8 de Fevereiro de 2020 às 10:15

VERGONHA E REVOLTA: Usuários postam nas redes sociais reclamando das péssimas condições da MGC 462 em Patrocínio (MG)

Segundo diretor do DER possibilidade de recuperação de imediato é quase zero, por causa da LOA

Da redação do POL com imagens de Valdemar Ribeiro e Fabiano Silva

As condições da MGC 462 (Patrocínio/Perdizes) são as piores dos últimos 10 anos. Usuários não param de postar nas redes sociais imagens e externar sua revolta com o descaso com o governo do estado.

A nossa reportagem voltou a entrar em contato com Nilson Caixeta, líder do Partido Novo em Patrocínio, no qual está filiado o governador Romeu Zema. Bom lembrar que Zema obteve 88,77% dos votos em Patrocínio e ao iniciar seu projeto político, além do empresariado, o atual governador procurou a imprensa para pedir apoio e apresentar seu projeto político.

Ele foi solícito e de imediato entrou em contato com o diretor do DER, que respondeu da seguinte forma: "Nilson, a LOA Lei de Orçamento Anual foi assinada dia 15/01. O decreto que põe ela em vigor sai dia15/02. Até lá quase nada pode ser feito. Vamos tentar alguma ação emergencial".

Ou seja, possibilidade zero de uma recuperação e uma operação tapa buracos nem está prevista.

A deputada federal Greyce Elias esteve na cidade no último fim de semana, onde caminhou pelas ruas e panfletou, conversou com alguns órgãos de imprensa e disse que "informou que o projeto executivo (duplicação BR 365) será licitado ainda no primeiro trimestre deste ano e que está orçado em R$ 10 milhões de reais". Ótimo! Mas fica a pergunta: têm alguma gestão em prol da MG 462 deputada?

Uma das piores rodovias de Minas segundo CNT

A 23ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte e pelo SEST SENAT constatou piora nas condições das características observadas das rodovias do país e do estado de Minas. Entres as piores rodovias, estão a MGC 462 (Patrocínio/Perdizes) e MG 188 (Patrocínio/Coromandel). Ambas têm intenso fluxo de veículos, principalmente devido a atividade agrícola e interesses comerciais e da educação, entre essas cidades.

Quebra de veículos e acidentes

Além dos inúmeros veículos danificados, principalmente pneus estourados e rodas quebradas, foram registrados pelo menos dois acidentes graves com feridos (um grave), relacionados as péssimas condições da via. 

Nunca recebeu nenhuma obra de recuperação aom contrário do trecho de Perdizes

A MGC 462 desde que foi inaugurada na década de 90, nunca passou por uma recuperação. Apenas operações tapa buracos de péssima qualidade, em que não foram usados equipamentos e massa asfáltica de qualidade, surgindo elevações na pista e muita trepidação.

O interessante é que apena só trecho de cerca de 35 quilômetros entra a BR 365 e a ponte do Rio Quebranzol que está muito ruim. O outro trecho no município de Perdizes está bem melhor.

A nossa reportagem apurou que são construtoras diferentes que são responsáveis pelos trechos mencionados.

Tentamos contato telefônico com o encarregado do DER-Departamento de Estradas de Rodagem que fica em Monte Carmelo e nunca conseguimos.

Continuamos a esperar....

...que com a mesma humildade que procurou a imprensa, a  lei  dê uma resposta a nossa reportagem.

Bom salientar que a imprensa local teve dificuldades de acesso ao governador durante o seminário do café, enquanto o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, atendeu individualmente e coletivamente os membros da imprensa com atenção e respeito.

Sugestões do senhor governador

Três sugestões ao governador: que reveja o contrato com construtora responsável pelo trecho, cobre providências do DER e se não têm recursos para uma recuperação desses 30 quilômetros que pelo menos faça um reperfilamento asfáltico, como foi feito na MG 230m na gestão Pimentel reivindicada pelo deputado estadual e hoje prefeito de Patrocínio, Deiró Marra.

Produtores rurais e usuários da via estão se mobilizando se sentido de promover uma grande manifestação com bloqueio da pista e cobrar das autoridades locais e do governador.


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