12 de Janeiro de 2018 às 10:04

Delegado e peritos explicam como aconteceu o atropelamento de Tõe Doido” em Patos que foi arrastado por dois quilometros

A motorista de 25 anos já foi identificada e pode responder pelo crime de homicídio culposo

 

O delegado de Polícia Civil, Bruno Garcia, o perito criminal, Filipe Guelber, e o sub-inspetor de polícia, Terval Carlos, convocaram uma coletiva de imprensa na sede do 10º Departamento de Polícia Civil para falar sobre as investigações acerca do atropelamento que resultou na morte de Antônio Deusdete da Silva, o “Tõe Doido” como era conhecido. A motorista de 25 anos já foi identificada e pode responder pelo crime de homicídio culposo, ou seja, quando não há a intenção de matar.

Através de vídeos e provas testemunhais, a Polícia Civil chegou a conclusão que o atropelamento de “Tõe Doido” aconteceu na Rua Manoel Dias Pereira, no Bairro Rosário, e o corpo foi arrastado pelo veículo GM/Ômega Suprema por dois quilômetros até a Rua Major Jerônimo, esquina com a Rua Deocleciano Mundim, já no Bairro São Antônio.

Imagens do circuito de vídeo monitoramento mostram que Antônio trafegava pela Rua Manoel Dias Pereira de bicicleta e com uma mochila nas costas. Ele bateu na traseira de um veículo estacionado e caiu sobre a pista. Segundos depois, um veículo GM/Ômega Suprema de cor escura, com rabicho e rebaixado passa pelo local e atropela o ciclista.

Ainda de acordo com o perito, a mochila nas costas pode ter feito que o corpo de Antônio ficasse preso debaixo do carro. A motorista então percorre um trajeto de dois quilômetros, até que ela faz uma conversão a direita na Rua Deoclaciano Mundim e o corpo se solta. O carro foi identificado pela polícia, que realizou a apreensão do veículo. No carro foram encontrados marcas de sangue e fios de cabelo.

No momento da chegada da polícia, a proprietária do veículo estranhou o ocorrido. Ela imediatamente se prontificou a ir à delegacia de Polícia Civil para dar a própria versão sobre os acontecimentos.

A mulher de 25 anos relatou que estava no shopping com o marido e depois foi a um bar no Bairro Caramuru. Ela retornou por volta de 23h e foi para própria casa. Ela relatou que não percebeu em momento algum que havia atropelado uma pessoa, uma vez que estava chovendo, a rua é escura, o carro é rebaixado e havia um veículo no sentido contrário de direção, ofuscando a visão do asfalto. Além disso, a mulher é míope, porém não usava óculos no momento.

A jovem relatou ainda que o carro faz bastante barulho, devido a baixa no amortecimento. Ela disse a polícia também que apenas sentiu um “baque” ao fazer a conversão na Rua Deocleciano Mundim, mas pensou que devia ser por conta da depressão da pista. O carro estava com a documentação em dia e a motorista é devidamente habilitada para conduzi-lo.

O delegado disse que o inquérito deve ser concluído nos próximos dias. A Polícia Civil ainda vai ouvir testemunhas e também aguarda alguns exames que são feitos em Belo Horizonte. O dono de um bar disse aos policiais que o casal consumiu um refrigerante e uma cerveja de litro, o que aumenta a tese de que o marido tenha ingerido bebida alcóolica e ela refrigerante para poder dirigir.

Bruno Garcia ressaltou o trabalho dos investigadores, da Polícia Militar que compartilhou informações com a Polícia Civil e a ajuda da comunidade em passar informações para as duas policiais. Ele ressaltou que é um caso muito atípico e que demandou muito trabalho, realizado de forma rápida pela polícia.  

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Fonte: Patos Notícias


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