A XI SECOM irá ocorrer nos dias 19 a 22 de junho, no UNIPAM.
Tradicionalmente organizada pela turma de Publicidade e Propagando do UNIPAM (Centro Universitário Patos de Minas), a SECOM, Semana acadêmica dos cursos de Comunicação Social, está indo para sua Décima Primeira edição. O evento busca em suas palestras, interrogatórios e workshops, levar mais conhecimento e conteúdos relevantes e atuais que instigam dúvidas entre profissionais e acadêmicos das mais diversas áreas, através de experiências e cases de sucesso, apresentados por profissionais especializados no tema a ser debatido durante o evento.
De acordo com o aluno Maykon Alves, do 5º período de Publicidade “ a SECOM é uma forma diferente de aprendizado. Sabemos que o mercado está em constante mudança e que a busca por conhecimento fora da sala de aula, é essencial para saber lidar com este mercado. Por isso, a SECOM traz profissionais de diversas áreas, que levam a todos os presentes uma bagagem de conhecimento enorme, sobre diversos temas que são muito importantes para aqueles que já estão, ou que irão ingressar no mercado”.
Este ano o evento contará com a participação dos seguintes profissionais: Carlos Alberto Xaulim, Claudio Kalim, Rogério Silva, Fernando Almeida, Claudio Ferreira, Tiago Barros Neto, Roberto Chacur, Adriane Silvério, Iran Pontes e Patrícia Caetano.
A XI SECOM irá ocorrer nos dias 19 a 22 de junho, no UNIPAM.
As inscrições vão até o dia 09 de junho e deve ser realizada no Portal Acadêmico e ser validada na Crivo (Bloco F, 3º andar). Os valores são de R$35 para alunos do curso e R$45 para os demais alunos.
Apascenta os meus cordeiros. Apascenta as minhas ovelhas.
"Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?”. Respondeu ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: "Apascenta os meus cordeiros”. [...] Perguntou-lhe pela terceira vez: "Simão, filho de João, amas-me?”. Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: "Amas-me?” –, e respondeu-lhe: "Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres”. [...] E depois de assim ter falado, acrescentou: "Segue-me!”.
Evangelho de hoje: Jo 21,15-19
Serão descontados 162 dias da condenação; decisão pode ajudar na progressão
O juiz Oilson Hoffman Schmitt, da Primeira Vara Criminal de Execuções Penais de Varginha, recalculou, nessa quarta-feira (31), a pena do goleiro Bruno Fernandes e concluiu que o jogador tem direito de a 162 dias de remissão. Os dados serão utilizados para analisar o pedido de progressão de regime solicitado pela defesa do atleta, que pretende garantir a ele o direito de sair do presídio diariamente para trabalhar.
Lúcio Adolfo, advogado de Fernandes, solicitou o benefício após o goleiro voltar a ser preso no dia 27 de abril. O defensor baseou a solicitação no mérito que o jogador tem por já ter cumprido parte da pena estabelecida, tendo ele, ainda, passado um período trabalhando na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia, na Grande BH. Além disso, Adolfo destaca o bom comportamento do condenado, preenchendo todos os requisitos necessários.
Fernandes foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado no caso Eliza Samudio. Esses delitos se enquadram em duas tipificações: crimes comuns e hediondos. No caso dos comuns, que deu a ele quatro anos e nove meses de regime fechado, ele precisa ter cumprido 1/6 da pena para ter direito à progressão. Já os crimes hediondos exigem dele passar, na prisão, 2/5 dos 17 anos e seis meses de condenação, uma vez que ele é réu primário.
No total, o jogador é condenado a 22 anos e três meses, sendo que ele já cumpriu seis anos e oito meses da pena. De acordo com a decisão de Schmitt, o atleta terá descontado 162 dias do período em que ele precisa ficar preso, pelo fato de ter trabalhado e estudado durante a detenção. Dr. Shimitt segue analisando o pedido de progessão. De acordo com o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), não há um prazo definido para que a decisão seja decretada.
Fonte: Pablo Nascimento*, do R7 em Minas Gerais
Rocha Loures foi gravado no momento em que recebeu R$ 500 mil em espécie
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, novamente, nesta quinta-feira (1º) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão preventiva do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado pela PF (Polícia Federal) recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada na delação premiada da JBS.
O pedido foi feito após o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio voltar para o cargo de deputado federal. Com o retorno, Loures, que era suplente de Serraglio, perdeu o foro privilegiado.
No recurso, Janot afirma que a prisão de Loures é “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”. O procurador justifica que há no inquérito aberto pelo Supremo escutas telefônicas e outras provas que demonstram que Loures atuou para obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
A decisão sobre o pedido de prisão será avaliada pelo ministro Edson Fachin, relator da delação da JBS no Supremo.
A Procuradoria-Geral da República havia feito, no dia 18 de maio, um pedido de prisão preventiva de Rocha Loures quando ele era deputado federal. No mesmo dia, Fachin negou o pedido, mas afastou o parlamentar do cargo, mantendo suas prerrogativas, como o foro privilegiado.
Fonte: Agência Brasil
A avó recomendou que ela salvasse das águas o mais importante e ela salvou os livros.
A foto de uma menina de 8 anos sendo resgatada de uma enchente no interior de Pernambuco em uma jangada e agarrada a uma mochila está comovendo as redes sociais. Quando a enchente invadiu a casa da criança, identificada apenas como Rivânia, a avó recomendou que ela salvasse das águas o mais importante.
A menina correu e colocou todos os seus livros dentro de uma mochila colorida, deixando para trás brinquedos e roupas. Ajoelhada na jangada, Rivânia aparece nas fotos abraçada com a mochila. De acordo com testemunhas, a criança ficou assim até que todos estivessem salvos: ela e os livros.
Criada pelos avós Maria Ivânia e Eraldo Luís, Rivânia mora no distrito de Várzea do Una, no município de São José da Coroa Grande, Zona da Mata Sul de Pernambuco. Às margens do Rio Una, essa é uma das das 24 cidades do estado em situação de emergência devido às chuvas que estão caindo sobre o Nordeste.
Segundo informações da Prefeitura de São José da Coroa Grande, a família já voltou para a sua residência, mas está em situação precária. Eles moram no imóvel há três anos e essa teria sido a primeira vez em que foram atingidos por uma enchente. Agora, passado o susto, eles pensam em deixar o local.
Nas redes sociais, várias pessoas elogiam a atitude da menina e ainda falam em ajuda:
“A melhor de todas as imagens. Que Deus possa iluminar os caminhos dessa criança, colocando-lhe a fé o amor e a sabedoria. Ela já é uma guerreira.”
“As crianças são o futuro desse Brasil! Que Deus te abençoe, e proteja todos os que estão precisando de ajuda nesse momento tao difícil.”
“E a lágrimas não para de cair . Aqui em Barra de Sirinhaém não teve enchentes mas eu sinto a dor dos meus coleguinhas das cidades vizinhas. O cenário de guerra é desolador.”
“Essa merece um livro em sua homenagem, intitulado "A menina que salvava livros"
As chuvas no Nordeste já afetaram mais 50 mil pessoas nos estados de Alagoas e Pernambuco, com oito mortes registradas. Em Pernambuco, foram dois óbitos. Conforme o balanço da Defesa Civil, são 2.656 pessoas desabrigadas e 42.145 desalojadas. Vinte e quatro cidades estão em situação de emergência.
Para que eles cheguem à unidade perfeita.
"Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim. [...] Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes sabem que tu me enviaste. Manifestei-lhes o teu nome, e ainda hei de lhes manifestar, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles”.
Evangelho de hoje: Jo 17,20-26
Torquato Jardim estimou que levará três meses para avaliar mudanças na cúpula da PF
O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse nesta quarta-feira (31) que a Operação Lava Jato não depende de pessoas e está blidanda, e estimou que levará cerca de três meses para avaliar possíveis mudanças na cúpula da PF (Polícia Federal).
Em sua primeira entrevista coletiva após assumir o cargo, Torquato disse que é "desfundamentada" a sugestão de que foi para o ministério para influenciar decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que reinicia na próxima semana julgamento que pode cassar o mandato do presidente Michel Temer.
Torquato também disse que, "no Brasil, o otimista pode estar equivocado e o pessimista está sempre errado". O ministro afirma ainda que o "Brasil não é um País para principiantes" e que a "transparência na prestação de contas com a sociedade" será seu compromisso".
Durante a posse, o presidente Michel Temer fez um discurso no qual destacou que o País vive hoje "momentos de grandes conflitos constitucionais", e disse que o novo titular da pasta vai conseguir dar respostas rápidas à crise e indiretamente criticou o abuso de autoridade.
— O Brasil vive momentos de conflito institucional precisamente porque não se dá cumprimento, muitas e muitas vezes, à ordem institucional. O que nós precisamos com muita celeridade e rapidez é exatamente recuperar a institucionalidade do País.
Temer disse que é preciso deixar que o Judiciário trabalhe sossegado, mas sem descumprir a Constituição.
— A recuperação da institucionalidade significa precisamente a manutenção da ordem, significa assim o cumprimento da lei.
O presidente também destacou a questão do abuso de autoridade e disse que o Direito regula as relações sociais e que, quando se fala em abuso de autoridade, não é dizer que "abusar da autoridade fosse abusar do fulano de tal que transitória e episodicamente ocupa um cargo de autoridade".
— Não é isso. Quem tem autoridade no Brasil é a lei, portanto, abusar da autoridade é violar a lei", explicou. "Você abusa da autoridade toda vez que ultrapassa os limites da legalidade, aí sim você está abusando da autoridade.
O presidente começou sua fala lembrando que conhece Torquato Jardim desde 1982, quando era professor de mestrado na PUC em São Paulo, e afirmou que, desde que chegou ao governo, pensou em aproveitá-lo. Ele citou que o fez, colocando o ministro na Transparência, mas que, agora, neste importante momento, decidiu deslocá-lo para a Justiça que é uma "casa de longa tradição".
— O Ministério da Justiça sempre ocupou lugar central nas instituições brasileiras. [...] Penso que Torquato, com a larga experiência institucional, democrática e política pode dar colaboração neste instante que atravessamos.
O presidente destacou ainda que "os desafios são muitos e cada vez mais complexos" e ressaltou que a chegada de Torquato vai ajudar o governo com novas ideias. Ao enaltecer o novo titular da pasta, Temer evitou críticas ao antecessor deputado Osmar Serraglio, que era bastante criticado por sua atuação fraca, inclusive no comando a Polícia Federal, que chegou a pedir para marcar o depoimento do presidente sem o aval do STF. Em sua fala Temer disse ter certeza de que o deputado continuará a trabalhar pelo governo na Câmara.
O presidente não se referiu em nenhum momento no discurso à Polícia Federal, que é de competência do Ministério da Justiça, e destacou que a pasta dedica-se a "um amplo aspecto de temas", como a segurança púbica, que "é preocupação de todos os brasileiros".
Fonte: R7, com Reuters e Estadão Conteúdo
Aprovado com 69 votos favoráveis e uma abstenção, texto segue para a análise da Câmara
O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (31), com 69 votos favoráveis e uma abstenção, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 10/2011, que extingue o foro especial por prerrogativa de função nos casos de crimes comuns. Na primeira votação, a Casa havia aprovado a proposta por unanimidade.
Agora, a PEC segue para ser analisada em dois turnos de votação pela Câmara. Caso os deputados também aprovem o texto, ele passará a valer imediatamente.
A proposta aprovada visa acabar com o foro privilegiado em caso de crimes comuns para deputados, senadores, ministros de Estado, governadores, ministros de tribunais superiores, desembargadores, embaixadores, comandantes militares, integrantes de tribunais regionais federais, juízes federais, membros do Ministério Público, procurador-geral da República e membros dos conselhos de Justiça e do Ministério Público.
Dessa forma, todas as autoridades e agentes públicos hoje beneficiados pelo foro responderão a processos iniciados nas primeiras instâncias da Justiça comum. As únicas exceções são os chefes dos três poderes da União: os presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal.
O texto, cujo relator é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) começou a ser discutido na Casa assim que o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou a discussão do alcance do foro privilegiado. A sessão na Suprema Corte foi interrompida sem finalizar a discussão.
A PEC estava na pauta do plenário, pronta para votação, há duas semanas. Mas os recentes acontecimentos políticos e agravamento da crise institucional desaceleraram a tramitação do projeto.
A movimentação dos senadores é no sentido de legislar sobre a prerrogativa de foro antes que o STF defina o seu alcance. Dessa forma, os parlamentares poderiam manter alguns dispositivos do foro, mesmo que o texto geral da PEC preveja a extinção da prerrogativa.
Fonte: R7, com Estadão Conteúdo e Agência Senado
Núcleo de Investigações Jornalísticas localizou suspeito de conduzir jogo que leva ao suicídio
“Em 30 anos de profissão, eu havia conhecido apenas um psicopata. Este é o segundo.” A frase, que ressoou como um tambor dentro da pequena sala onde as reportagens são editadas, foi dita pelo delegado José Mariano de Araújo Filho, da Delegacia de Investigações sobre Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Desse momento em diante, o Núcleo de Investigações Jornalísticas da Record TV teve a certeza de que o desafio da “Baleia Azul” transcendeu os limites de uma suposta brincadeira na internet.
No mês de abril, o Núcleo mergulhou no oceano das redes sociais a fim de encontrar “curadores” imersos no jogo mortal (veja abaixo reportagem que foi ao ar nesta quarta-feira no Jornal da Record). Com um perfil falso no Facebook e no aplicativo WhatsApp, a equipe de jornalistas se passou por uma jovem de 19 anos, bonita, dona de uma personalidade frágil e que procurava um sentido na vida, o suicídio. Uma “isca”.
Durante o processo de busca na internet, entramos em grupos do “Baleia Azul” à procura de termos que faziam menção aos desafios mortais. Navegamos, adicionamos usuários no Facebook e trocamos mensagens com eles, até encontrar um “curador” – figura responsável por passar os 50 desafios que levam os seguidores, chamados de “baleias”, a tirar a vida. Em síntese, “Baleia Azul” é um conjunto de tarefas diárias a serem cumpridas – até que se atinja o objetivo final, o suicídio.
Primeiro contato
No primeiro contato com o curador, surgiu a pergunta: “quer jogar?”. Respondemos “sim, muito”. Após questionar os motivos, o curador também quis saber se a nossa personagem tinha algum problema de saúde.
No mesmo dia, o predador passou a primeira das 50 tarefas – que não serão descritas pela nossa reportagem por orientação da psicóloga Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudo e Prevenção ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Nesse ponto, a investigação se tornou também um desafio técnico. Descobrir a identidade do nosso interlocutor foi o primeiro problema enfrentado, pois ele utilizava um nome falso, pedia para ser chamado de “Calango”, e só mantinha conversas escritas por um aplicativo de celular pré-pago, sem cadastro nas companhias telefônicas.
Apresentar as automutilações a pedido de “Calango” foi outra barreira. O obstáculo foi superado por maquiadores profissionais, que criaram cicatrizes falsas para levar o “curador” a acreditar no cumprimento das tarefas.
Entre os desafios realizados ouvimos músicas depressivas, assistimos a filmes de terror e recebemos ordens para praticar cinco automutilações. Enquanto o time de jornalistas era submetido às tarefas, os laços de confiança com o “curador” se estreitavam.
Mantivemos o diálogo durante um mês, até marcamos um encontro no Rio de Janeiro. Mais uma vez, outro obstáculo. Gravar o encontro sem ele suspeitar que era monitorado levou nossa equipe a investir quatro dias na busca de um local adequado e seguro para elaborar um complexo esquema de gravação, usando várias câmeras ocultas, algumas das quais nas roupas da jornalista.
Por último, para que ele não questionasse a ausência de cicatrizes nas mãos e braços da personagem, enfaixamos as regiões das falsas mutilações com um tipo especial de esparadrapo da cor da pele.
Um especialista em segurança acompanhou o encontro, sempre mantendo uma distância prudente.
O Encontro
Minutos antes, ele havia enviado uma mensagem para avisar que chegaria logo. No quarto do hotel, especialmente alugado para esse fim, nossa produtora checava as câmeras e tentava conter a ansiedade natural e provocada pela situação antes de descer ao local combinado.
“Calango” atravessou o portão do hotel com andar firme, sem chamar a atenção dos seguranças. Subiu as escadas até o primeiro andar e, de imediato, localizou a nossa produtora, que o aguardava sentada à mesa no meio do restaurante.
Alto, com boa complexão física, “Calango” tem 23 anos, mora em Nova Iguaçu, região metropolitana do Rio de Janeiro, e se apresenta como um pedreiro que aspira estudar engenharia.
Até aquele momento, só tínhamos uma foto enviada por ele via WhatsApp, mas não havia nenhuma certeza de que o jovem por trás do celular fosse realmente o homem da fotografia, o que se confirmou com sua chegada.
O encontro foi marcado inicialmente para as 15h de uma sexta feira. Porém, na noite anterior, ele informou ter conseguido um trabalho de última hora, então só estaria livre no fim do dia previsto para a conversa. Mesmo preocupados com a iluminação, ambiente e rotina do local – tudo havia sido rigorosamente analisado para que a gravação ocorresse sem problemas – concordamos em mudar para o fim da tarde.
“Calango” chegou pontualmente ao encontro, remarcado para as 17h30 no restaurante de um hotel de alto padrão no centro da capital fluminense. Vestia roupas simples, moletom, touca e chinelos. Ele não se intimidou ao passar pela recepção do hotel nem ao entrar ao restaurante, ainda vazio, onde nossa produtora e os demais membros da equipe estavam apostos em outras mesas.
A conduta de “Calango” demonstrou frieza e domínio da situação.
O encontro começou com um simples “oi”, sem contato físico algum, beijo ou tapinhas nas costas. Sequer um aperto de mãos. Sentou-se de frente para ela. Nossa produtora tomou a iniciativa e disse o quanto estava chateada por não ter concluído os desafios. O resultado foi o esperado. Menos de um minuto depois, “Calango” alardeava ter cumprido todas as etapas do desafio e ter sobrevivido após um período de coma profundo.
Pouco perguntava sobre a vida da nossa produtora e evidenciava prazer em ser o personagem central. Logo explicou em detalhes, às vezes um pouco confusos, as dúvidas colocadas pela jornalista.
Mostrando domínio na arte de seduzir presas vulneráveis, “Calango” mantinha uma linguagem corporal tranquila, movimentos suaves e olhar direto, sempre no intuito de ocultar um espirito sádico – embora travestido de serenidade.
“Calango” se mostrou especialista no tema “Baleia Azul”. Falou sobre a origem russa do game, surgido em uma rede social do leste europeu equivalente ao Facebook. Explicou como se tornou “curador” e os motivos pelos quais se interessa por mutilações. “Eu gosto de ver as pessoas sofrerem”. Ao contar histórias fantasiosas sobre seitas e rituais, o prazer do jovem pelo sofrimento alheio era bastante óbvio.
Durante a conversa, também ficou evidente que não havia nenhum interesse de caráter sexual da parte dele. Não buscava o prazer pelo sexo, buscava o prazer pela dor, pelo ato de dominar e provocar sofrimento. Pelo sadismo de observar a dor da vítima.
O encontro terminou do mesmo modo que começou, sem nenhum contato físico, mas com a sensação do protagonista ter deixado o local levando consigo boa parte das energias do time de jornalistas.
Nota
As informações coletadas durante a produção da reportagem foram acompanhadas e receberam consultoria profissional da área de saúde mental, especializadas no tema. Também foram encaminhadas à Polícia Civil as informações sobre o encontro com “Calango” e todas as informações pessoais do “curador”, como nome completo, endereço e idade, para que as devidas providências sejam tomadas contra o crime de incitação ao suicídio.
Fonte: Diego Costa, Julia Rezende e Lumi Zúnica, da RecordTV especial para o R7