# Notícias Gerais

24 de Agosto de 2017 às 11:04

Juiza nega pedido para cobrança de preços iguais para homens e mulheres

Para magistrada, elas ganham menos e descartou desvalorização feminina

A juíza titular do 4º Juizado Especial Cível de Brasília negou o pedido para que uma produtora vendesse a um consumidor ingressos para um evento pelo mesmo valor cobrado para o público feminino, inferior ao ingresso masculino.

O autor também havia pedido que a empresa vendesse todos os ingressos para o evento “Na Praia” pelo menor preço para homens e mulheres, indistintamente.

“É notória a desigualdade da mulher em relação ao homem, no nosso país, em termos de salário, jornada de trabalho, pequena representatividade nas grandes empresas, diminuta participação percentual em elevados cargos públicos e na política, etc. Ademais, não vislumbro que a diferenciação de tais preços, como estratégia de marketing, possa desvalorizar e/ou inferiorizar a mulher. Ao contrário, tal prática permite que a mulher possa optar por participar de tais eventos sociais”, diz a juiza.

A magistrada também considerou que não cabe ao Judiciário estabelecer o valor a ser cobrado pelos ingressos de determinado evento, pois a análise do custo/benefício econômico é do empresário. O autor apresentou recurso à sentença, que deverá ser analisado por uma das Turmas Recursais dos Juizados Especiais do DF.

No início do mês, uma liminar da 17ª Vara Federal Cível de São Paulo suspendeu a nota técnica do Ministério da Justiça que impedia a cobrança de preços diferentes entre homens e mulheres em locais como bares e restaurantes.

A decisão do juiz federal Paulo Cezar Duran atendeu a um pedido da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes e vale apenas para os estabelecimentos filiados à entidade no Estado de São Paulo.

Fonte: Agencia Brasil

24 de Agosto de 2017 às 11:02

Evangelho do Dia

"Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”

Pedro [...] disse: "Senhor, quantas vezes devo per doar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”. Respondeu Jesus: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. "Por isso, o Reino dos Céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos. Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida. Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: ‘Dá-me um prazo e eu te pagarei tudo!’. Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida [...]”.

Evangelho de hoje: Mt 18,21–19,1

24 de Agosto de 2017 às 10:11

Fadiga, confusão mental e perda da visão podem ser sinais de esclerose múltipla

Casa montada no Parque Mário Covas simula os sintomas dos pacientes

Dificuldade de caminhar, formigamento, dormência, fadiga, confusão mental e perda gradativa da visão são apenas alguns sinais da esclerose múltipla — que tornam um desafio as tarefas normais do dia a dia. A doença, que ainda não tem cura, afeta cerca de 3 milhões pelo Dificuldade de caminhar, formigamento, dormência, fadiga, confusão mental e perda gradativa da visão são apenas alguns sinais da esclerose múltipla — que tornam um desafio as tarefas normais do dia a dia. A doença, que ainda não tem cura, afeta cerca de 3 milhões pelo mundo, 40 mil no Brasil.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica e inflamatória que afeta o sistema nervoso central. Os sintomas começam a aparecer, principalmente, entre os 20 e os 40 anos, e as mulheres sofrem com frequência duas vezes maior do que homens.

A doença pode ser desencadeada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, fazendo com que o sistema imunológico do paciente comece a atacar a mielina (uma espécie de capa que protege suas células nervosas), interrompendo o fluxo de informação ao longo dos nervos. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para que minimizar os efeitos da doença, explica Denis Bernardi Bichuetti, professor adjunto da disciplina de neurologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

— No começo, os sintomas vão e voltam. E nem todos os pacientes sentem todos os sintomas. Sem tratamento, um paciente leva cerca de 20 anos para precisar usar uma bengala. Já se conseguir bloquear a doença antes dos sintomas de perda de mobilidade, como mancar, a pessoa pode ter uma vida normal.

Nos anos de 1990, o diagnóstico demorava cerca de 13 anos para ser feito. Hoje, esse número caiu para uma média de um ano, segundo uma pesquisa da Unifesp com a Ame (Amigos Múltiplos pela Esclerose).

No entanto, apenas diagnosticar a doença não é suficiente, ressalta o professor. Também é preciso que o paciente seja submetido a um tratamento adequado, tanto com medicamentos quanto com complementação de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, entre outros.

— O tratamento preventivo para bloquear a progressão da doença é eficaz em até 80% dos pacientes. No Brasil, cerca de 30 mil dos pacientes da doença se encaixariam no perfil de tratamento oferecido no País, mas apenas 12 mil retiram os medicamentos.

No País, há quatro medicamentos aprovados para o tratamento da esclerose múltipla: dois leves, um moderado e um forte. Um protocolo define que o paciente tem de começar obrigatoriamente com determinadas classes de medicamento e só pode migrar para outro se o primeiro não estiver funcionando.

— A troca da medicação é muito engessada e, por isso, não nos permite individualizar o tratamento. É preciso flexibilizar o protocolo de medicamentos, para que se possa usar o mais adequado e mudar quando necessário. Também é preciso regularizar o acesso tanto aos medicamentos quanto a exames, consultas e tratamentos complementares.

Casa da Esclerose Múltipla

Entender os sintomas da esclerose múltipla pode ser difícil até mesmo para quem convive com pessoas que sofram da doença. Por isso, a farmacêutica Merck montou uma casa que simula as dificuldades diárias dos pacientes.

Na sala de estar, por exemplo, um equipamento de realidade virtual faz uma viagem pelo interior do cérebro, mostrando as zonas afetadas pela doença e as consequências no paciente. Também há um computador com teclas trocadas, para simular a dificuldade de digitação que os pacientes sofrem.

Já na cozinha, uma das experiências mais impressionantes é tentar pegar objetos usando uma luva que dificulta a manipulação.

No banheiro, o chão é feito para simular desequilíbrio e o espelho embaçado, como se alguém tivesse acabado de tomar um banho quente, mostra o sintoma da visão embaçada.

A casa está instalada no Parque Mário Covas, próxima da entrada da Alameda Santos, na cidade de São Paulo. A visita é gratuita e pode ser feita das 9h às 18h até o dia 30 de agosto.

Fonte: Marta Santos do R7

23 de Agosto de 2017 às 19:38

Corpo de mototaxista desaparecido é encontrado com várias perfurações de faca próximo à Capinópolis

A motocicleta uma Honda de cor vermelha em que a vítima estava não foi localizada

O corpo do mototaxista Valterci Teixeira Matos,  40 anos, desaparecido desde segunda-feira, 21/08, foi encontrado  as margens da MG 154, entre entre Ituiutaba e Capinópolis, muma fazenda chamada de "Mascarada".

As camêras de segurança mostraram um homem jovem, magro alto, trajando bonê e blusa de manga comprida de cor branca e portando uma mochila, chehando a pé e subindo na motocicleta conduzida por Valterci, que também era conhecido por "Fefeca".

O corpo apresentava sinais de luta corporal e estava perfurado por vários golpes de faca. Ele foi atingido nas costas lado esquerdo, três perfurações no peito e duas no pescoço, uma no ombro lado direito, um corte no punho lado direito, uma perfuração no maxilar lado direito.

A faca usada no crime, foi deixada lado do corpo.

A motocicleta uma Honda de cor vermelha em que a vítima estava não foi localizada. 

Provavelmente o mototaxista foi vítima de latrocínio (quando o bandido rouba e mata).

FONTE: UBERLANDIAONLINE - ACESSE

23 de Agosto de 2017 às 10:14

Papa: a esperança cristã se baseia na fé em Deus que cria novidade

Na catequese de hoje, Papa falou sobre a novidade da esperança cristã, baseada na fé em Deus que faz novas todas as coisas

A catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 23, foi inspirada em uma passagem do apocalipse “Eis que faço novas todas as coisas”, para falar sobre a “novidade da esperança cristã”. Trata-se de uma esperança baseada na fé em Deus que sempre cria novidades na vida do homem, novidades e surpresas.

Neste sentido, Francisco destacou que não é cristão caminhar com o olhar voltado para baixo, como fazem os porcos, sem olhar para o horizonte, como se na vida não existisse nenhuma meta e nenhum ponto de chegada.

“As páginas finais da Bíblia nos mostram o horizonte último do caminho do crente: a Jerusalém do Céu, a Jerusalém celeste. Essa é imaginada antes de tudo como uma grande tenda onde Deus acolherá todos os homens para habitar definitivamente com eles. E esta é a nossa esperança”, explicou o Papa.

Francisco convidou os fiéis a refletir sobre a profecia de João em Apocalipse – segundo a qual Deus enxugará as lágrimas e fará novas todas as coisas – mas não de uma forma abstrata, e sim depois de ver tantas tristezas noticiadas nos telejornais, fazendo alusão aos recentes ocorridos em Barcelona e Congo. O Papa lamentou que a vida tenha tantas tristezas, como crianças amedrontadas pela guerra, sonhos desfeitos de tantos jovens e a situação dos refugiados, mas destacou a presença de Deus diante também dessa realidade.

“Nós temos um Pai que sabe chorar, que chora conosco. Um Pai que espera para nos consolar, porque conhece os nossos sofrimentos e preparou para nós um futuro diferente. Esta é a grande visão da esperança cristã, que se dilata sobre todos os dias da nossa existência, e nos quer reerguer!”, pontuou Francisco.

“Nós acreditamos e sabemos que a morte e o ódio não são as últimas palavras pronunciadas sobre a parábola da existência humana. Ser cristão implica uma nova perspectiva: um olhar cheio de esperança”, acrescentou. 

O Santo Padre acrescentou que, diante das calamidades, algumas pessoas pensam que a vida não tem sentido, mas os cristãos não acreditam nisso. Pelo contrário, os cristãos acreditam que no horizonte há um sol que ilumina sempre e dias mais belos estão por vir.

“Somos gente mais de primavera do que de outono: vemos os brotos de um mundo novo antes que as folhas amareladas nos ramos. Não nos refugiamos em nostalgias, arrependimentos e lamentações: sabemos que Deus nos quer herdeiros de uma promessa e incansáveis cultivadores de sonhos”.

Fonte: Notícias Canção Nova

23 de Agosto de 2017 às 10:02

Cientistas criam bactéria 'ciborgue' que gera combustível verde a partir da luz do sol

Em testes, organismo foi mais eficiente para absorver energia do sol do que as plantas

Cientistas criaram micro-organismos cobertos por semicondutores que, assim como as plantas, podem gerar energia a partir da luz do sol, dióxido de carbono e água, mas de forma muito mais eficiente.

As bactérias "ciborgues" produzem ácido acético, que pode ser transformado em combustível e em plástico.

Durante testes realizados em laboratório, a bactéria se provou muito mais eficiente em absorver energia do sol do que as plantas.

O estudo foi apresentado em um encontro da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês) em Washington, nos Estados Unidos. Há muitos anos cientistas vinham tentando replicar artificialmente a fotossíntese.

Ciborgues

Na natureza, a clorofila é a chave para esse processo, ajudando as plantas a converter gás carbônico e água, usando a energia solar, em oxigênio e glicose.

Mas cientistas dizem que esse processo, embora funcione, é relativamente ineficiente.

Isso tem representado um grande problema para a maioria dos sistemas artificiais desenvolvidos até agora. O experimento busca aprimorar essa eficiência ao equipar a bactéria com "painéis solares".

Depois de estudarem a antiga literatura sobre a microbiologia, pesquisadores perceberam que algumas bactérias têm uma defesa natural contra cádmio, mercúrio ou chumbo, o que permite a esses micro-organismos transformar metais pesados em um sulfureto, caracterizado por um minúsculo semicondutor cristalino em suas superfícies.

"É ridiculamente simples, aproveitamos uma habilidade natural dessas bactérias que nunca foi examinada através das lentes dos microscópios", diz Kelsey Sakimoto, da Universidade de Harvard, em Massachusetts, nos Estados Unidos.

"Nós as cultivamos e introduzimos uma pequena quantidade de cádmio, e organicamente essas bactérias produzem cristais de sulfeto de cádmio que então se aglomeram no topo de seus corpos", acrescenta.

"Você as cultiva em um líquido e adiciona pequenas gotas de solução de cádmio. Após alguns dias, aparecem esses organismos fotossintéticos", explica Sakimoto.

"É tudo muito simples, é como uma alquimia."

Essas bactérias "encorpadas" produzem ácido acético, essencialmente vinagre, a partir do gás carbônico, água e luz. A eficiência do processo é de 80%, quatro vezes maior do que o nível de painéis solares comerciais e mais do que seis vezes o nível da clorofila.

Luz solar

Sakimoto diz acreditar que essas bactérias podem ser mais eficientes do que outras iniciativas de gerar combustível verde a partir de fontes biológicas.

Atualmente, outras técnicas de fotossíntese artificial exigem eletrodos sólidos e caros.

Já o processo que usa a bactéria "ciborgue" só exige vasos grandes cheios de líquido expostos ao sol - a partir daí, as bactérias se autorreplicam e se autorregeneram.

Trata-se, portanto, de uma tecnologia de baixo resíduo e que deve gerar mais resultados em áreas rurais ou em países em desenvolvimento.

As pesquisas foram realizadas na Universidade da Califórnia em Berkeley, no laboratório de Peidong Yang.

"O objetivo da pesquisa no meu laboratório é essencialmente "superalimentar" bactérias não fotossintéticas ao fornecer a elas energia na forma de elétrons de semicondutores, como sulfureto de cádmio, que absorvem a luz de forma mais eficiente", diz Yang.

"Agora estamos buscando absorvedores de luz mais benignos do que o sulfureto de cádmio para fornecer à bactéria a energia que vem da luz", acrescenta.

Os pesquisadores dizem acreditar que o processo, embora constitua um passo novo e importante, pode não ser a tecnologia que prevalecerá.

"Há tantos sistemas surgindo e realmente só começamos a explorar as diferentes formas de combinar química e biologia", explica Sakimoto.

"Há uma possibilidade real de que há alguma tecnologia que vai surgir e melhorar nosso sistema", conclui.


Fonte: BBC Brasil

23 de Agosto de 2017 às 09:53

Evangelho do Dia

Vende todos os seus bens e compra aquele campo.

"O Reino dos Céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra”.

Evangelho de hoje: Mt 13,44-46

23 de Agosto de 2017 às 09:52

'Já atingiram meu olho, mas não vão me calar': Professora agredida por aluno denuncia mensagens de ódio

Mulher foi agredida por aluno de 15 anos

O sangue que escorria de uma abertura do supercílio manchava o rosto de Marcia Friggi, de 51 anos. Do olho esquerdo brotavam lágrimas já que o direito, atingido por um soco, estava tão inchado que a professora de língua portuguesa e literatura de Indaial, em Santa Catarina, mal conseguia abri-lo. Era o primeiro dia de aula de Friggi para aquela turma. E também o primeiro dia do aluno agressor ali.

Os ferimentos físicos, causados por um aluno de 15 anos e documentados em foto, impressionam. Mas as agressões à professora não se encerraram aí. A exposição do caso nas redes sociais de Friggi desencadeou uma nova onda de ataques contra ela, conforme relatou a professora à BBC Brasil:

"Estou estarrecida. Certas pessoas estão escrevendo que eu merecia isso, por meu posicionamento político de esquerda, de feminista. Já atingiram o meu olho, mas não vão me calar. Na sala de aula é uma coisa, mas nas redes sociais tenho todo o direito de me expressar", afirmou a professora, que se desdobra em dois empregos, nas redes municipal e estadual, para sustentar a família.

Com a voz embargada, Friggi definiu sua condição:

"Exerço uma das profissões mais dignas do mundo, com um salário miserável".

A escola onde Friggi foi agredida, na qual leciona há quatro anos, dedica-se ao ensino de jovens e adultos.
"Somos agredidos verbalmente de forma cotidiana. Fomos [os professores] relegados ao abandono de muitos governos e da sociedade. Somos reféns de alunos e de famílias que há muito não conseguem educar. Esta é a geração de cristal: de quem não se pode cobrar nada, que não tem noção de nada", lamenta.

Socos na escola

Conforme relatou em uma postagem no Facebook, já compartilhada mais de 321 mil vezes, Friggi foi agredida por um estudante durante a aula.

Ao pedir que o aluno colocasse um livro que estava entre as pernas sobre a mesa, a professora conta que foi xingada. Depois, o aluno jogou o livro em sua direção.

Ao encaminhar o jovem para a direção escolar, Friggi acabou alvo de socos e agressões.

"Ele, um menino forte de 15 anos, começou a me agredir. Foi muito rápido, não tive tempo ou possibilidade de defesa. O último soco me jogou na parede", escreveu a professora.

À BBC Brasil, a delegacia da Polícia Civil de Indaial confirmou ter registrado a ocorrência ainda na manhã da última segunda-feira. Por ser menor de idade, o adolescente teve a atitude anotada em um ato infracional por lesão corporal e deve ser levado a depor ainda esta semana.

Em 2016, o mesmo jovem já havia sido denunciado por lesão corporal contra a própria mãe e, em 2017, por ameaça contra um Conselheiro Tutelar, que acompanha o desenvolvimento do rapaz. Na ocasião, o jovem havia afirmado que daria um soco no rosto do profissional, tal como acabou fazendo com Friggi.

O adolescente continua regularmente matriculado na escola. A Prefeitura de Indaial informou que a Secretaria Municipal de Educação e o Juizado de Infância e Adolescência vão avaliar como proceder.

Ataques nas redes sociais

Junto com manifestações de solidariedade, a professora foi alvo de uma enxurrada de mensagens de ódio de pessoas que a culparam pelo incidente. Os internautas acusaram-na de ter feito comentários elogiosos à uma ovada desferida contra o deputado federal Jair Bolsonaro.

Nos comentários, ela leu que "apanhou pouco" e que "se a senhora e vários outros professores se preocupassem em ensinar ao invés de imbecilizar os alunos, cenas como essa não existiriam nas escolas. Você é cupada por incentivar o desrespeito, a falta de educação, o vitimismo e o coitadismo".

Em resposta, a professora fechou suas páginas nas redes sociais para comentários. Antes disso, no entanto, afirmou em uma mensagem: "dilacerada ainda, mas em paz".

Experiência cotidiana

A situação vivida por Friggi nesta segunda-feira é, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma experiência vivida por muitos professores brasileiros. Uma pesquisa de 2014, feita em 34 países, revelou que 12,5% dos educadores brasileiros disseram sofrer agressões verbais ou intimidações de alunos ao menos uma vez por semana. A média entre todos os países foi de 3,4%.

"Estou dilacerada por ter sido agredida fisicamente. Estou dilacerada por saber que não sou a única, talvez não seja a última. Estou dilacerada por já ter sofrido agressão verbal, por ver meus colegas sofrerem", desabafou Friggi.

Além da falta de segurança para exercer a profissão, professores brasileiros são comprovadamente mal-remunerados. Outro levantamento da OCDE, de 2016, mostrou que os docentes dos ensinos fundamental e médio do país recebem menos da metade do que a média dos profissionais da educação dos 35 países membros da organização.

Fonte: BBC Brasil

23 de Agosto de 2017 às 09:42

INSS já cancelou 168 mil auxílios-doença após convocação de perícias

Pente fino deve gerar economia anual de R$ 2,7 bilhões

Até o início de agosto, o pente-fino feito pelo governo federal nos auxílios-doença concedidos por incapacidade resultou no cancelamento de 168.396 benefícios de segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que recebiam os valores e há mais de dois anos não passavam por avaliação médica.

O número corresponde a 79,94% das 210.649 perícias feitas até este mês.

Além disso, também foram cancelados 20.304 benefícios porque os segurados não responderam à convocação para perícia feita pelo INSS.

De acordo com Ministério do Desenvolvimento Social, 33.798 benefícios foram convertidos em aposentadoria por invalidez, 1.892 em auxílio-acidente, 1.105 em aposentadoria por invalidez, com acréscimo de 25% no valor do benefício e 5.458 pessoas foram encaminhadas para reabilitação profissional.

Com o pente fino, segundo a pasta, a economia anual estimada até agora é de R$ 2,7 bilhões. Ao todo, 530.191 benefícios de auxílio-doença serão revisados.

Fonte: Agência Brasil