20 de Setembro de 2017 às 13:07

Médico Neurocirurgião da Santa Casa De Patrocínio explica a epilepsia

?A epilepsia é uma doença que se caracteriza por uma facilidade em sofrer uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, manifestada por crises

A epilepsia é uma doença que se caracteriza por uma facilidade em sofrer uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, manifestada por crises epilépticas repetidas.

Dr. Gustavo Martins Zola Santiago, neurocirurgião da Santa Casa de Patrocínio, explica que o cérebro humano pode ser comparado a uma rede elétrica, e essa alteração ocorre quando os neurônios (células que compõe o cérebro) de algumas regiões do córtex cerebral sofrem perturbações que levam ao aparecimento de zonas instáveis, propensas a ser foco de um “curto-circuito”. Este pode ficar localizado ou propagar-se para outras áreas do cérebro, levando o paciente a experienciar os sintomas da ativação de cada uma destas regiões, experienciando a crise epilética.

Os sintomas variam de acordo com a função da região cerebral ativada, destacando-se: manifestações motoras, sensitivas, complexas, perda de consciência e perda do tônus postural, que pode gerar quedas. O tipo de crise epiléptica mais comum é a crise convulsiva que significa uma crise epiléptica com manifestação motora. O médico alerta que as crises recorrentes podem causar a morte de neurônios, gerando sequelas cognitivas; pode levar a quedas, acarretando traumatismos; e também culminar no surgimento de novas zonas irritativas, que tornam o controle da doença mais difícil.

O neurocirurgião explica que as crises epiléticas podem ser primárias, quando há uma instabilidade nessa “rede elétrica”, focal ou difusa, mas não perceptíveis em exames de imagem; ou secundárias, quando há um fator específico que gera a irritação no córtex cerebral, por exemplo: tumores, massas, malformações, infecções, sangramentos, cicatrizes etc.

Independente do tipo (primária ou secundária) o tratamento inicial desta patologia é sempre realizado com medicamentos Anti-Epilépticos, que diminuem a epileptogênese, ou seja, a atividade das zonas irritativas. Existem inúmeras medicações disponíveis no mercado, que atuam através de mecanismos farmacológicos diferentes.

O neurocirurgião explica que em casos refratários, em que o paciente passa a não responder mais a medidas medicamentosas, é indicado tratamento cirúrgico. O tipo de cirurgia varia caso a caso, de acordo com o mapeamento das zonas irritativas. Basicamente elas consistem em remover ou desconectar cirurgicamente as zonas atingidas do restante do cérebro.

Dr. Gustavo atende no Centro Médico da Santa Casa de Patrocínio, através do telefone 34 3515 2549.


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