Dois dos três autores já foram pressos pela PM
Em Iraí de Minas, dia 14, por volta das 23h45min, após solicitação os militares compareceram na Rua José Basilio Magalhães, Bagagem, onde se encontrava a vítima ARIOLINO ALVES REIS de 38 anos caída ao solo com vários ferimentos, sendo encontrada próxima à vítima uma faca.
Imediatamente foi acionado a ambulância do “Proto Socorro de Irtaí de Minas”. No local o técnico em enfermagem e o médico traumatologista, constataram que a vítima já se encontrava sem vida.
A pericia também foi acionada e compareceu ao local, sendo constatado que a vítima estava com cinco ferimentos incisos no ombro direito, um ferimento inciso no braço direito, um ferimento no início da cabeça do lado direito perto do trapézio direito, um ferimento na testa lado direito e um ferimento no início da cabeça do lado direito próximo a nuca.
Com a vítima foi encontrada uma carteira contendo documentos pessoais e a quantia de R$ 307,00 em dinheiro, sendo devolvida para sua amazia. Segundo uma testemunha, ela e a vítima estavam fazendo uso de bebidas alcoólicas no Bar do Vilarinho, que fica próximo ao local do fato e que ao sair do bar eles andarem por uma certa distância.
Durante este trajeto um menor infrator e outros dois autores atacaram a vítima Ariolino pelas costas com facadas vindo a vítima a cair ao solo, sendo que logo em seguida os criminosos fugiram. Ainda segundo a testemunha, os autores também estavam no bar momentos antes do fato e que ela também não soube informar a motivação do crime.
Diante dos fatos e de posse das características dos autores, foi realizado intenso rastreamento sendo localizados o menor de 17 anos e o autor A.B.F. de 22 anos, sendo o primeiro apreendido em flagrante de ato infracional e o segundo preso em flagrante delito, não sendo encontrado o terceiro autor.
Os autores foram levados ao pronto socorro de Irai de Minas para atendimento e logo após foram conduzidos até a delegacia de plantão para demais providências. A ocorrência ainda permanece aberta pois os militares estão diligenciando para localizar o outro autor.
A vítima não possuía nenhum antecedente criminal.
Nesse novo depoimento, de acordo com o jornal, ela responsabilizou outras três pessoas –dois rapazes e uma adolescente
Um dos casos mais assustadores de homofobia e crueldade dos últimos tempos pode ter uma reviravolta. A mãe que tinha confessado ter matado o filho gay a facadas no interior de São Paulo, segundo a polícia, mudou a versão do crime em novo depoimento prestado na noite desta quinta-feira (12). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, Tatiana Ferreira Lozano Pereira, 32, que está presa pela morte do filho Itaberly Lozano Rosa, 17, disse em mais recente depoimento que não foi a autora das facadas que matou o filho. Em depoimento anterior, ela havia admitido que teria sido a autora do crime.
Nesse novo depoimento, de acordo com o jornal, ela responsabilizou outras três pessoas –dois rapazes e uma adolescente– pelo assassinado do filho a golpes de faca em 29 de dezembro, em Cravinhos (a 292 km de São Paulo).
Tatiana disse que os três chegaram à noite em sua casa no dia 29 de dezembro e perguntaram se Itaberly estava lhe “dando muito trabalho” e se precisava de um “corretivo”. Ela disse que sim, segundo o depoimento, dizendo-lhes que não deixassem o filho machucado. O trio, segundo ela, esperou Itaberly chegar em casa e entrou no quarto da vítima vestindo capuzes.
A mãe disse que saiu de casa neste momento, mas que ouviu o pedido de ajuda do filho. “Mãe, vou morrer”, gritou o jovem, segundo o novo depoimento da mulher à polícia. Ela afirmou que, 20 minutos depois, voltou para casa e achou o filho morto.
Nesse ponto a nova versão dela torna-se mais inacreditável. Ainda segundo a Folha de S. Paulo, quando viu o filho morto ela teve a ideia de ocultar o corpo. Então, acordou o marido, padastro de Itaberly, Alex Pereira, de 30 anos, que a ajudou a enrolar o cadáver em um edredom, jogar em um canavial e atear fogo, para sumir com as impressões. O padrasto dele também está preso. Apesar da mudança de versão, Tatiana e Alex seguem presos.
Homofobia
Segundo a investigação da polícia a mãe do jovem e o padrasto dele foram presos suspeitos de terem executado do rapaz pois não aceitavam o fato dele ser gay. “A mãe dele não aceitava e a gente já desconfiava, porque ela não quis prestar queixa. Acho que a mãe tem que cuidar do filho e não fazer o que ela fez. Ele era um rapaz que trabalhava, era educado, era um menino, mas estava na fase de trabalhador”, disse Dario Rosa, tio paterno de Itaberlly, em entrevista ao portal G1.
Preconceito em família
O adolescente Itaberly Lozano Rosa, de 17 anos, que foi morto a facadas, relatou em um boletim de ocorrência, que era constantemente chamado de “veado desgraçado” por um tio materno de 33 anos. De acordo com o boletim, que foi registrado em março de 2015, o jovem relatou que sofria diversas ameaças violentas do homem, inclusive de agressões física. No relato, ele contou que o tio o ameaçou atacar com faca por ser homossexual. Ele se dizia privado de sair de casa, por toda vez que encontrava o tio ser ameaçado.
Fonte: correio24horas.com
Evangelho de hoje: Mc 2,1-12 ou Jo 2,18-25
Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o teto por cima do lugar onde Jesus se achava e, por uma abertura, desceram o leito em que jazia o paralítico. Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: "Filho, perdoados te são os pecados”. Ora, estavam ali sentados alguns escribas, que diziam uns aos outros: "Como pode este homem falar assim? [...] Mas Jesus, penetrando logo com seu espírito nos seus íntimos pensamentos, disse-lhes: [...] Ora, para que conheçais o poder concedido ao Filho do Homem sobre a terra (disse ao paralítico), eu te ordeno: levanta-te, toma o teu leito e vai para casa”.
Um casal também foi preso com drogas em Araxá
Casal é preso com drogas no Bairro Santa Mônica em Araxá
No dia 12 de janeiro de 2017, por volta das 13 horas, durante patrulhamento pela Rua Marcolina Coelho Borges, Bairro Santa Mônica em Araxá/MG, a Polícia Militar visualizou um casal em atitude suspeita. Ao ser dada ordens para ficarem em posição de busca, o autor A.S.F., 23 anos, colocou algo na boca, vindo a cuspir posteriormente. Foi constatado ser um cigarro de maconha, todo mastigado, sendo os resquícios recolhidos e apreendidos. Com a autora H.S.P, 22 anos foi encontrado certa quantia em dinheiro, a qual não soube dar informações sobre a origem.
Ambos foram presos em flagrante delito pelo crime de tráfico ilícito de drogas.
Depois de roubo a padaria em Araxá, adolescente é preso com simulacro de arma de fogo e chave micha
Em Araxá-MG no dia 12 de janeiro de 2017, por volta das 19 horas, a Polícia Militar realizava patrulhamento pela Avenida João Paulo II, quando foi solicitada por um cidadão que relatou que um adolescente havia entrado em uma padaria no Centro de Araxá, armado com revólver, e anunciado o assalto levando certa quantia em dinheiro e fugindo a pé sentido bairro São Pedro.
De imediato, foi feito contato com as demais viaturas policiais que deslocaram para região no intuito de localizar o autor. Após intenso rastreamento o adolescente foi localizado no bairro São Geraldo escondido embaixo de um ônibus que se encontrava estacionado em via pública.
Com o assaltante foi localizado e recuperado todo dinheiro que foi roubado da padaria.
Durante a busca, foi constatado que a arma que o autor portava se tratava de um simulacro de arma de fogo, que foi devidamente apreendido juntamente com uma chave que, segundo o autor, é utilizada para furtar motocicletas.
Foi acionada a mãe do adolescente que acompanhou toda a ocorrência e relatou que ele possui dívidas de drogas pois é usuário. O adolescente foi apreendido e conduzido para delegacia de polícia, juntamente com o dinheiro e o simulacro apreendidos.
O índice é acima da inflação acumulada de 2016
(Mendonça Filho, ministro da Educação)
O piso salarial dos professores terá aumento de 7,64% em 2017, de R$ 2.135,64 para R$ 2.298,80. O índice, anunciado pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira, 12, representa incremento de 1,35% acima da inflação acumulada de 2016, que foi de 6,29%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgado na quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou também a nova composição do fórum permanente para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. A Portaria nº 1/2017, da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase) do MEC, com a nova composição do fórum, foi publicada também nesta quinta-feira.
De acordo com o ministro, o reajuste anunciado segue os termos do art. 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que estabelece a atualização anual do piso nacional do magistério, sempre a partir de janeiro. “Para este ano, o piso nacional do magistério é de R$ 2.298,80”, disse Mendonça Filho. “O professor que tem carga horária mínima de 40 horas semanais e formação em nível médio (modalidade curso normal) não pode receber menos do que esse valor.”
O critério adotado para o reajuste, desde 2009, tem como referência o índice de crescimento do valor mínimo por aluno ao ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que toma como base o último valor mínimo nacional por aluno (vigente no exercício que finda), em relação ao penúltimo exercício. No caso do reajuste deste ano, é considerado o crescimento do valor mínimo do Fundeb de 2016 em relação a 2015.
Os estados e municípios que, por dificuldades financeiras, não possam arcar com o piso, devem contar com a complementação orçamentária da União, como determina a Lei 11.738/2008, no art. 4º.
Fórum
Designado pela Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase) do MEC, o fórum permanente tem como objetivo acompanhar a atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. O fórum será integrado por representantes da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino; do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep); do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), do Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Confira:
Local do Sepultamento: Cemitério Jardim Parque da Esperança.
Faleceu em Patos de Minas, dia 31/12/2016 a.Sra. Maria de Lourdes Amorim Santos, aos 56 anos.
Deixa o esposo, Sebastião Elias dos Santos, os filhos, Sheila, Shirley, Janaina e Diogo, os genros, nora, netos, irmãos, cunhados e outros familiares.
Velório Príncipe da Paz, Rua Ouro Preto, 798 Bairro Várzea.
Local do Sepultamento: Cemitério Jardim Parque da Esperança.
Data do sepultamento: 12/1/2017
Horário do sepultamento: 16h00m
O motivo, de acordo com o coronel Bianchini, seria o tempo de serviço prestado.
O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, pediu exoneração do cargo para o governador de Minas, Fernando Pimentel. O pedido foi feito nessa terça-feira (10), durante uma reunião entre o chefe da Polícia mineira e o governador.
O motivo, de acordo com o coronel Bianchini, seria o tempo de serviço prestado. “Já atingi os 31 anos de serviço prestado. Foram dois anos de muito trabalho a frente da corporação, agora é a vez de dar oportunidade a outros militares”, disse.
Bianchini comandou a PM por dois anos. Durante sua gestão realizou a modernização de viaturas, sistemas de monitoramento e vigilância, além de aumento de efetivo em todo o Estado. “A corporação sabe da importância que exerce frente à segurança no Estado. Este é o nosso maior legado”, reforça.
O coronel Hebert Figueiró (foto á esqeurda) é o nome mais cotado para assumir a chefia da corporação. “É um nome indicado por mim e de agrado do governador. Será um grande comandante”, completa.
A troca de comando está prevista para a próxima semana. Além da mudança do comando, está prevista a promoção para coronéis e mudança do comando de algumas unidades da Polícia Militar.
Fonte: Hoje em DIa foto: Patrocínio Online Arquivo e ASSFAPOM
A lepra desapareceu e o homem ficou curado
Aproximou-se dele um leproso, suplicando-lhe de joelhos: "Se queres, podes limpar-me”. Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: "Eu quero, sê curado”. E imediatamente desapareceu dele a lepra e foi purificado. Jesus o despediu em seguida, com esta severa admoestação: "Vê que não o digas a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta, pela tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés para lhe servir de testemunho”. Este homem, porém, logo que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar publicamente em uma cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de toda parte vinham ter com ele.
Evangelho de hoje: Mc 1,40-45
Após alta em número de casos suspeitos notificados no interior de Minas Gerais pesquisadores temem risco de doença chegar a centros urbanos
O aumento de casos de febre amarela silvestre (transmitida em regiões rurais e de mata) em Minas Gerais pode ser um surto cíclico da doença, como o já observado em 2009. Mesmo assim, o país corre risco de ver um retorno dela às áreas urbanas, avaliam pesquisadores.
Desde o início de janeiro, 23 casos suspeitos foram notificados no interior de Minas Gerais — 14 deles levaram à morte dos pacientes. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, 16 deles são considerados prováveis, após exames apontarem a presença do vírus, mas ainda estão sendo investigados.
No interior de São Paulo, uma morte foi confirmada como causada pela febre amarela silvestre em dezembro, a primeira desde 2009.
"Já esperávamos um surto maior da febre amarela silvestre, mas devemos nos preocupar, sim. Estamos sentados em uma bomba-relógio", disse à BBC Brasil o epidemiologista Eduardo Massad, da USP.
"Precisamos entender o risco de reintrodução de febre amarela urbana, o que seria uma enorme tragédia, talvez maior do que zika, dengue e chikungunya juntas - porque ela mata quase 50% das pessoas que não são tratadas."
A febre amarela é considerada endêmica nas regiões rurais e de mata do Brasil, onde é transmitida por mosquitos de espécies diferentes, como o Haemagogus e o Sabethes, para macacos e, ocasionalmente, para humanos não vacinados. Mas não há registro de casos em áreas urbanas — onde o vetor é o mosquito Aedes aegypti — desde 1942.
O Ministério da Saúde notificou a OMS (Organização Mundial da Saúde) dos casos, seguindo recomendação do Regulamento Sanitário Internacional de informar à organização ocorrências importantes de saúde pública.
Em 2016, o Brasil teve seis casos da doença confirmados, segundo o governo. O último surto da febre amarela silvestre ocorreu entre 2008 e 2009, quando 51 ocorrências foram confirmadas.
A pasta também afirmou que enviou duas equipes e cerca de 285 mil doses de vacina contra a febre amarela para Minas Gerais para controlar a doença. Pessoas nas áreas onde há registro de casos serão vacinadas, e, em seguida, moradores de municípios vizinhos.
Em sua fase inicial, que dura de três a cinco dias, a febre amarela causa calafrios, febre, dores de cabeça e no corpo, cansaço, perda de apetite, náuseas e vômitos. Em sua fase mais grave, a doença provoca hemorragias e insuficiência nos rins e no fígado, o que pode levar à morte.
Macacos
Atualmente, 15 municípios mineiros estão em situação de alerta para a febre amarela. Também estão sendo monitoradas cidades onde ainda não houve casos em humanos, mas que registraram mortes de macacos possivelmente causadas pela doença.
O monitoramento ocorre normalmente no Brasil todos os anos, especialmente entre dezembro e maio, considerado o período de maior probabilidade de transmissão da febre amarela.
A bióloga Marcia Chame, coordenadora da Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre na Fiocruz Rio, diz que as autoridades de saúde no Brasil já haviam percebido que os surtos extravasam o ambiente das florestas aproximadamente a cada sete anos e atingem mais seres humanos no interior do país.
"Este surto maior é cíclico e, por isso, já há atenção sobre isso. Isso tem relação com todas as atividades humanas que invadem a floresta. E no Brasil também temos um processo importante de perda de ambientes naturais", disse à BBC Brasil.
Segundo ela, o aumento das mortes de macacos - principais hospedeiros do vírus no ciclo de transmissão silvestre - é o principal indicativo de que o surto pode estar se aproximando das populações humanas.
"Desde 1940 não temos ciclos, no Brasil, de transmissão deste vírus pelo Aedes aegypti, só pelo Haemagogus. A morte de macacos perto de pessoas mostra que um ciclo que deveria estar limitado ao ambiente das matas está mais perto das áreas onde vivem humanos. E quando eles estão próximos, é mais fácil para o mosquito passar o vírus para uma pessoa", explica.
"Em 2009, no Rio Grande do Sul, as pessoas chegaram a matar os macacos, achando que eles transmitiam a doença, mas ele nos presta um serviço, porque é o sentinela. É importante notificar as autoridades dessas mortes."
Na Fiocruz, a equipe liderada por Chame tenta entender o que causa esses surtos de maior proporção na tentativa de evitar, também, que o vírus volte às cidades.
"Estamos modelando a ocorrência de febre amarela contra 7,2 mil parâmetros ambientais, climatológicos e outros, para tentarmos identificar que variáveis que causam isso, mas é muito complexo", explica.
"Elas acontecem em ambientes diferentes, com espécies de macacos e de mosquitos vetores diferentes. Precisamos que a população nos ajude a identificar esses animais e o que está ao redor dos locais onde são encontrados - empreendimentos imobiliários, construções."
O receio, diz ela, é que com a diminuição das áreas florestais, animais que foram infectados frequentem cada vez mais os centros urbanos em busca de alimento e abrigo. Lá, eles também poderiam ser picados pelo Aedes aegypti, abundante nas cidades brasileiras.
Retorno
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda que todas as pessoas que moram ou têm viagem planejada para áreas silvestres, rurais ou de mata verifiquem se estão vacinadas contra a febre amarela. Em geral, a vacina passa a fazer efeito após um período de dez dias.
O risco de que moradores de áreas endêmicas e até ecoturistas contraiam o vírus e o levem para cidades maiores é a principal preocupação dos especialistas. Na verdade, eles ainda tentam descobrir por que isso não ocorreu até agora.
"Ainda é um desafio entender como a febre amarela não voltou para os centros urbanos, já que temos um grande número de pessoas que vão a áreas endêmicas para turismo ou a trabalho e voltam para cidades infestadas de Aedes aegypti", diz Eduardo Massad.
Reprodução/USP Para Eduardo Massad, um desafio é entender por que a doença ainda não voltou às cidades
O médico e pesquisador Carlos Brito, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), concorda. "Dizemos que a febre amarela só não voltou ainda às cidades porque Deus é brasileiro. É uma preocupação real."
Os pesquisadores tentam compreender se o Aedes aegypti teria, por exemplo, menos competência como vetor da febre amarela do que da dengue, da chikungunya e da zika, outros vírus da mesma família.
"Hoje os deslocamentos de pessoas pelo país são muito mais rápidos. Por isso, estes vírus se disseminam com mais facilidade. O fato de a febre amarela ainda não ter se disseminado no país todo é um alento, que dá expectativa de que não aconteça o mesmo que ocorreu com zika e chikungunya nos últimos dois anos", afirma Brito.
"Mas uma coisa é fato: se em 30 anos de dengue batemos recordes de números de casos em 2015 e em 2016, não é porque a população brasileira cresceu. Isso mostra que perdemos o controle do mosquito."
Vacina
O Ministério recomenda a vacina para pessoas a partir de nove meses de idade que vivem nas áreas endêmicas ou viajarão para lá e a partir dos seis meses, em situações de surto.
Segundo a pasta, todos os Estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender a todas as pessoas nestas condições.
Para Massad, no entanto, o governo deveria elaborar uma estratégia para ampliar a vacinação contra a febre amarela em todo o país, incluindo as zonas costeiras, onde estão alguns dos maiores centros urbanos, que não são consideradas endêmicas.
De acordo com o ministério, apenas os Estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da Área com Recomendação para Vacinação (ACRV) de febre amarela.
Mas enquanto ainda não se explica como o vírus se manteve fora das cidades durante os últimos 75 anos — mesmo com o aumento da infestação pelo Aedes aegypti — o pesquisador continua preocupado.
"A probabilidade de levar uma picada de Aedes aegypti no Rio durante o Carnaval é 99,9%. É inescapável. As pessoas ficaram preocupadas com Olimpíada, Copa do Mundo. Isso é besteira. Imagine se chega alguém com febre amarela no Rio no Carnaval."
Fonte:BBC Brasil