Com informações da Polícia Militar
MONTE CARMELO (MG) – A Sala de Operações da 157ª CIA da Polícia Militar recebeu uma ligação da central do Samu informando que tinham recebido um chamado de uma possível vítima de disparos de arma de fogo. A Sala de Operações retransmitiu a informação na rede de rádio e a equipe de moto-patrulhamento fez o primeiro contato no local.
Os policiais em conversa com uma testemunha, essa relatou que estava tomando banho quando ouviu barulhos estranhos e ouviu um grito de socorro, quando saiu para verificar notou que havia um homem ferido sob uma motocicleta caído em sua calçada, que não lhe era conhecido.
No local havia grande quantidade de sangue na calçada, a motocicleta da vítima foi colocada sobre a calçada por populares que prestaram o socorro e estava caído na calçada um pacote de fraldas infantis.
Os policiais também perceberam no chão estojos de munições, provavelmente 9mm.
O local foi então preservado a partir de então, embora já teria sido desfeito inicialmente pelos populares que prestaram o socorro e transitaram pelo local antes da chegada dos militares.
Os militares em conversa com uma outra testemunha, esta relatou que estava na residência com sua mãe quando ouviu barulhos semelhantes a disparo de arma de fogo semelhante a rajada de submetralhadora, quando saiu para verificar notou que vítima caída ao chão, ferida e com a motocicleta sobre sua perna, que outros populares também havia presenciado o fato e logo chegaram ao local familiares desta vítima que o colocaram em um veículo particular e encaminharam ao Pronto Socorro Municipal.
Segundo a PM, a vítima foi identificada como M.H.d.S de 20 anos, que possui registros policiais por envolvimento homicídio, tráfico de drogas, ameaça, lesão corporal e diversos outros.
Segundo a PM, a vítima M teria chegado ao local conduzindo a motocicleta Yamaha/Ybr150, cor vermelha, que ficou no local do fato.
Todos os moradores próximos relataram não terem ouvido movimentação de veículos após os disparos, e pelo local do fato ser ao lado de uma área de fazenda, com pasto e matagal, a informação foi retransmitida às demais viaturas de turno para que deslocassem para as divisas com os bairros Bela Suíça e Bela Itália, prováveis locais que os autores poderiam sair.
Segundo informações, a vítima que estava trabalhando em uma farmácia, o atendente recebeu uma ligação de um homem, que não forneceu nome e pediu que um pacote de fraldas fosse entregue no local do fato.
O autor da ligação não forneceu telefone de contato também, como de costume e a funcionária separou as fraldas solicitadas e repassou para a vítima juntamente com outras entregas.
Segundo informações, funcionários da farmácia não souberam informar o horário exato da ligação que realizou o pedido e que na empresa há dois aparelhos telefônicos, um com bina e outro sem, não sendo possível identificar naquela hora qual o número utilizado para realizar o pedido.
Ainda segundo uma testemunha, a vítima M nunca relatou que estava sendo ameaçado ou que tivesse qualquer outro problema.
Os policiais fizeram contato no Pronto Socorro Municipal, onde a tenente Driely foi informada pela equipe médica que a vítima deu entrada na Unidade de Saúde já sem vida.
Os policiais em conversa com familiares que estavam no local informaram, que Murilo teve envolvimento em um homicídio no ano de 2020 e que recentemente foi julgado em júri popular e inocentado do fato, após passou a receber ameaças, porém os familiares não souberam informar com detalhes como se deram estas ameaças e quem seriam os autores.
A PM em pesquisas nos registros de ocorrências identificou outros envolvidos na ocorrência de homicídio que Murilo teria sido acusado.
Os militares após conversar com outras pessoas, realizaram diligências no distrito de Celso Bueno pela equipe de Iraí de Minas, que localizou, a tia da vítima do homicídio praticado por M no ano de 2020.
Segundo os militares, a tia aparentava estar tranquila, negou qualquer envolvimento no homicídio.
A perícia foi acionada tendo comparecido no local a perita Ana Paula, que realizou seus trabalhos de praxe, liberou a motocicleta para o serviço funerário até o IML para os trabalhos necessários.
O celular da vítima foi recolhido pela perícia técnica, considerando que possa servir como elemento de prova para elucidação dos fatos.