sacas de 60kg, o que representa um crescimento de 0,3% em relação ao ano-cafeeiro anterior, que foi de 167,84 milhões de sacas. A demanda crescente no início da pandemia global devido ao maior consumo em casa, agora apresenta uma estabilidade devido à prolongada crise econômica e à lenta recuperação do consumo fora de casa.

Com relação à produção mundial, estima-se que o ano-cafeeiro 2019-2020 atinja o volume de 169,34 milhões de sacas, número que representa uma redução de 2,2% se comparado ao ano-cafeeiro anterior. A estimativa é uma redução de 5% na produção de café arábica que deve atingir o volume físico de 96 milhões de sacas, enquanto para o café robusta a previsão é de um aumento de 1,9%, alcançando 73 milhões de sacas produzidas.

Finalmente, com respeito às exportações, o Relatório da OIC informa que as exportações globais de café nos dez primeiros meses do presente ano-cafeeiro foram de 106,59 milhões de sacas de 60kg, volume que representa uma redução 5,3% se comparado com o mesmo período do ano passado.

O café é uma das bebidas que mais se transformou nos últimos tempos nas mesas dos consumidores devido à diversidade de ofertas do produto, como gourmet, monodoses, bebidas funcionais, entre outras, e dos métodos de preparo. Essas mudanças resultaram na profissionalização dos baristas e na sua importância para o setor.

Atenta a esse cenário em constante evolução, a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) acaba de lançar o Manual de café solúvel para baristas. “Com a inclusão desse exclusivo material nas grades das principais escolas de formação em barismo, pretendemos contribuir com a capacitação desses profissionais, de maneira que tenham total conhecimento do segmento de solúvel”, explica Eliana Relvas, cafeóloga, especialista em avaliação sensorial e consultora da entidade. O conteúdo, que foi desenvolvido pela Abics em parceria com todas as indústrias de café, tem o objetivo de levar o máximo de informação sobre o café solúvel aos baristas, profissionais que têm contato direto com os consumidores em geral.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 111.38 e posteriormente em 109.27. Já resistências vistas em 117.48 e 121.47.

De acordo com a Somar Meteorologia, a chuva retorna às áreas de café da Mogiana, Sul e Zona da Mata de Minas Gerais e sul do Espírito Santo nos próximos dias. O acumulado previsto entre o domingo e a terça-feira da semana que vem passa dos 50mm no sul de Minas Gerais e oscila entre 30mm e 50mm na Mogiana, Zona da Mata e sul do Espírito Santo. No domingo, há previsão de tempestades pontuais entre as regiões de Varginha-MG e Juiz de Fora-MG com rajadas de vento de 80km/h e eventual queda de granizo.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje em alta, cotado à R$5,3750 (+ 2,73%).

Dólar salta 2,73%, maior alta em quase 3 meses, a R$ 5,3750. Bolsa cai 1,81%. O dólar comercial oscilou ao longo da semana, com poucas atuações do Banco Central do Brasil, e com os mercados acionários voláteis. Entretanto, o clima político interno no início da semana acabou puxando o dólar para cima em 0,81%.

Nesta sexta-feira, no interbancário, a moeda engatou alta de 2,73% aos R$5,3750 para a venda. O turismo também avançou 2,71% a R$5,670. O euro ficou em alta de 2,56% aos R$6,366 para a venda. A libra esterlina ficou em alta de 2,14% a R$6,947 para a venda. O peso argentino ficou em alta de 2,73% a R$0,071 para a venda.

No noticiário doméstico, de acordo com analistas, a alta do dólar foi influenciada ao longo do dia pela forte pressão no mercado de juros futuros. Há um amplo mau humor no cenário interno devido à incerteza fiscal e a dúvidas sobre a capacidade do Banco Central de manter os juros baixos, com preocupações com a aceleração da inflação.

No exterior, o governo da França afirma que se opõe ao acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, pelo menos da forma que hoje ele está estabelecido. Paris alega seu impacto ambiental e a falta de mecanismos para garantir que os compromissos assumidos contra o desmatamento sejam respeitados. A declaração é revés para a diplomacia brasileira, que julga que aspectos econômicos e protecionistas sejam os reais motivos da recusa por parte dos franceses.

Claudio Castello Branco Ribeiro Filho Expocaccer / Departamento Comercial


Comentários

Termos de uso:

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Patrocínio Online. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O Patrocínio Online poderá remover, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos ou que estejam fora do tema da matéria comentada. É livre a manifestação do pensamento, mas deve ter responsabilidade!