INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em alta, cotado à 110,10 cents/lb (+ 100 pontos) no vencimento dezembro/20.

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quinta-feira (12) mantendo as altas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Dezembro/20 teve alta de 100 pontos, valendo 110,10 cents/lbp, março/21 registrou alta de 100 pontos, negociado por 112,95 cents/lbp, maio/21 também teve alta de 100 pontos, valendo 114,80 cents/lbp e julho/21 encerrou valendo 116,45 cents/lbp, também com valorização de 100 pontos. 

Em outubro deste ano, a produção de café da Colômbia, maior produtor mundial de café arábica lavado suave, foi de quase 1,2 milhão de 60 kg, 15% a menos em relação a outubro de 2019, quando foram registradas 1,4 milhão de sacas produzidas.

Em 2020 (janeiro-outubro), a safra de café do país atingiu 10,7 milhões de sacas, 7% a menos em relação as 11,6 milhões produzidas nos primeiros 10 meses do ano anterior. Já nos últimos 12 meses (novembro de 2019 a outubro de 2020), a produção foi de 13,9 milhões de sacas, 2% menor em relação aos 14,1 milhões de sacas produzidas no mesmo período anterior. A comercialização da safra de café do Brasil 2020/21 alcançou 69% da produção esperada até 10 de novembro, em ritmo à frente da temporada anterior e da média de cinco anos para o período, apontou a consultoria Safras & Mercado nesta quinta-feira. No ano passado, as vendas somavam 62% da safra até então, mesmo patamar da média recente, segundo a Safras, que estima a safra iniciada em julho em 68,1 milhões de sacas de 60 kg. Isso significa que já foram negociadas 47,2 milhões de sacas.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 109.00 e posteriormente em 107.90. Já resistências vistas em 110.95 e 111.80.

De acordo com a Somar Meteorologia, na tarde de ontem, pancadas de chuva alcançaram áreas de café acumulando 60mm em Guaxupé-MG, 45mm em Franca-SP e 30mm em São Sebastião do Paraíso-MG. Proporcionalmente, o acumulado mensal está abaixo do normal em todo o Centro e Sul do Brasil, mas mesmo assim, Cabo Verde-MG e Guaxupé-MG aproximam-se dos 100mm. Pelos próximos sete dias, as pancadas de chuva serão mais intensas que o normal em Minas Gerais e sul do Espírito Santo com acumulados entre 50mm e 90mm. Na Mogiana, estima-se algo entre 50mm e 60mm, enquanto no norte do Espírito Santo, sul da Bahia, Alta Paulista e norte do Paraná, o acumulado oscilará entre 20mm e 50mm. A precipitação vem acompanhada de rajadas de vento e eventual queda de granizo no Paraná, São Paulo e Minas Gerais pelos próximos dois dias.

DÓLAR

O dólar comercial fechou hoje também em alta, cotado à R$5,4840 (+ 1,19%).

Enquanto o dólar comercial emendou a terceira alta seguida hoje, de 1,14%, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda de 2,2%, aos 102.507,01 pontos, a maior em seis dias. No câmbio, o dólar fechou cotado a R$ 5,4840 na venda. Foi a maior alta percentual diária em mais de duas semanas, desde 28 de outubro (1,43%) e o maior valor de fechamento em uma semana, desde 5 de novembro (R$ 5,545).

No noticiário doméstico, a fala de Guedes citando Renda Brasil alimenta expectativa de maior magnitude de auxílio em caso de segunda onda do vírus. A piora vem em linha com a maior aversão ao risco que deriva da piora no quadro sanitário nos EUA e na Europa. 

A fala do Guedes que garantiu a renovação do auxílio emergencial (que vem junto de uma extensão do estado de calamidade pública) no caso de uma segunda onda brasileira também ajudou a pesar sobre o sentimento.

No exterior, o Presidente do Fed, Jerome Powell, voltou a alertar sobre o impacto de uma segunda onda da Covid-19, enquanto o governo Trump recuou nas negociações sobre um novo pacote de estímulos. As Bolsas caem nos EUA e os rendimentos dos Treasuries desabam com ressurgimento de casos de coronavírus adicionando preocupação com economia

Claudio Castello Branco Ribeiro Filho Expocaccer / Departamento Comercial