Este é o homicídio 42 de Uberlândia neste ano.
Foi encontrado na manhã desta quarta-feira, 3 de maio, o corpo de uma jovem que foi sequestrada por três homens e colocada à força dentro de um veículo de cor vinho na Avenida Aldo Borges Leão, Bairro Canaã, em Uberlândia. Foram quatro dias de buscas desesperadas pela jovem Jhennifer Batista dos Santos, de 24 anos. Uma testemunha viu quando os criminosos seguiram a vítima e a sequestraram por volta das 7h do último sábado, dia 29.
A família amanheceu com a notícia do encontro do cadáver. O corpo de Jhennifer foi jogado dentro de um córrego, no Bairro Chácaras Dourdinho.
Por telefone, a namorada de Jhennifer, Wellingta Ferreira nos informou ontem à noite que um grupo de amigos sairia em mutirão nesta madrugada para procurar por ela. Hoje pela manhã fomos informados que amigos encontraram o corpo e acionaram a Polícia Militar.
Wellingta Ferreira confirmou que o relacionamento entre as duas estava bem. E que também se desesperou quando perdeu o contato com a companheira. Na casa da família o clima é de tristeza e tensão.
A mãe Rosângela Pereira da Silva gravou entrevista com a TV Vitoriosa clamando por ajuda para encontrar a filha. Ela disse que não tinha conhecimento de envolvimento da jovem com qualquer tipo de problema.
Internet
Amigos e parentes divulgaram e compartilharam fotos de Jhennifer nas redes sociais e receberam manifestações de apoio.
No facebook de Jhennifer dos Santos a última postagem é do dia 27 de abril, dois dias antes de ela desaparecer. O post falava de relacionamento, de amor, de “querer estar com a pessoa, independente de qualquer coisa ou situação. Pelo simples fato de estar junto”.
O paradeiro da jovem já era investigado pela Polícia Civil desde o dia do desaparecimento. Os investigadores começaram a ouvir pessoas ligadas a Jhennifer.
Este é o homicídio 42 de Uberlândia neste ano.
Fonte: V9 Vitoriosa
Eu sou o pão vivo descido do céu.
Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia. Está escrito nos profetas: Todos serão ensinados por Deus (Is 54,13). Assim, todo aquele que ouviu o Pai e foi por ele instruído vem a mim. Não que alguém tenha visto o Pai, pois só aquele que vem de Deus, esse é que viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo”.
Evangelho de hoje: Jo 6,44-51
WhatsApp volta a funcionar para alguns usuários após instabilidade
Após mais de 2 horas de instabilidade, o WhatsApp voltou a funcionar para alguns usuários por volta das 19h20 desta quarta-feira (3). Segundo relatos nas redes sociais, o aplicativo de mensagens ficou fora do ar por volta das 17h no Brasil e em outros países do mundo.
Ministros vão discutir blindagem sobre governadores para se tornarem réus em ação penal
O STF (Supremo Tribunal Federal) pode decidir nesta quarta-feira (3) se mantém a blindagem que impede que governadores se tornem réus em ações penais sem autorização prévia de dois terços dos deputados de cada Estado.
A retomada do julgamento do caso envolvendo o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), deve abrir precedente para os outros oito mandatários regionais citados na Lava Jato cujos processos estão na esfera do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Se a autonomia legislativa prevalecer, ao menos Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio; Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins; e Flávio Dino (PCdoB); correm risco.
Ajuizada pelo DEM, a ação discute a necessidade de aval da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para instauração pelo STJ de queixa crime apresentada pelo MPF (Ministério Público Federal) contra Pimentel pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, na Operação Acrônimo — a Constituição mineira não prevê essa condição, diferentemente do que ocorre nos outros Estados.
O petista defende que seu caso seja submetido ao plenário da Assembleia mineira, onde tem maioria. Já os partidos de oposição, como o DEM, rechaçam esse tese. Até agora, cinco ministros votaram pelo conhecimento da ação e outros quatro se posicionaram contrários. Iniciado ano passado, o julgamento foi suspenso pela última vez em 2 de março. Se a decisão final afastar a necessidade de autorização legislativa, Pimentel pode ser suspenso de suas atividades.
Para o professor e coordenador do Supremo em Pauta da FGV Direito SP, Rubens Glezer, a tendência é de que os ministros decidam pela autonomia legislativa dos Estados. "Essa decisão tem tudo para virar referência e provocar um efeito cascata. Caso isso se confirme realmente, caberá aos deputados decidir, em caso de denúncia do Ministério Público, se o STJ deve ou não tornar seus respectivos governadores réus."
Esse resultado é de interesse dos nove governadores listados pelo ministro Edson Fachin, especialmente aqueles que já têm o apoio de dois terços dos deputados. É o caso dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); do Paraná, Beto Richa (PSDB); de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD); de Goiás, Marconi Perillo; e do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB).
Pezão, Miranda e Dino também têm maioria, mas não alcançam atualmente os 66% de apoio necessário, segundo levantamento feito pela reportagem. Miranda é o que corre mais risco, pois tem em sua base aliada só 13 dos 24 deputados tocantinenses.
O peemedebista já responde a um processo de impeachment apresentado pelos sindicatos de servidores públicos e a um pedido de cassação de seu diploma pela Procuradoria Regional Eleitoral do Estado, que acusa o governador de abuso de poder político e econômico na campanha de 2014. "A única maneira de ele provar que é realmente inocente, como diz, é se for feita uma apuração no STJ. Não adianta se defender na Assembleia, nós não temos condições de apurar isso", afirmou o deputado da oposição Jaime Café (DEM).
Líder do governo de Flávio Dino, o deputado Rogério Cafeteira (PSB), disse que a Assembleia maranhense aguardará o desenrolar dos fatos. Segundo ele, é de interesse de Dino que tudo seja esclarecido. "Aposto minhas fichas no arquivamento."
Já Pezão depende cada vez mais da influência de seu principal aliado, o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani (PMDB), para ter maioria.
Vantagem
Se o STF decidir pela necessidade de autorização legislativa, Colombo e Alckmin deverão obter as votações mais expressivas. O governador de Santa Catarina tem o apoio de 85% da Assembleia local e o de São Paulo, de 81% dos parlamentares.
O deputado Alencar Santana Braga, líder do PT na Assembleia paulista, diz que, dependendo da decisão do STF, o partido vai pressionar pela abertura do inquérito no STJ e também de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
— É o que temos de fazer, cobrar dos demais parlamentares a autorização para que se investigue o governador. Sabemos que a base dele é grande, mas os indícios de irregularidades também, seja em obras do metrô ou da Sabesp. Quem for contra, vai passar atestado de omissão.
No Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) mantém influência sobre grande parte dos deputados. Líder do governo na Assembleia, Luiz Carlos Romanelli (PSB) diz que a base deverá barrar tal pedido, caso necessário.
— A nossa estratégia é esclarecer aos deputados da conduta reta e íntegra que o governador teve em sua vida pública.
Fonte: Estadão
Brunce Hampton comemorava seu aniversário de 70 anos com apresentação
O que era para ser uma grande festa terminou de maneira trágica para Bruce Hampton. O guitarrista comemorava seu aniversário de 70 anos em um show entre amigos no Fox Theatre, em Atlanta, nos Estados Unidos, quando passou mal e morreu ainda no palco.
Um detalhe que chamou a atenção no triste momento foi o fato de ninguém "ligar" para o músico, que ficou estendido no chão durante alguns minutos. A impressão que a cena passa é que não perceberam a gravidade da situação.
Minutos mais tarde, ele foi, finalmente, atendido e tirado do palco, mas de nada adiantou. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Hamtpon foi o fundador da banda Hampton Grease Band no final dos anos 1960 e era conhecido como o "avô da cena jam". Ele tocava a música Turn on Your Lovelight quando faleceu.
Fonte: R7 POP
Assista ao vídeo e veja o momento em que Hampton cai desacordado no palco:
Deputados apresentarão destaques ao texto e votação deve se estender até a noite
Após ajustes de último minuto, o relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), apresentou no início da tarde desta quarta-feira (3) o seu parecer na Comissão Especial da Reforma da Previdência.
A principal mudança foi a inclusão dos policiais legislativos, de agentes penitenciários e de agentes socioeducativos no regime especial de aposentadoria de policiais, aos 55 anos de idade.
Os agentes, porém, deverão ter lei específica para isso.
Também foram apresentadas mudanças na aposentadoria rural.
Veja os principais pontos ressaltados pelo relator na leiutira do relatório:
Policiais legislativos, agentes penitenciários e agentes socioeducativos
Aposentadoria na mesma idade mínima dos policiais: 55 anos. Agentes, porém, terão que ter lei específica para isso.
Tempo de atividade policial para que as mulheres consigam esta aposentadoria será de 15 anos — antes era de 20 anos. Os homens terão exigência de 20 anos, mas estes tempos vão subir gradualmente para 20 e 25 anos.
Para trabalhadores de empresas privadas, autônomos, domésticos (todos que hoje são do regime geral):
Idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos com transição para todos (ou seja essa idade mínima só será praticada em cerca de vinte anos)
Aposentadoria integral com 40 anos de contribuição
Para servidores públicos:
Fim da integralidade e paridade: apenas para os que entraram no serviço público depois de 2003, com idade mínima de 60 anos para homens e 57 anos para mulheres com 'pedágio' e regra de transição
Aposentadoria rural:
Idade mínima de 60 anos para homens e 57 para mulheres com regra de transição
Contribuição mínina de 15 anos
Benefício de prestação continuada a deficientes:
Será vinculado ao salário mínimo
Idade mínima de aposetadoria para idoso carente: 68 anos
Pensões:
Permite acumulação de pensões com limite de valor de até dois salários mínimos
Estabelece pensão mínima de um salário mínimo
Professores:
Idade mínima de 60 anos para homens e mulheres
Mulheres policiais:
Passam a ter contribuição mínima de 20 anos
A Comissão Especial fará uma pausa para almoço e retomará os trabalhos às 14h30, quando os parlamentares começam a discutir os destaques ao relatório apresentados pelos deputados.
Atraso
A sessão da comissão especial da reforma da Previdência que vai votar o texto começou com meia hora de atraso, justamente pelos ajustes de última hora no texto. A votação do parecer da proposta de reforma da Previdência na comissão Especial da Câmara dos Deputados pode se estender até à noite, preveem parlamentares presentes no plenário. Os destaques de bancada terão votação nominal, o que alonga a discussão.
Para cada votação de destaque serão dois parlamentares falando a favor e dois contra por cinco minutos. Esse foi o acordo fechado pelas lideranças para os procedimentos de votação.
O acordo prevê ainda que os destaques simples terão votação simbólica. Haverá no início encaminhamento de liderança, de 20 minutos. Mais cedo, o presidente da comissão, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), previu de 10 a 15 votações de destaques apresentados ao parecer do relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) até a conclusão dos trabalhos.
Fonte: R7, em Brasília, com Agência Câmara
Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces?
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto”. Disse-lhe Filipe: "Se-nhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. [...] "Aquele que me viu viu também o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai... Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras. [...] E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que me pedirdes, em meu nome, vo-lo farei”.
Evangelho de hoje: Jo 14,6-14
Sepultado dia 30/04/2017
Faleceu em Patos de Minas dia 30/04/2017, a Sr. Sr. Jose Custodio Rocha aos 71 anos.
Deixa a esposa Cleusa Maria Vieira da Rocha, o filho: Leomar Tobias da Rocha, os irmãos: Edina, Eli, Rocha, Aguinaldo e Dolores, demais familiares.
Velório: Príncipe da Paz, rua Ouro Preto, 798 B. Várzea Patos de Minas
Local do sepultamento: Cemitério Santa Cruz
Data do sepultamento: dia 30/4/2017 horário: às 16h00 horas.
Termo stealthing é considerado por especialistas como um "quase estupro"
Foi pouco antes do fim da relação sexual que a advogada carioca Priscila (nome fictício) percebeu que seu parceiro havia removido o preservativo sem avisá-la.
O casal havia se conhecido semanas antes e concordado em fazer sexo protegido.
"Fiz um escândalo e minha reação inicial foi dar parte dele na delegacia. Além de irritada, fiquei muito triste com a desonestidade. Ele se justificou dizendo que ficou com medo de perder a ereção", conta ela à BBC Brasil.
Segundo a advogada, as semanas seguintes foram "tensas", à espera do resultado de exames médicos do parceiro.
"Como se tratava de um parceiro casual, fiquei com medo de contrair alguma doença. Felizmente, nada aconteceu. Eu o perdoei e depois fiquei muito chateada comigo mesma porque encarei a situação como 'normal'. Acabei tendo de levar isso para terapia", acrescenta.
De tão frequentes, casos como o de Priscila tornaram-se objeto de pesquisa nos Estados Unidos e ganharam até um termo próprio em inglês — "stealthing" (de "stealth" ou "furtivo"), quando um dos parceiros remove o preservativo durante a relação sexual sem o consentimento do outro.
Um estudo recente publicado no periódico Columbia Journal of Gender and Law, que trata de questões legais relativas a gênero, revelou que se trata de um "problema crescente" no país, e com maior incidência em casais heterossexuais.
"Entrevistas com vítimas indicam que a prática é comum entre jovens sexualmente ativos", diz a autora da pesquisa, Alexandra Brodsky, no estudo.
"É terrível escrever sobre uma forma de violência de gênero pouco reconhecida e ouvir um coro de mulheres dizendo que passou por situações desse tipo", acrescenta ela.
Brodsky diz ainda que "além do medo de resultados negativos específicos como gravidez e DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), todas as vítimas consideraram a remoção do preservativo sem seu consentimento como uma violação humilhante e desempoderadora do acordo sexual".
O assunto chegou a levantar questionamentos sobre se a prática poderia ser considerada um crime sexual e, em última instância, estupro.
No estudo realizado por Brodsky, uma das vítimas descreveu o stealthing como um "quase estupro".
Outra chamou de "flagrante violação do que tínhamos concordado".
Alexandra Brodsky acredita ser necessária criação de legislação específica que coíba a prática e à qual as vítimas do "stealthing" possam recorrer.
Em fóruns online nos Estados Unidos, homens incentivam uns ao outros a cometer a prática sob a justificativa de que seria direito deles "espalhar seus genes", acrescenta a pesquisa.
Para a advogada britânica Sandra Paul, especialista em crimes sexuais do escritório de advocacia Kingsley Napley, sediado no Reino Unido, quem faz o stealthing estaria "potencialmente cometendo um estupro".
Mas, de acordo com a lei brasileira, a prática não poderia ser considerada estupro, afirmaram especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
Isso porque, segundo o artigo 213 do Código Penal, estupro consiste em "constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso".
"Não existe essa previsão de 'furtividade' na nossa lei", explica o defensor público Saulo Brum Leal Júnior, da Assessoria Subdefensoria Institucional da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. "Para que um crime seja enquadrado como estupro, é preciso que o ato sexual tenha ocorrido mediante grave ameaça ou violência."
A defensora pública Arlanza Maria Rodrigues Rebello, coordenadora do Nudem (Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher) da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, concorda. Ela diz considerar que o stealthing não seria estupro, mas "uma deslealdade do relacionamento".
"O fato de tirar o preservativo sem a autorização da mulher, por si só, não significa que tenha ocorrido estupro porque não houve uso de violência ou ameaça para que a relação sexual fosse obtida. Seria uma deslealdade do relacionamento, como se a mulher, por exemplo, parasse de tomar pílula anticoncepcional e não avisasse ao parceiro", explica.
Para a advogada Ana Paula Braga, sócia da Braga & Ruzzi Sociedade de Advogadas e especialista na defesa dos direitos das mulheres, a remoção do preservativo seria, no aspecto moral, um estupro, "se formos partir da visão de que não houve consentimento quanto ao sexo desprotegido".
Assim como outros especialistas, ela ressalva, contudo, que, no aspecto legal, esse tipo de crime só ocorre se houver "violência ou ameaça".
"Nosso direito penal é muito específico e, ainda que a interpretação da lei tenha mudado ao longo do tempo, não poderíamos considerar o stealthing como estupro se analisarmos friamente a letra da lei. De qualquer forma, trata-se de uma violência de gênero, pois o homem coloca o prazer dele acima da saúde da parceira", explica.
Braga diz já ter atendido uma cliente que passou pela situação, mas o caso não avançou porque os prazos legais já haviam se esgotado.
Ela acrescenta que não há jurisprudência no Brasil, tampouco estatísticas oficiais sobre o assunto.
Mas, em janeiro deste ano, um homem foi condenado por estupro na Suíça depois de remover o preservativo sem o consentimento da parceira. A Justiça entendeu que a mulher teria recusado manter a relação sexual se soubesse que estava fazendo sexo desprotegido.
Getty Images Especialistas ouvidos pela BBC Brasil não acreditam que 'stealthing' possa ser enquadrado como estupro Alternativas legais
Embora acreditem que a prática não possa ser enquadrada como estupro, os especialistas afirmam que existem alternativas legais às mulheres que se sintam vítimas dessa situação.
Eles citam os artigos 130 (perigo de contato venéreo), 131 (perigo de contágio de moléstia grave) e 215 (violência sexual mediante fraude) do Código Penal brasileiro, uma vez que o sexo foi de forma desprotegida e não consensual.
Os especialistas dizem também ser possível entrar com uma ação cível, e não criminal, contra o acusado.
"Seria uma ação reparatória pelo dano causado, como, por exemplo, uma gravidez indesejada", assinala Leal Júnior, da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul.
Desafio
Braga, da Braga & Ruzzi Sociedade de Advogadas, ressalva, contudo, que, mesmo em casos de estupro, reunir provas é um "desafio" para as mulheres.
Ela lembra que apenas 8% dos estupros se tornam efetivamente condenações.
"Crimes sexuais não deixam provas. Especialmente quando há violência psicológica. A maior parte dos estupros ocorre com um agressor que é conhecido da vítima", diz.
"Mas isso não pode ser visto como um empecilho para as mulheres denunciarem", conclui.
Fonte: BBC Brasil