Pescadores avistaram o corpo e acionaram os Bombeiros
Com informações da ASCOM/7°BBM
Na tarde de segunda-feira 04/09/23, o 8° pelotão do Corpo de Bombeiros, foi acionado via 193, para resgate de um corpo no rio São Francisco, em um local conhecido como Remansinho, no município de Januária (MG) norte de Minas
De acordo com as informações repassadas pela solicitante de segunda-feira, pescadores da comunidade local avistaram um corpo descendo o rio.
Uma guarnição de salvamento deslocou até o local, onde a solicitante aguardava a chegada dos militares para retirada da vítima.
Com uso de barco o corpo foi resgatado e entregue ao perito para realizar os procedimentos de praxe, logo após foi repassado aos cuidados da funerária de plantão, onde o corpo foi encaminhado para a cidade de Januária – MG.
Familiares da vítima J. R. A. de 75 anos, que teria afogado no dia 21/08/2023, foram avisados e deslocaram até a cidade de Januária, onde reconheceram o corpo e confirmaram ser o senhor.
Será celebrada no dia 05/09/2023
A familia comunica e convida parentes e amigos para a Missa de Sétimo Dia de falecimento do Luiz Carlos Eugenio (Luiz da Alfa Vídeo Monitoramento)
A missa será celebrada às 19h00m desta terça-feira, 05 de setembro, na Igreja São José.
A família agradece a todos pelas manifestações de apoio.
Chamada do terceiro grupamento contemplará as vacâncias do Depen-MG; ao todo, cerca de 3.500 candidatos foram convocados para a realização das etapas do certame
Fonte: Agência de Minas
O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), publicou, nesta terça-feira (5/9), a convocação de mais 1.358 candidatos do concurso público para o provimento de vagas na Polícia Penal de Minas Gerais. Os convocados realizarão a 6ª e última etapa do concurso público, que se refere à realização obrigatória do Curso de Formação Técnico Profissional (CFTP).
A convocação foi autorizada pelo Comitê de Orçamentos e Finanças (Cofin), da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Vale ressaltar que as duas turmas de profissionais aprovados e aptos no concurso já realizaram o curso de formação; os novos convocados comporão a terceira turma. Incialmente, o concurso previa 2.420 vagas, mas a nova convocação ampliará o número de candidatos participantes.
"Pra manter o Estado mais seguro, autorizei a convocação de 1.358 excedentes do concurso da Polícia Penal para a fase de Formação Técnico-Profissional. Após essa etapa, o efetivo irá somar esforços pra garantir a ordem nas unidades prisionais", disse o governador Romeu Zema. A convocação do terceiro grupamento ocupará todas as vacâncias do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, fortalecendo o trabalho da Polícia Penal do estado.
Convocados
Todos os convocados para compor o 3º Grupamento devem encaminhar o Termo de Compromisso devidamente assinado e com firma reconhecida em cartório até o dia 14/09/2023 para o e-mail [email protected] (este não é um e-mail para dúvidas). O termo assinado é pré-requisito para o recebimento da bolsa auxílio. Os candidatos que não encaminharem o termo para o e-mail disponibilizado poderão entregar o documento no primeiro dia de aula presencial. Neste caso, o pagamento da Bolsa Auxílio ocorrerá apenas após a análise do documento. Todas as informações estão detalhadas no portal da Sejusp e podem ser conferidas por meio deste link.
Conforme previsto no edital do certame, o concurso da Polícia Penal de Minas tem validade de dois anos, a contar da data da publicação da homologação, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da Administração.
Material substitui o cascalho e evita geração de passivos ambientais
Fonte: Agência de Minas DER-MG / Divulgação
O material resultante dos processos de fresagem das obras de recuperação funcional das rodovias estaduais tem recebido uma nova destinação no estado, em um projeto do Governo de Minas, realizado por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG). O insumo está sendo reutilizado para melhorar as condições de tráfego das estradas não pavimentadas do estado. A medida, além de evitar a criação de um passivo ambiental, gera economia aos cofres públicos.
Desde o início do Provias, a fresa, como é chamado o resíduo, tem substituído, em muitos casos, o cascalho extraído de jazidas para melhorar as estradas de terra. O benefício já é percebido no escoamento da produção agrícola e leiteira de muitas regiões de Minas, além de melhorar a qualidade de vida de quem utiliza esses trechos no dia a dia.
É o caso da LMG-726, entre Presidente Olegário e o distrito de Galena, na região Noroeste. O segmento de aproximadamente 40 quilômetros vem recebendo serviços de patrolamento e encascalhamento de pontos críticos com a utilização do material fresado proveniente das obras da MG-410, entre Bela Vista e o entroncamento da MGC-354. Apenas neste trecho são 1.820 metros cúbicos do material, o que equivale a, aproximadamente, 150 viagens de caminhão.
O material também é usado nos acessos para as rodovias. Conhecido como limpa-rodas, a fresa é aplicada nas entradas e saídas para comunidades, povoados e distritos contíguos às rodovias estaduais.
“É uma forma técnica e econômica para melhorar a trafegabilidade das vias não pavimentadas substituindo o cascalho por um material com capacidade de suporte bastante superior”, avalia o coordenador regional do DER-MG em Patos de Minas, Vinícius Sousa. Ele destaca que o resíduo, assim que aplicado, incorpora-se ao leito da rodovia, melhorando significativamente as condições de tráfego. “É um material muito resistente e durável”, conclui.
Outra estrada que também recebeu melhorias com a aplicação da fresagem foi a rodovia LMG-746, entre Monte Carmelo e Chapada de Minas, no Alto Paranaíba. Quatro quilômetros da via receberam o material em agosto do ano passado. Foram aplicados cerca de 3,7 mil metros cúbicos do material, o que corresponde a mais de 300 caminhões de materiais provenientes das obras da rodovia MG-190, entre o perímetro urbano de Abadia dos Dourados e o entroncamento para a BR-365, sentido Uberlândia.
“As vantagens são muitas: resolve problemas de atoleiros e excesso de pó, melhorando as condições de tráfego, principalmente em períodos de chuva”, explica o coordenador regional do DER-MG em Monte Carmelo, Renan Cunha.
A rodovia atende famílias que vivem da agricultura, da pecuária, além de crianças, adolescentes e adultos que utilizam o transporte escolar. As melhorias contemplam, ainda, o acesso ao campus da Universidade Federal de Uberlândia, em Monte Carmelo.
Doação a prefeituras
O material de fresagem não é destinado apenas à manutenção e conservação da rede não pavimentada sob responsabilidade do DER-MG. O insumo extraído das obras de recuperação funcional do Provias na região de Manhumirim, por exemplo, foi doado a algumas prefeituras da região. Um dos municípios beneficiados foi Carangola, na Zona da Mata.
De acordo com o prefeito do município, Silas Vieira, a fresagem, transportada em mais de 100 caminhões, foi aplicada em pontos críticos de estradas rurais das comunidades de Barroso, Conceição, Serra das Velhas, Borboleta, Furriel e Alvorada. “A doação do DER-MG veio em boa hora e vai nos ajudar a enfrentar o período chuvoso com menos atolamentos”, relata.
Segundo o prefeito, Carangola tem uma demanda enorme de manutenção e conservação de estradas rurais que somam mais de três mil quilômetros. “É um desafio constante garantir a trafegabilidade das pessoas com uma malha municipal deste tamanho. O uso desse material reduz gastos e diminui a demanda de novos materiais, preservando o meio ambiente”, acrescenta.
Parcerias
O material fresado das obras de restauração realizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em rodovias federais também é reaproveitado em estradas estaduais. É o caso da recuperação da BR-251, no Norte de Minas, cujos resíduos foram destinados à regularização do bordo da pista da LMG-626, no trecho entre o entroncamento da BR-251 e o município de Curral de Dentro.
O coordenador regional o DER-MG, em Salinas, Wesley Santos, explica que a utilização da fresa nas áreas de acostamento permitiu criar um ambiente mais seguro sem o degrau que existia antes. “Fizemos este serviço dentro da técnica com a conformação e a drenagem necessárias para dar mais segurança para o usuário”, explica.
Não houve vítimas presas às ferragens, e o trânsito já foi liberado.
Dois acidentes de trânsito interligados foram registrados na manhã desta segunda-feira (4) na BR-050. Em nenhum dos casos houve vítima fatal, mas sim ferimentos graves, e o tráfego já está normalizado.
O primeiro acidente ocorreu com uma picape vermelha que seguia no sentido Delta-Uberaba. O condutor perdeu o controle do veículo, colidindo com a mureta de proteção da rodovia. Um pedaço dessa proteção se soltou e caiu na pista contrária, levando um caminhão e um veículo T-Cross branco a tentar desviar, acabando por colidir entre si.
A vítima do primeiro acidente, um homem de 24 anos, encontrava-se inconsciente e em estado grave. Ele recebeu atendimento da equipe de Resgate da Concessionária e foi transferido rapidamente para o Hospital de Clínicas da UFTM através do Arcanjo.
No segundo acidente, houve apenas uma vítima, uma mulher que estava no veículo T-Cross. Ela recebeu atendimento da Unidade de Resgate e foi transportada para o Hospital Mário Palmério.
Não houve vítimas presas às ferragens, e o trânsito já foi liberado.
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Com informações e foto da Polícia Militar
NOVA PONTE/MG - No dia 02 de setembro de 2023, por volta das 13:00 horas, durante patrulhamento na Rua Antônio Brigida, no Bairro São Sebastião, a guarnição policial avistou dois indivíduos em atitude suspeita.
Um deles, ao perceber a presença dos militares, fugiu em direção a uma mata e não foi alcançado.
O outro suspeito foi abordado, e após buscas, foram encontradas 135 pedras de crack, 14 tabletes de maconha, 10 buchas de maconha, 07 papelotes de cocaína e uma quantia em dinheiro.
Diante dos fatos, foi dada voz de prisão ao suspeito de 23 anos, que foi encaminhado ao Delegado de plantão.
Os mesmos indivíduos que foram indiciados no aludido procedimento são investigados por outros homicídios ocorridos na cidade de Patos de Minas
Na última sexta-feira (01/09), a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito policial relacionado a uma tentativa de homicídio ocorrida no dia 08/05/2023, em Patos de Minas, onde a vítima foi alvejada por seis disparos de arma de fogo, sendo que apenas um dos disparos acertou a vítima.
Dois jovens, de 21 e 22 anos, foram indiciados pelos delitos do artigo 121 parágrafo segundo inciso I, III e IV do CP, na forma tentada. As penas podem chegar a 12 anos de prisão.
Os mesmos indivíduos que foram indiciados no aludido procedimento são investigados por outros homicídios ocorridos na cidade de Patos de Minas, sendo um desses homicídios no dia 05/06/2023 e um primeiro homicídio ocorrido dentro de uma boate no final do ano de 2021.
O fato foi próximo a Campina Verde, onde tem acontecido muitas apreensões
A Polícia Militar Rodoviária durante operação na noite de domingo, 03/09/23, por volta das 18h30min, na MG 497, KM 161, próximo a Campina Verde, abordou um veículo VW/Gol de cor branca após evadir do sinal de parada.
Durante a perseguição policial a passageira S.E.B.P jogou dois objetos no meio do matagal à beira da rodovia.
Os militares durante a abordagem, constataram que os envolvidos estavam vindo de Campo Grande/MS e as informações estavam em contradição.
Os militares fizeram varredura pelo matagal por um período longo de 2 horas aproximadamente, tendo sucesso, em encontrar 2 tijolos de haxixe ice avaliados em aproximadamente R$ 550.000,00 (2,200 kg)
Os militares deram voz de prisão ao casal pelo crime de tráfico de drogas interestadual e conduzidos a Delegacia de Polícia Civil de Plantão.
Diversas ações são realizadas durante o mês com o objetivo de aumentar notificações de possíveis doadores, sensibilizando as famílias
Fonte: Agência de Minas foto: Anni Sieglitz
“Sim”. Três letras que podem salvar diversas vidas. A campanha Setembro Verde, de conscientização sobre a doação de órgãos, incentiva a realização de inúmeras ações neste mês, cujo objetivo é único: que esta pequena palavra seja dita por mais famílias de possíveis doadores. O MG Transplantes, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), participa ativamente da campanha todos os anos e, atualmente, está promovendo várias iniciativas para incentivar mais doações e menos recusas de familiares.
O número de transplantes em Minas Gerais vem aumentando – foram 1.573 procedimentos efetivados em 2020, 1.733 em 2021 e 2.003 em 2022 -, o que revela a retomada das doações com a estabilidade dos casos da covid-19 no país.
Porém, as estatísticas permanecem distantes do necessário para atender à demanda de transplantes no estado. A média de recusa para a doação de órgãos também cresceu: está em torno de 45%, sendo que, em 2019 (antes da pandemia) chegou a 25%.
Para a doação ocorrer, apenas a resposta positiva dos familiares é necessária – não é preciso deixar nenhum registro sobre esse desejo em vida. A lista de espera por órgãos e tecidos para transplantes em Minas somava, até julho deste ano, 5.949 pessoas.
Informação
De acordo com o coordenador do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado, um dos principais motivos para a alta recusa de doações é a falta de informação. “As campanhas são de extrema importância, pois o grande público pode entender mais sobre o que é a morte encefálica, por exemplo. Isso ajuda para que, caso a pessoa tenha um familiar que seja um potencial doador de órgãos, simplifique a comunicação do diagnóstico a ela e, consequentemente, a tomada de decisão”.
Omar ressalta também a falta de diálogo sobre o assunto dentro da sociedade. “As pessoas precisam conversar mais, principalmente dentro de casa, e expor suas ideias a respeito da doação de órgãos. Levar informação à população faz com que o público dialogue mais”, opina.
Omar ainda destaca a necessidade de melhora dos índices de notificação de possíveis doadores nas unidades de saúde. “O diagnóstico de morte encefálica demanda muitos profissionais e exames complementares que não estão disponíveis em todos os lugares. É preciso que a rede estadual de saúde possa identificar estes pacientes”, completa Omar.
Por isso, em 2023, o MG Transplantes retomou os cursos de diagnóstico de morte encefálica, interrompidos durante a pandemia. Somente este ano foram treinados cerca de 450 médicos pelas equipes da instituição.
Lançamento da campanha
foto: Fábio Marchetto
A Rede Fhemig realizou, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), nesta sexta-feira (1/9), ação em prol da doação de órgãos. O evento, que abriu a campanha Setembro Verde, aconteceu em frente à praça Floriano Peixoto e contou com a presença de representantes de diversas instituições de saúde de Minas Gerais e de pessoas que já foram transplantadas.
"O setembro verde é uma das campanhas, de responsabilidade da Fhemig, de maior importância. Esperamos fazer - não só neste mês, mas durante todo do ano - um amplo trabalho voltado à sensibilização da população, que é essencial para a captação de órgãos" afirmou a presidente da fundação, Renata Dias. Ela aproveitou para lembrar ainda o aumento da taxa de recusa durante a pandemia. "Tivemos níveis muito baixos de doação durante a pandemia da covid-19. Neste primeiro semestre, conseguimos retomar mais de 30% e, com a campanha, esperamos conseguir alavancar ainda mais o número de doações".
O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, também esteve presente e destacou a importância da campanha. "Viemos aqui hoje para lembrar sobre a importância de avisarmos nossas famílias e amigos que somos doadores. É um ato simples, que pode salvar as vidas de pessoas que estão aguardando na fila - hoje, somente em Minas, quase 6 mil pessoas esperam por um transplante", disse Fábio.
O secretário ressaltou, ainda, o aumento da atuação de Minas Gerais na causa. "Recentemente, aprovamos a reformulação da nossa política de transplantes. Por muito tempo, os transplantes de pulmão e alguns realizados em crianças eram transferidos para outro estado, o que em breve não será mais necessário. Desta maneira, o estado vem aumentando a captação de órgãos e aumentando a agilidade do processo, atendendo mais pessoas e dando maior qualidade de vida a elas", finalizou.
Superação
Psicóloga, escritora e pesquisadora, Ailla Pacheco, de 33 anos, levava uma vida normal, em 2020, quando, após um dia de muito trabalho, resolveu ir ao hospital devido a alguns desconfortos que sentia. Tratava-se de um quadro de hepatite fulminante. “Fui imediatamente internada com sepse (infecção generalizada). Parei de comer, andar, falar. Fui percebendo o meu corpo parar e morrer gradualmente. Em seguida, tive encefalopatia hepática, seguida de um coma. No hospital, tive 12 infecções, realizei três arriscadas cirurgias, seis procedimentos e tinha pouquíssimas chances de sobreviver”, lembra.
Apesar do quadro grave, ela nunca perdeu a esperança. “Naquele momento, no hospital, eu compreendi a importância da saúde mental que sempre cultivei e, sobretudo, da fé. Entendi que tudo o que eu havia ensinado para as pessoas ao longo dos últimos 15 anos, trabalhando com psicologia e autoconhecimento, eu precisava - mais do que nunca - cultivar em meu próprio ser”.
A situação começou a mudar quando, em 10/10/2020, quatro dias antes do seu aniversário, Ailla recebeu o transplante de fígado – no caso dela não seria possível a doação parcial do órgão, que pode ser feita por um doador vivo.
Após a cirurgia, a psicóloga continuou internada por mais dois meses e meio para reabilitação. “Foram 120 dias direto de internação, em que precisei lutar muito para enfrentar a morte e abraçar a vida. Após o transplante, foi necessário reaprender a andar, falar, respirar e comer. A reabilitação completa durou aproximadamente um ano. Hoje, tenho uma vida incrível. Reabri minha clínica, que foi fechada quando eu adoeci, e vou me casar em poucos dias. A gratidão ao meu doador e à sua família será eterna. Por meio dele, várias vidas puderam ser salvas e a sua luz continuou acesa aqui na Terra. Graças a ele, tenho uma vida que vale a pena ser vivida e compartilhada”, afirma, emocionada.
A foto com as pelúcias tem um significado especial: ela está abraçando o “Bento Figueiredo” (seu novo fígado) e a Aillinha (quem tem 3 anos - tempo que ela completou de transplante (Ailla Pacheco / Arquivo pessoal)
Ela, que hoje se dedica à causa e desenvolve estudos relacionados à saúde mental para pacientes transplantados, aproveita para reafirmar a importância da família autorizar a doação. “Um doador pode salvar até oito vidas. Transplante é um recomeço e tem muita gente esperando pelo seu sim”, alerta.
Coração novo
Linete Pinheiro da Costa, de 62 anos, sabe bem o que é a espera por um órgão. Em fevereiro de 2019, ela – que trabalhava e praticava atividade física regularmente – começou a se sentir esgotada e com falta de ar ao realizar pequenos esforços.
Preocupada, procurou por médicos de diferentes especialidades, até que o ecocardiograma, solicitado pelo cardiologista, apontou o problema. “Meu coração estava fraco, usando apenas 20% da sua capacidade para funcionar, sendo que o ideal seria mais de 60%. Não aguentei mais trabalhar e fui internada, pela primeira vez, durante oito dias. Iniciei um tratamento com vários medicamentos para fortalecer meu coração, já sabendo que uma hora seria inevitável o transplante”, conta.
No Natal de 2022, já muito grave, ela aguardava ansiosa pela doação do novo órgão. “É uma sensação de dependência. Esperamos pela generosidade de uma família para salvar a nossa vida”, desabafa.
No dia 21/2 deste ano ela, então, realizou o tão sonhado transplante e, após dois meses, finalmente teve alta do hospital.
Hoje, Linete vive uma vida quase normal, não fosse pelo acompanhamento médico constante e os fortes medicamentos que precisa tomar. “Uma das coisas que quem está morrendo mais valoriza é a vida. Ter a chance de poder continuar aqui é um milagre. Por isso, a atitude do familiar que autoriza a doação dos órgãos do seu ente querido é nobre, uma bondade que não tem preço. Levanto todos os dias agradecendo por ter tido mais uma chance”, conclui.
Treinamento
Saber se comunicar com as famílias também é fundamental. Para isto, o MG Transplantes também oferece um curso, direcionado para profissionais da saúde responsáveis, por exemplo, por informar sobre o óbito de um ente querido e como funciona o processo de doação de órgãos.
“O curso ensina o profissional a como se proceder nesse momento e o que se deve falar para deixar as pessoas mais confortáveis ao serem abordadas. Nós não tentamos convencer ninguém de nada. O curso é muito mais informativo, damos os meios para que a pessoa possa tomar decisões”, explica Omar.
Busca por potenciais doadores
Com o objetivo de viabilizar Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos (Cihdotts), equipes multiprofissionais responsáveis por identificar potenciais doadores dentro das instituições de saúde, o governo estadual aprovou incentivo financeiro para os hospitais que se candidatarem e cumprirem os requisitos mínimos para tal.
Segundo Omar Lopes, o valor pode chegar a R$ 10 mil, dependendo do número de doações que o hospital conseguir. “É um cofinanciamento, já que essas atividades também são financiadas pelo Ministério da Saúde”, explica o diretor do MG Transplantes.
Sobre a doação de órgãos
A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical).
A doação de alguns órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Um único doador pode salvar mais de dez pessoas.
Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica é que o procedimento pode ser realizado.
O mais comum é que aconteça com pessoas que sofreram algum tipo de acidente que provocou traumatismo craniano ou que foram vítimas de um acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica - interrupção irreversível das atividades cerebrais.
Dúvidas da população podem ser esclarecidas pelo telefone 0800-2837183 ou na página www.saude.mg.gov.br/doeorgaos.