29 de Janeiro de 2020 às 09:23

Na terça-feira, 28/01, cotação do dólar e do arábica encerraram o dia em baixa

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INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER*

CAFÉ

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Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, cotado à 105,05 cents/lb (- 155 pontos) no vencimento março/20.

O mercado do futuro do café arábica também está sentindo os impactos das dúvidas que envolvem o Coronavírus a sessão desta terça-feira (28) também terminou com baixas na Bolsa de Nova York. 

Segundo o analista de mercado Luiz Fernando de M. Monteiro da Terra Investimentos, por se tratar de algo inesperado e ainda com poucas informações, a dúvida e a instabilidade pode continuar afetando todo o mercado financeiro, mas destaca que ainda não é possível mensurar se o vírus poderá impactar diretamente no consumo mundial do café. "Afeta na forma de atuação dos participantes. O mercado se torna mais perigoso, mais sensível e isso reflete à uma mudança de posicionamento", destaca. 

Março/20 encerrou as negociações com desvalorização de 155 pontos, cotado a 105,05 cents/lbp, maio/20 registrou a mesma baixa, cotado a 107,30 cents/lbop, julho/20 teve queda de 160 pontos, valendo 109,55 cents/lbp e setembro/20 registrou queda de 155 pontos, cotado a 111,65 cents/lbp. 

"As preocupações com a demanda também estão pesando nos preços do café devido à disseminação do coronavírus chinês. A Starbucks e o McDonald's fecharam temporariamente algumas de suas localizações chinesas devido ao vírus, o que é negativo para a demanda de café", destaca o site internacional Barchat em sua análise diária. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 104.37 e posteriormente em 103.68. Já resistências vistas em 106.27 e 107.48.

De acordo com a Somar Meteorologia, instabilidades tropicais geram nuvens carregadas e pancadas de chuva sobre Minas Gerais, Mato Grosso e boa parte das Regiões Norte e Nordeste do Brasil nesta manhã de terça-feira. No decorrer da tarde, a chuva retorna às áreas produtoras de Minas Gerais (Cerrado e Zona da Mata) e em todo o Espírito Santo. Embora a maior parte dos municípios receba acumulados entre 15mm e 30mm, há previsão de chuva mais intensa, acima dos 50mm, na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo. No decorrer da semana, apesar da manutenção da chuva entre a Zona da Mata de Minas Gerais e Espírito Santo, os maiores acumulados serão registrados no Cerrado e no Sul de Minas Gerais e na Mogiana com pelo menos 100mm. Também voltará a chover sobre o Paraná com acumulado entre 50mm e 80mm nos próximos sete dias. Apesar da chuva espalhada pela maior parte das áreas de café, a semana será caracterizada pelo tempo abafado desde o Paraná até a Bahia.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje também em baixa, cotado à R$4,1896 (- 0,49%).

O mercado de câmbio no Brasil finalmente teve um respiro, e o dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, voltando a ficar abaixo de 4,20 reais em ajuste depois de altas recentes por temores sobre o coronavírus na China.

O ajuste na moeda norte-americana espelhou um dia de trégua nos mercados globais, com a percepção de que autoridades estão empenhadas em conter a propagação do vírus chinês. O dólar caía ante várias divisas emergentes, enquanto o Ibovespa subia quase 2% e as bolsas de Nova York avançavam entre 0,9% e 1,5%.

No noticiário doméstico, a Dívida Pública Federal - que inclui o endividamento interno e externo do Brasil - fechou 2019 em R$ 4,249 trilhões, informou hoje a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia. O valor representou aumento de 9,59% em relação a 2018, quando a dívida era de R$ 3,877 trilhões. O valor representou alta de 1,03% em relação a novembro, quando a dívida era de R$ 4,205 trilhões. Apesar do aumento, foi cumprido o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2019, que estabelece que a dívida pública poderia fechar o ano passado entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões.

No exterior, o avanço do coronavírus na China aumenta as incertezas nos mercados e prejudica a retomada do crescimento econômico em um ano iniciado de modo turbulento, com queimadas na Austrália e tensão entre Irã e Estados Unidos, diz o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale. "O receio agora é que a economia mundial já está frágil e o coronavírus é mais um elemento de risco", afirma. 

O tamanho do impacto na economia, porém, ainda depende da evolução do caso, acrescenta Vale. Ele lembra que, em 2003, a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) retirou entre 0,1 e 0,5 ponto porcentual do PIB mundial. Em relação ao Brasil, ele acredita que haverá um impacto de curto prazo, na Bolsa e no câmbio, mas que os efeitos em prazos mais longos vão depender da evolução da doença, que já matou mais de 80 pessoas na China.

Atenciosamente,

Claudio Castello Branco Ribeiro Filho/ Expocaccer / Departamento Comercial


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