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19 de Abril de 2017 às 09:03

Papa manda carta a Temer e recusa visita ao Brasil

Na carta, na qual explica os motivos de sua recusa, o pontífice também cobrou que o presidente evite medidas que piorem a situação da população carente

Em uma carta na qual recusa um convite para visitar o Brasil, o papa Francisco cobrou o presidente Michel Temer para evitar medidas que agravem a situação da população carente no país.

A correspondência foi uma resposta a outra enviada pelo mandatário no fim de 2016, na qual o líder da Igreja Católica era convidado formalmente para as celebrações dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, comemorados em 2017.

“Sei bem que a crise que o país enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo”, escreveu o Pontífice, segundo trecho publicado pelo jornalista Gerson Camarotti, da “Globo News”.

“Porém não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira”, acrescentou. Inflação: Por que os pobres sofrem mais? 

Sobre o convite, o Papa disse que, devido a sua intensa agenda, não poderia visitar o Brasil neste ano. Ainda de acordo com Camarotti, Jorge Bergoglio afirmou rezar pelo país e que acompanha “com atenção” os acontecimentos na maior nação da América Latina.

Citando sua exortação apostólica “A Alegria do Evangelho”, Francisco também lembrou que não se pode “confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado”, em um momento em que o governo Temer tenta aprovar reformas econômicas para garantir a confiança dos investidores.

Em setembro passado, na inauguração de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no Vaticano, o Pontífice já havia dito que o Brasil passava por um “momento triste”.

Um mês antes, Francisco enviara uma carta não oficial em apoio a Dilma Rousseff, que na época ainda não tinha sofrido o impeachment.

Contudo, Bergoglio sempre evitou se posicionar publicamente sobre a crise política enfrentada pelo país e que culminou na derrubada da presidente petista

Fonte: Exame

19 de Abril de 2017 às 08:55

Saiba como o seu dinheiro foi parar na Odebrecht e bancou a corrupção da Lava Jato

Superfaturamento poderia virar creches, mas foram para o bolso de políticos e executivos

A bronca com que o procurador Sergio Bruno Cabral Fernandes, do grupo de trabalho da PGR (Procuradoria-Geral da República), calou o proprietário do Grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, durante delação premiada serviu de exemplo para os suspeitos, investigados e condenados na Lava Jato ‘caírem na real’ e entenderem o mal que fazem ao brasileiro.

Irritado com o bom-humor do dono da Odebrecht durante depoimento, o promotor do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) disparou: “Vamos agora deixar de historinha, de conto de fadas, e falar as coisas como elas são. Tá na hora de a gente dizer a verdade sobre como a coisa suja é feita”.

— São R$ 300 milhões que foram gastos sei lá com o que, ainda que fosse com santinho, com tempo de televisão, com marqueteiro, que poderia ter construído escola, hospital e todo esse Brasil que o senhor sonha e quer ver.

O objetivo da “chamada” do promotor era um só: mostrar a gravidade do caso e “ensinar” ao empresário o que poderia ter sido feito com os R$ 10 bilhões que o departamento de propinas da Odebrecht repassou de forma ilícita, sob a forma de propina ou caixa dois de campanha, a agentes públicos e políticos, de acordo com as delações premiadas.

Trata-se de dinheiro público porque foi pago pelo governo com grana arrecadada via impostos ou contribuições dos brasileiros. O economista Gil Castello Branco, da Associação Contas Abertas, explica ser necessário “conscientizar a sociedade porque, às vezes, o cidadão não sente isso na pele. Ele fica indignado, mas não tem total dimensão da corrupção”.

— Nesse caso por exemplo, só com esses R$ 10,6 bilhões da Odebrecht, eles nos roubaram 5.300 unidades de pronto-atendimento de saúde. Foi isso o que eles roubaram. A sociedade não tem essa visão clara. Não roubaram um relógio, não roubaram um som de carro, foram 5.400 creches.

O diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Manoel Galdino, lista os prejuízos da corrupção, a começar pela isenção fiscal, “com impostos não arrecadados pelo governo, que poderiam ser empregados na saúde, educação, segurança pública ou mesmo para que o ajuste o fiscal fosse menos severo”.

Além disso, Galdino explica que, “como os contratos são superfaturados, os custos dos produtos e serviços ficam mais caros”. O efeito nocivo disso na economia brasileira pode ser medido pelo desemprego, que já atinge 13 milhões de pessoas no País.

— O combustível, por exemplo, poderia gerar mais lucro para a Petrobras ou ser mais barato se não tivesse a corrupção. Sem falar que gera ineficiência para a economia à medida em que você não está contratando a empresa mais eficiente. Está favorecendo quem é mais corrupto. Não está recompensando o mérito, está fazendo uma concorrência desleal. Um trabalhador de outra empresa pode perder o emprego porque a Odebrecht ou qualquer outra empresa corrupta, por exemplo, ganhou um contrato por corrupção.

Castello Branco diz que o brasileiro “tem que entender que esse dinheiro é dele, que esse dinheiro não é da Odebrecht, não cai do céu, não nasce”.

— A empresa não está fazendo uma generosidade para com os políticos, porque conseguiu esse dinheiro superfaturando obras que nós pagamos.

Como afeta seu bolso?

As empreiteiras investigadas na Lava Jato, em especial a Odebrecht, que já admitiu suas práticas ilícitas, combinavam entre si os vencedores de licitações de obras públicas e, sem seguida, superfaturavam os valores a fim de ganhar muito mais dinheiro do que o custo real do empreendimento.

Castello Branco chama de “gordura” esse dinheiro extra que a empreiteira conseguiu com o superfaturamento das obras.

— Esse dinheiro não está na conta, na agência bancária, esse dinheiro não é da Odebrecht. Esse dinheiro surgiu como? A Odebrecht superfaturou, como ela própria falou nos vídeos, as obras. As obras teriam determinado valor, mas a Odebrecht combinou com o cartel e colocou um valor muito maior do que o real. Com essa gordura, ela distribui na forma de propina a políticos e autoridades públicas.

Como afeta a sua vida?

O diretor-executivo da Transparência Brasil destaca ainda os impactos da corrupção no desenvolvimento social do País e coloca em xeque as reformas da Previdência, trabalhista e política em tramitação no Congresso Nacional.

— Os políticos deveriam representar a população e fazer políticas públicas voltadas para o bem comum, o melhor para a sociedade. Aí eles vão fazer políticas públicas que beneficiam grupos específicos em detrimento de toda a sociedade. Como a gente pode confiar que qualquer reforma dessas — a da Previdência ou a trabalhista por exemplo —  servem aos interesses da sociedade e não de grupos que estão corrompendo os políticos?

Odebrecht compromissada

A empreiteira Odebrecht informou, em nota, que a decisão de colaborar com as investigações da Lava Jato foi tomada em março de 2016 por meio de comunicado público. Na ocasião, informou que gostaria de contribuir "por uma colaboração definitiva com as investigações da Operação Lava Jato".

A empresa reafirma o que estava no comunicado de um ano atrás agora: "Esperamos que os esclarecimentos da colaboração contribuam significativamente com a Justiça brasileira e com a construção de um Brasil melhor".

A nota diz ainda que a empreiteira "reconheceu seus erros, pediu desculpas públicas e assinou um Acordo de Leniência com as autoridades brasileiras e da Suíça, e também com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Esse acordo impôs rigorosas multas e sanções para que a empresa continue em atividade".

Após iniciar a colaboração premiada, a Odebrecht informou que adotou "um novo modelo de governança e está implantando normas rígidas de combate à corrupção, com vigilância permanente para que todas as suas ações, principalmente na relação com agentes públicos, ocorram sempre dentro da ética, da integridade e da transparência".

Fonte: R7

19 de Abril de 2017 às 08:49

Vídeo: Senador perde a dentadura durante discurso.

Hélio José (PMDB-DF) falava sobre mudança de salário dos servidores públicos federais

O senador Hélio José (PMDB-DF) passou por um momento constrangedor nesta terça-feira (18). Ele discursava em uma audiência pública que discutia a MP 765.

Enquanto ele falava sobre a mudança no salário dos servidores públicos federais e a reorganização da carreira de alguns deles, a dentadura dele caiu.
Fonte: R7



Assista ao vídeo:


SENADO por thevideos11

19 de Abril de 2017 às 14:18

Baleia Azul: Polícia Civil começa a desvendar rastros de quadrilha

Delegada investiga suposta organização criminosa que caça jovens e os induz a atos perigosos

Rio - Após instaurar inquérito para apurar o aliciamento de crianças e adolescentes para o jogo ‘Baleia Azul’ no Rio, a Polícia Civil começa a desvendar rastros da quadrilha que tenta convencer as vítimas a tirar a própria vida. Cruzamento de dados iniciado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) em redes sociais já permitiu à especializada obter indícios preliminares sobre os criminosos que estão por trás da rede de incentivo ao suicídio.

A delegada responsável Fernanda Fernandes mantém as informações sobre os suspeitos em sigilo para não atrapalhar as investigações. Mas ela já sabe que o primeiro contato dos aliciadores com as vítimas — a maioria delas tem de 12 a 14 anos — ocorre como um convite inocente para um jogo desafiador, por meio de redes sociais, sobretudo o Facebook. Ludibriados pela promessa de experimentar uma simples aventura virtual, os menores não sabem que estão sendo caçados por uma associação criminosa. 

Segundo a delegada, uma vez capturado, o jovem é submetido ao perigo de uma profunda pressão psicológica. A vítima é coagida a cometer atos de automutilação, como desenhar uma baleia com objeto cortante no braço, entre outros desafios muito perigosos. A tarefa final, seria atentar contra a própria vida.

“Há relatos de que há uma coação para as vítimas não desistirem do jogo. Os relatos são de pressão psicológica mesmo, de que se a vítima não se matar, ela vai ser morta de qualquer jeito, ou então eles ameaçam parentes próximos. Enfim, há toda uma coação para convencer a vítima a entrar e não sair”, explica a delegada.

Como O DIA publicou no domingo, dois casos suspeitos no Rio de Janeiro foram identificados pela DRCI e fazem parte do inquérito. A investigação foi aberta no estado após a mãe de um menino de 12 anos denunciar que o filho foi convidado a participar do jogo pelo Facebook. A delegada comprovou que o jovem não chegou a jogar. 

Ela investiga agora uma informação que recebeu, e ainda não confirmou, de problemas com uma menina de 12 anos na semana passada. Fernanda Fernandes quer saber se a menina teria agido induzida pelo jogo.

Após aceitar participar pelo Facebook, menor é ‘orientado’ pelo WhatsApp

A delegada disse não ter informações sobre um aplicativo específico do jogo. As pistas levantadas até agora indicam que, após o convite para o “desafio”, os curadores (como se autointitulam os organizadores do esquema) passam as tarefas diariamente para as vítimas por meio das próprias redes sociais. “Se a pessoa aceita participar do jogo, sai do Facebook e vai para o WhatsApp. Durante essa conversa, o menor deve passar todos os dados que identifiquem e que o localizem, assim como dos familiares”.

No Facebook, há diversas comunidades sobre o ‘Baleia Azul’. Nelas, perfis com fotos de criança pedem orientações para participar. “Oi, como posso jogar?”, questionou um menino. Uma internauta alertou: “Se entrar no jogo, não pode mais sair”.

Em escolas e grupos de mães no Rio, o assunto já preocupa. “Estou horrorizada e conversei muito com minha filha. Fiz ela ler (a reportagem do DIA) e expliquei. Meu Deus, o que estão fazendo com nossas crianças? Só muita conversa e acompanhar de perto o que fazem na internet”, disse Anie Kesseli, mãe de uma menina de 11 anos.

Pais devem aumentar diálogo e vigilância

Para o psiquiatra Jorge Jaber, da Associação Brasileira de Psiquiatria, os pais devem estabelecer diálogo aberto para entender o que se passa na vida do filho. “É importante que não tenham atitude persecutória. O jovem tende a rejeitar tom de briga”.

Mãe de uma menina de 10 anos, Kátia Monique de Oliveira, 37 anos, disse que já orientou a filha, que já compartilha informações do risco do jogo com colegas. “Estou com muito medo. Já ouvi falar de outros jogos perigosos para jovens”, disse.

Se há mudança comportamental, a recomendação é procurar um profissional de saúde. “Proibir o acesso às redes é muito difícil. Por isso, os pais precisam ficar atentos aos conteúdos que os filhos acessam”, recomenda a psicóloga Ana Café.

O Facebook diz que proíbe o cadastro de menores de 13 anos e, se os perfis forem denunciados, podem ser removidos. Desde junho, a rede social disponibiliza ferramenta que incentiva amigos a relatar publicações de caráter depressivo. O autor recebe notificação com orientações para procurar ajuda. 

Quatro suicídios relacionados ao Baleia Azul são investigados no Brasil, em Mato Grosso, Goiás, Paraíba e Minas Gerais. Na Rússia, mais de 100 casos foram relatados desde 2015. A orientação da delegada aos pais é procurar a DRCI sem denunciar o perfil suspeito ao Facebook, para evitar que a página seja excluída, o que dificulta o rastreio da polícia.

Fonte: O DIA
 

19 de Abril de 2017 às 08:17

Evangelho do Dia

Reconheceram-no ao partir o pão.

Dois discípulos caminhavam [...] Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles. Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram. [...] Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante. Mas eles forçaram-no a parar: "Fica conosco, já é tarde e já declina o dia”. Entrou então com eles. Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho. Então, se lhes abriram os olhos e o reconheceram [...]. Diziam então um para o outro: "Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”. [...]

 

Evangelho de hoje: Lc 24,13-35

18 de Abril de 2017 às 08:27

Eleitor que não vota e não justifica desde 2014 tem menos de 15 dias para explicar falta

Os eleitores que não compareceram aos cartórios poderão ter o título de eleitor cancelado.

Os eleitores que não votaram e não justificaram a ausência nas últimas três eleições têm até o dia 2 de maio para regularizar a situação do título.

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), depois desse prazo, os eleitores que não compareceram aos cartórios poderão ter o título de eleitor cancelado. O órgão informa que cada turno de votação é considerado uma eleição para efeito de cancelamento do título.

As regras não são as mesmas para os eleitores com voto facultativo, que são os analfabetos, eleitores entre 16 e 18 anos incompletos e os maiores de 70 anos, ou com deficiência previamente informada à Justiça Eleitoral. Estes não precisam comparecer ao cartório para regularizar a sua situação.

Para regularizar a situação, o eleitor deve comparecer ao cartório eleitoral com documento oficial, comprovante de residência, título eleitoral e os comprovantes de votação, de justificativa ou de quitação de multa.

Com o cancelamento do título eleitoral, a pessoa não pode obter passaporte, inscrever-se em concurso público, assumir cargo ou função pública, renovar matrícula em estabelecimentos oficiais de ensino, obter empréstimos em caixas econômicas federais e estaduais, fica impedido de receber salário (em caso de servidor público), entre outros impedimentos.

Fonte: R7

18 de Abril de 2017 às 07:44

Evangelho do Dia

'Eu vi o Senhor!'; e eis o que ele me disse.

Maria [...] chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. Viu dois anjos vestidos de branco, [...] Eles lhe perguntaram: "Mulher, por que choras?”. Ela respondeu: "Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”. Ditas essas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Perguntou-lhe Jesus: "Mulher, por que choras? [...] "Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. Disse-lhe Jesus: "Maria!”. Voltando-se ela, exclamou em hebraico: "Rabôni!” [...]. Disse-lhe Jesus: "Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. [...]

 

Evangelho de hoje: Jo 20,11-18

18 de Abril de 2017 às 07:25

Deputados de Uberlândia aparecem em lista de políticos que teriam recebido dinheiro da Odebrecht

Segundo Emílio Odebrecht, atual presidente do conselho de administração da empreiteira, o esquema descoberto pera Operação Lava Jato ocorre há mais de 30 anos.

Foi divulgada uma lista com 179 políticos que teriam recebido propinas da empreiteira Odebrecht, que está sendo investigada na Operação Lava Jato, suspeita de pagamentos via caixa dois entre 2008 e 2017. A planilha com nomes foi feita pelo ex-presidente da construtora, Benedicto da Silva Júnior, e cita três deputados de Uberlândia.

A lista, entregue ao Ministério Público, contém o nome de Elismar Prado, deputado estadual, Weliton Prado e João Bittar, ambos deputados federais. De acordo com os documentos, juntos, os três teriam recebido R$ 200 mil, tendo os repasses sido feitos em 2010. Os valores, supostamente enviados aos irmãos Prado, teriam acontecido sem intermediários.

Ainda de acordo com as informações de Benedicto, Weliton, chamado de “Fragmentada”, recebeu R$ 100 mil, enquanto Elismar e Bittar teriam ganho R$ 50 mil.

Segundo o ex-executivo da empreiteira, os três deputados apresentavam emendas e defendiam projetos de interesse da empreiteira no Congresso e na Assembleia Legislativa.

Na mesma lista, também aparece o nome de Marcos Montes, deputado federal de Uberaba, que teria recebido R$ 50 mil. Segundo Benedicto, o valor foi entregue diretamente ao deputado, que também estaria disposto a ajudar nos interesses da companhia. Outro nome que aparece na lista é o de Antônio Andrade, vice-governador de Minas Gerais, que teria ganho R$ 275 mil para a campanha de deputado federal em 2010.

Em nota, João Bittar Júnior contou que recebeu mais de R$ 350 mil em doações eleitorais de seu partido, como autoriza e prevê a Legislação Eleitoral. Ele afirma que esses recursos foram captados pela direção do partido.

O deputado Marcos Montes disse que a citação do seu nome no caso da Odebrecht se restringe à relação de políticos que receberam doações da empresa. “Não estou incluído em nenhuma lista da justiça ou do Ministério Público” – ressalta ele, se referindo às listas da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal.

Já o deputado estadual Elismar Prado afirmou que está tranquilo e que não conhece o ex-executivo da empresa, Benedito Júnior. Ele ressalta que sua prestação de contas foi devidamente apresentada e aprovada e que a citação do seu nome não faz o menor sentido.

O Weliton Prado relatou que não está incluído em nenhuma lista de investigados do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal e informou que os recursos recebidos em suas campanhas foram declarados e aprovados. O deputado acredita que todos os políticos devem ser investigados e, além disso, reforçou que o Brasil precisa de uma profunda reforma política feita por meio de uma constituinte exclusiva, conforme vem defendendo nos últimos anos.

Esquema

Segundo Emílio Odebrecht, atual presidente do conselho de administração da empreiteira, o esquema descoberto pera Operação Lava Jato ocorre há mais de 30 anos. Ele ainda contou que está surpreso por ver a movimentação dos fatos, pois todos os poderes já sabiam do esquema. “O que me surpreende é quando eu vejo todos esses poderes, a imprensa, tudo, como se isso [o esquema] fosse uma surpresa. Isso me incomoda, mas não exima nada nossa responsabilidade”

Fonte: V9 Vitoriosa com Vinícius Lemos e Agência Brasil

17 de Abril de 2017 às 13:55

Aécio diz que "beira o ridículo" suposta ajuda de Pastor Everaldo em debates eleitorais

Delator teria relatado que Odebrecht sugeriu auxílio ao tucano em 2014. Tucano nega o caso

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que "beira o ridículo" o suposto pedido de ajuda da Odebrecht feito ao então candidato do PSC à Presidência da República nas Eleições 2014, Pastor Everaldo (PSC), em debates televisivos na corrida eleitoral daquele ano.

O relator teria sido dado por um delator da empreiteira no âmbito das colaborações premiadas da Operação Lava Jato.

Em declarações à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (17), o tucano negou que Pastor Everaldo o tenha favorecido com perguntas a ele próprio nos debates da TV.

— Queria o contrário: Que Dilma e Marina me perguntassem, e eu a elas.

Aécio lembrou ainda que as duas adversárias estavam na ponta da corrida eleitoral até a véspera do 1º turno, o que o isolou nos confrontos na TV.

— Se quisessem me ajudar de verdade, bastava não terem doado os R$ 150 milhões em caixa dois que dizem ter dado a Dilma.

Nas Eleições 2014, Aécio Neves recebeu 34.897.211 votos no 1º turno e foi para o 2º turno contra a petista Dilma Rousseff, que conquistou 43.267.668 votos. Dilma venceu o tucano na segunda fase do pleito e foi reconduzida ao Planalto para mais quatro anos de mandato.

Fonte:R7